Bolsonaro libera R$ 2 bi para possível vacina, defende cloroquina e critica opositores
O presidente Jair Bolsonaro (foto) assinou no fim da tarde desta quinta-feira, 6, uma medida provisória que destina cerca de 2 bilhões de reais para a produção de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, que passa pela fase de testes no Brasil. O presidente...
O presidente Jair Bolsonaro (foto) assinou no fim da tarde desta quinta-feira, 6, uma medida provisória que destina cerca de 2 bilhões de reais para a produção de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, que passa pela fase de testes no Brasil.
O presidente usou a maior parte do seu discurso de oito minutos na solenidade, contudo, para, mais uma vez, sair em defesa do uso de medicamentos sem comprovação científica no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.
"A gente fica triste quando vê pessoas assinando decretos proibindo determinado medicamento. Mesmo que não tenha comprovação científica. Mas não apresenta alternativa", declarou, sem citar, neste momento, remédios específicos.
O presidente da República pregou o uso de medicamentos"off label", isto é sem necessidade de seguir a bula. "Se essa praxe não tivesse sido adotada décadas e décadas atrás, muitas doenças estariam vivas até hoje por aí, sem solução", palpitou.
O chefe do Executivo então, fez críticas à postura de Luiz Henrique Mandetta, que, à frente do Ministério da Saúde, recomendou a prescrição da cloroquina somente em casos críticos e graves. "É jogar comprimido fora. Não precisa ter conhecimento nem cérebro para entender que é jogar comprimido fora e perder vidas. Tive desentendimentos? Sim. Não é o que eu quero, mas muitos médicos achavam, inclusive o Osmar Terra, que a linha não era aquela", disparou.
Bolsonaro acrescentou que, "lamentavelmente", Mandetta virou "um comentarista da Globo por várias e várias semanas". O presidente disse, ainda, que o sucessor do ex-ministro, Nelson Teich, deixou o posto por problemas individuais, "de foro íntimo" — o médico, contudo, desembarcou do governo após se recusar a ampliar a orientação para a prescrição da cloroquina.
O chefe do Planalto também defendeu a atuação do ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, apesar de admitir que "o ideal" é que o comandante da pasta fosse um médico/gestor. "Ele começou a dar certo na gestão", disse, ressaltando que teve retorno positivo de 17 secretários estaduais sobre o trabalho.
Somente nos minutos finais do discurso, Bolsonaro atentou-se ao tema da cerimônia: a liberação da verba para a produção de uma vacina contra a Covid-19. Ainda assim, usou o tempo para alfinetar um dos principais adversários, o governador de São Paulo, João Doria, sem citá-lo nominalmente. O motivo da reprovação foi o acordo entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Sinovac Life Scien para o desenvolvimento da CoronaVac, outro imunizante em fase de testes no Brasil.
"O que é mais importante: nessa vacina, diferente daquela outra que um governador resolveu acertar com outro país, vem a tecnologia para nós. Junto com os meios que nós temos, temos como dizer que fizemos o possível e o impossível para salvar vidas, ao contrário daqueles que teimam em continuar na oposição desde 2018 e dizer o contrário".
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Comentários (9)
George
2020-08-06 23:40:34Sou médico, usei a hidroxicloroquina quando tive a COVID e foi quem me salvou junto com outras medicações. GeorgeRamalho
Jose
2020-08-06 22:49:48O genocida tenta agora tirar o dele da reta. Esqueça! Você será lembrado para sempre na história como o genocida que matou mais de 100 000 brasileiros de propósito! Bozistas, vocês não possuem consciência? Como vocês ainda se sujeitam a defender um genocida?
Sérgio
2020-08-06 21:37:47Ana, você pesquisou pouco. Na Fase1 ou de replicação viral, a Hidróxicloroquina, com muito menos efeitos colaterais que a Cloroquina, combinada com outros fármacos sobejamente conhecidos e utilizados, realmente se mostram efetivos. Veja os resultados do Professor Dr. Didier Raoult, Marselha, França, Dra PhD Marina Bucar da Espanha, e dos resultados aqui do Brasil já conhecidos e em vários Estados da nação. E trabalhos classe 1 que corroboram os efeitos observados. procure e encontrará.
Luiz
2020-08-06 21:32:23Todos os comentários são de pessoas que não enxergam a realidade e não entendem nada de política.
Julio
2020-08-06 21:02:57genocida miliciano
Odete6
2020-08-06 20:45:19Ué?!!!....Nao era só uma ""gripezinha""???!!! Deveria liberar só ""benegripe""!!! Agora - depois de 100.000 mortos - que interessa políticamente para as próximas eleições, broncossauro vem cinicamente falar em ""salvar vidas""!!! A péssima influência dele menosprezando a gravidade da pandemia, ceifou milhares de vidas que, calado, sem '"praticar exercício ilegal da medicina'" e perversamente ""receitando"" para a nação, poderiam ter sido salvas!!!
Sônia
2020-08-06 20:15:18Boso um oportunista ,se elegeu mentindo sobre o apoio ao fim da corrupção ,agora no colo do centrão ,atacando a lava jato e apoiando a reedição da CPMF .🤮
Peregrino
2020-08-06 19:34:36Bolsonaro, eu fico triste por saber que meu voto elegeu um jumento para presidente. Mereço ajoelhar no milho!
Jorgell
2020-08-06 19:20:45Esse só vomita besteira e destila ódio