'Bolsonaro agiu como Pilatos', diz integrante da bancada evangélica
A bancada evangélica diz ter votos suficientes para derrubar o veto parcial do presidente Jair Bolsonaro ao perdão a dívidas de igrejas. O chefe do Planalto barrou a anistia de multas recebidas pelos templos devido à falta de pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, o CSLL, e a isenção do tributo para as instituições religiosas. Integrante...
A bancada evangélica diz ter votos suficientes para derrubar o veto parcial do presidente Jair Bolsonaro ao perdão a dívidas de igrejas. O chefe do Planalto barrou a anistia de multas recebidas pelos templos devido à falta de pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, o CSLL, e a isenção do tributo para as instituições religiosas.
Integrante da bancada, o deputado Sóstenes Cavalcante (foto), do DEM, afirmou que a frente parlamentar fará um "apelo" para que o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, paute a discussão na próxima sessão conjunta.
"O placar da votação da emenda que previa a anistia e a isenção mostra que temos os votos", observou, em conversa com Crusoé. Na Câmara, o texto foi emplacado com o aval de 345 deputados. No Senado, a votação ocorreu de forma simbólica.
Sóstenes ainda disse lamentar a posição de Bolsonaro, que "sempre" dispôs do apoio da bancada evangélica. "Para nós, a postura dele foi como a de Pilatos: lavou as mãos", disparou.
Citado pelo parlamentar, o governador da província romana da Judeia entre os anos 26 e 36 foi quem condenou Jesus à morte na cruz. Embora acreditasse em sua inocência, de acordo com a Bíblia, no julgamento, Pilatos pediu que lhe trouxessem água, lavou as mãos e alegou inocência na sentença de morte que estava aprovando. Por isso, a expressão.
Nesta segunda-feira, ao justificar o veto, Bolsonaro afirmou que o fez para evitar "um quase certo processo de impeachment". Em um jogo duplo, no entanto, estimulou o Congresso a anular seu ato. "Confesso, caso fosse deputado ou senador, por ocasião da análise do veto que deve ocorrer até outubro, votaria pela derrubada do mesmo".
Na sequência, o presidente afirmou que o governo trabalha em uma proposta de Emenda à Constituição para "estabelecer o alcance adequado para a a imunidade das igrejas nas questões tributárias". Sóstenes, porém, afirmou que a bancada dispensa o projeto. "Podemos fazer isso sozinhos", pontuou. O assunto deve ser discutido em reunião da bancada evangélica, que ocorre semanalmente às terças-feiras.
Mas nem todas as canetadas de Bolsonaro impuseram derrotas ao segmento. No mesmo projeto, o presidente sancionou o artigo 9º, que “confirma a isenção da contribuição previdenciária dos pagamentos feitos para os religiosos”. Com a lei, as multas impostas pela Receita são anuladas.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
Clarice
2020-09-15 16:05:35Isto nem da para comentar ! Ê só um nojo! Igreja, igrejas etc porque estes favores tributários se o $ são desviados e seus pastores e cléricos são ricos e ostentam desde séculos!
Sandra
2020-09-15 10:11:32"Nao cobiçar o que e do proximo". No caso, dinheiro nosso que eles cobiçam e trabalham para lançar mão "legalmente"
Volf MS
2020-09-15 08:06:46Nós pastores vamos ser prejudicados... como fica nosso foie gras com torradas, nosso caviar, as trufas, a picanha de Wagyu, por fim a querosene do jatinho, temos de estar bem alimentados, e com transporte condizente para dura tarefa de levar a palavra de Deus, que só quer em troca o dízimo, uma vida humilde, simples e resignação. É fundamental termos conforto, para levar uma palavra de conforto.
ANTONIO
2020-09-15 02:53:03O Presidente da República agiu certo. O Congresso que resolva isto.
Marcos
2020-09-15 00:48:43Os projetos que interessam ao povo, esses parlamentares sentam em cima ou engavetam. Quando é de interesse deles, eles põem os jabutis em cima da árvore, bem escondidinho, para que ninguém perceba suas armações.
João
2020-09-14 23:40:20Esses políticos brasileiros deveriam trabalhar em Hollywood. Quanta encenação e prioridade para suas propostas que passam tudo na frente. Cadê a CPI lava togas? Cadê a votação da prisão em segunda instância?
Odete6
2020-09-14 22:02:47E vocês que "sostêntenes" as suas vidas nababescas às custas da ignorância e ingenuidade do POVO, agem como "" Judas e os 30 dinheiros"", né mesmo???!!!!
Emmanuel
2020-09-14 22:00:12Nós trabalhadores somos obrigados a pagar impostos e contribuições previdenciárias. Até padre paga a previdência. Estes evangélicos são melhores em quê para se safarem das obrigações "a Cesar"?
Solange
2020-09-14 21:13:57As igrejas são ricas as custas da ignorância e do erário- a Máfia no vértice
Osmar
2020-09-14 20:31:44Se estes safáris derrubarem o veto o povo que que derrubar estes crápulas todos do senado e câmara! Vê se eles anistiam o IRPF do povao que ganha 2 mil e pouco e tem que pagar! ISTO É UM ABSURDO!!!