Lobista de Brasília se entrega à PF após ordem de prisão no 'Caso Witzel'
O advogado Roberto Bertholdo (foto), influente lobista de Brasília, se entregou nesta segunda-feira, 31, à Polícia Federal no Rio de Janeiro, após três dias foragido. Bertholdo foi um dos 17 alvos de mandado de prisão da operação deflagrada pela Procuradoria-Geral da República na última sexta-feira, 28, que resultou no afastamento do governador Wilson Witzel do...
O advogado Roberto Bertholdo (foto), influente lobista de Brasília, se entregou nesta segunda-feira, 31, à Polícia Federal no Rio de Janeiro, após três dias foragido. Bertholdo foi um dos 17 alvos de mandado de prisão da operação deflagrada pela Procuradoria-Geral da República na última sexta-feira, 28, que resultou no afastamento do governador Wilson Witzel do cargo e na denúncia contra ele por corrupção e lavagem de dinheiro.
Como Crusoé revelou em maio, Bertholdo foi contratado pelo Instituto de Atenção Básica de Saúde, o Iabas, com o objetivo de abrir portas em governos para fechar contratos públicos. No Rio, o Iabas assinou o contrato emergencial de 835 milhões de reais para a construção de hospitais de campanha, que depois foi suspenso por suspeita de superfaturamento. A contratação contribuiu para desencadear a crise política no governo Witzel, que é alvo de um processo de impeachment na Assembleia Legislativa fluminense.
O nome de Bertholdo, curiosamente, estava em um dossiê que circulou pelo gabinete do presidente Jair Bolsonaro antes da abertura do inquérito na PGR para investigar Witzel. O conteúdo chegou até as mãos da subprocuradora Lindôra Araújo, braço-direito do procurador-geral Augusto Aras, que é quem assina os pedidos de prisão e a denúncia contra o governador.
O dossiê que fazia menção ao lobista informava que ele operava a partir de uma mansão no Lago Sul de Brasília frequentada por políticos poderosos e influentes, como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e a deputada Joice Hasselmann, que chegou a reunir parlamentares do PSL em um churrasco no imóvel de Bertholdo, no ano passado.
Segundo a investigação da PGR, Bertholdo recebeu 7 milhões de reais do Iabas desde o ano passado. O presidente do instituto também foi preso. A finalidade dos pagamentos ainda é objeto de investigação, mas o histórico do lobista reforçam as suspeitas sobre a contratação.
Em 2005, por exemplo, ele foi preso acusado de lavagem de dinheiro, tráfico de influência e de grampear ilegalmente o ex-juiz federal Sergio Moro, no Paraná. Advogado de ex-deputados mensaleiros, Bertholdo foi condenado pela escuta clandestina no ano seguinte e só voltou a circular em Brasília em 2015.
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Comentários (2)
Gilmar
2020-09-01 11:17:54Uai, vocês não vão dizer que ele é o amigo irmão da Joice Hasselmann, e que ela usava sua mansão em Brasília para fazer reuniões em almoços e jantares com políticos, e que ela tinha até o controle remoto do portão, para controlar quem entrava na mansão? O ANTAGONISTA COM VIÉS DA FOLHA DE SÃO PAULO.
Jose
2020-08-31 19:36:36Witzel = Bozo!