O dedo de Temer contra a OAB

22.06.18

A ofensiva do TCU, o Tribunal de Contas da União, contra a Ordem dos Advogados do Brasil tem o dedo do Palácio do Planalto. A corte tem defendido que a OAB abra as suas contas, mas o comando da entidade rejeita a ideia sob a alegação de que não se trata de recursos públicos. O imbróglio é visto como uma retaliação da ala do tribunal ligada ao MDB pelo fato de a OAB ter pedido o impeachment do presidente Michel Temer após vir à tona a delação da JBS.

Até hoje Temer não engole o episódio. Advogado e professor de direito constitucional, ele considera que a instituição lhe é historicamente devedora, pois foi um dos responsáveis por incluir na Constituição de 1988 um artigo que garantiu mercado para os advogados e, ao mesmo tempo, os protegeu de excessos cometidos em outros tempos. O artigo em questão torna inviolável o exercício da profissão e estabelece que advogados são indispensáveis ao funcionamento da Justiça – algo que obriga interessados em querelas nos tribunais a contratar bacharéis inscritos na Ordem.

O presidente da República e seus dedos nervosos: o pedido para afastá-lo deixou profundas mágoas (Adriano Machado/Crusoé)

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