‘A Odebrecht do trading’…

26.04.19

Em uma das etapas mais recentes da Lava Jato, a Polícia Federal encontrou no endereço de um dos alvos um pen drive com uma gravação interessante. No áudio, um ex-gerente da Petrobras faz confissões sobre o propinoduto que funcionou durante anos na estatal. Carlos Barbosa, que era subordinado ao notório Paulo Roberto Costa, faz uma menção curiosa à multinacional Vitol, gigante do setor de distribuição e parceira de longa data da Petrobras. Ele diz que a empresa era uma espécie de “Odebrecht do trading”, referindo-se às negociações para importação de derivados de petróleo. Diz o ex-gerente: “A Vitol é um capítulo à parte porque é o maior parceiro comercial da história da companhia. É uma empresa que alavancou muita gente lá dentro. Que pagou propina notadamente na área de petróleo e na área de importação de diesel, GLP, exportação de gasolina. Atuava em todos os produtos”. Carlos Barbosa já foi denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção e lavagem de dinheiro em alguns negócios da área de trading da Petrobras. Mas, a julgar pelo teor de sua mensagem, o esquema nessa seara era bem maior que aquele que os investigadores já mapearam até agora.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéA sede da Justiça Federal em Curitiba: Lava Jato tem novos fronts para explorar

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