RuyGoiaba

A folha corrida do elemento

02.05.18

Ruy Goiaba, assim como Lula, Michel Temer e Pelé, fala de si mesmo na terceira pessoa –- nunca fez gol de bicicleta, mas também nunca roubou. Fez parte do ataque do Santos na década de 70, com Nílton Batata e Rubens Feijão, e da formação clássica do Menudo (Charlie, Ricky, Robby, Ray, Roy e Ruy), embora nenhum dos outros envolvidos tenha conhecimento disso.

Um dos pioneiros dos blogs no Brasil (o que equivale mais ou menos ao paciente zero), escreveu de 2001 a 2008 no puragoiaba, blog que morou de favor –como muitos brasileiros– nos portais Wunderblogs e Apostos. Fez fama e, com a venda do livro Wunderblogs.com, fortuna — que hoje, corrigida pela inflação, equivale às “duas mariola e um cigarro Yolanda” de Adoniran Barbosa. O livro ganhou apresentação de Ivan Lessa, que não se responsabiliza por nenhuma destas linhas, principalmente por estar morto (que Deus o tenha).

Publicou em Playboy, VIP e Dicta & Contradicta, para onde levou a filosofia do grouchomarxismo: não ler revistas que o aceitassem como colaborador. Foi colunista da Bizz — que acabou, mas não por sua causa — e do F5, site de entretenimento da Folha, de onde enxergava de um foro privilegiado as partes impudendas de Madonnas e Kardashians. Em 2014, seus textos saíram também no caderno Eleições da Folha, vizinhos de noticiário de luminares do Congresso como André Fufuca e Givaldo Carimbão.

Congelado criogenicamente nos últimos anos, será –se sobreviver a esta apresentação– descongelado para a Crusoé. Azar de vocês.

 

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