MarioSabino

Grampo ilegal é sequestro

21.06.19

Tenho 35 anos de jornalismo e, apesar de os leitores serem muito mais bem informados hoje do que na época em que comecei a trabalhar, acho que continua valendo aquela máxima do escritor inglês G.K. Chesterton, de um século atrás: “Jornalismo consiste largamente em dizer ‘Lorde Jones morreu’ para pessoas que nunca souberam que Lorde Jones estava vivo”. Para quem nunca soube que G.K Chesterton esteve vivo, é dele a seguinte frase: “Democracia significa governo dos sem-instrução, enquanto aristocracia significa governo dos mal instruídos” – afirmativa plenamente verificável na sua primeira parte sempre que assistimos a uma sessão do Legislativo.

Não raro, jornalistas acham que Lorde Jones está morto, mas ele continua vivo – ou pensam que ele continua vivo, quando já morreu há muito tempo. O que prova que eles (nós) são iguais aos leitores ignaros e também tão sem instrução como quem os (nos) governa. Lembro-me de um jornalista que, na década de 1980, adentrou a redação da Folha de S. Paulo querendo saber o telefone de Ismael Nery, para fazer uma entrevista, até que alguém lhe disse que ele só poderia conversar com o pintor através de um médium, visto que Ismael Nery morrera em 1934. Deixados à solta, sem editores, os repórteres publicariam muito mais bobagens do que já publicam. Mas editores não são garantia de que pequenas besteiras não saiam publicadas. Ou até mesmo grandes mentiras, sob o manto de reportagem investigativa.

Dei toda essa volta para chegar a Glenn Greenwald. Ele se vende como jornalista, mas é um advogado que foi parar no jornalismo primeiro como colunista e, em seguida, como mero publicador de conteúdo repassado por espiões. Esfrega na cara dos outros os prêmios jornalísticos que lhe foram dados, como se isso lhe conferisse legitimidade, embora neste momento esteja à procura de jornalistas de verdade que saibam ler e organizar as supostas mensagens roubadas de Deltan Dallagnol. Parece que encontrou, segundo anunciou no Twitter (para um “jornalista investigativo”, convenhamos, ele passa horas demais nas redes sociais e dando entrevistas).

Greenwald pode se vangloriar dos seus prêmios jornalísticos, mas nunca levei a sério nenhum — americano, brasileiro ou islandês. Muito jovem, colei na porta do meu armário um artigo de Paulo Francis, recomendando que jornalistas recusassem prêmios. Não me lembro exatamente dos argumentos dele – tinha algo a ver com compactuar com o poder, ponto a que retornarei adiante –, mas sedimentei convicções suplementares ao longo do tempo. Ganhadores de prêmios jornalísticos são, em geral, escolhidos por outros jornalistas – que se esquecem de que o jornalismo é só o primeiro rascunho da história, frase atribuída a Philip Graham, ex-publisher do Washington Post, mas cuja autoria parece ser do jornalista Alan Barth. Há quem diga até que foi um terceiro jornalista a pôr a frase na boca de Philip Graham. Ou seja, se nós, jornalistas, não sabemos de qual cérebro saiu essa frase lapidar, não temos mesmo que ganhar honraria nenhuma. É mais uma prova de que somos apenas rascunhadores. Quando não são jornalistas que escolhem jornalistas, são professores de jornalismo – e, sinceramente, eles nem sequer imaginam como informar a causa da morte de Lorde Jones, se é que fazem ideia de que ele estava vivo. Além disso, dar a notícia sobre a morte de Lorde Jones pode ser bom ou não, a depender do julgamento ideológico que o júri de jornalistas ou professores de jornalismo faz a respeito do morto e, principalmente, de quem noticiou a sua morte.

O mesmo Prêmio Pulitzer que o cúmplice de hackers ganhou em 2014 foi dado em 1932 a Walter Duranty, então correspondente do New York Times em Moscou. Duranty é uma vergonha para o jornalismo: ele simplesmente escondeu os crimes do stalinismo, inclusive o genocídio pela fome perpetrado pelos soviéticos na Ucrânia. É de se perguntar se não foi justamente por ter protegido Stalin que ele ganhou o prêmio. Em 1981, Janet Cooke, do Washington Post, levou o Pulitzer por causa de uma reportagem sobre uma criança de 8 anos viciada em heroína. Era tudo mentira. Janet Cooke tinha ainda um currículo acadêmico falso. Ao final, ela teve de devolver o Pulitzer. Janet Cooke é negra, e acho que o politicamente correto vendou os olhos dos jurados – e dos editores do jornal em que publicou a sua mentira.

No Brasil, prêmios jornalísticos são patrocinados por empresas. É aqui que entra Paulo Francis. Como é que um jornalista pode receber prêmio pago por produtor de gasolina, firma de empresário desonesto ou assessorias de imprensa, sem compactuar com gente poderosa ou parecer que compactua, vá lá? Quando era redator-chefe da Veja, proibi os jornalistas da revista de concorrer a prêmios jornalísticos. Ainda mais porque o fato de a Veja participar – a velha Veja, bem entendido – emprestava credibilidade a escolhas malandras feitas por jurados mais suspeitos do que o habitual. Não posso ser muito querido mesmo pela classe, e a recíproca é verdadeira.

Também jamais permiti que publicassem, sob os meus auspícios, reportagens com grampos ilegais. Como já expliquei a quem me perguntou, uma coisa é publicar grampos legais de interesse público, provenientes de um devido processo judicial, ou documento oficial que o governo não quer divulgar. Grampo ilegal é encrenca porque você nunca pode atestar integralmente a autenticidade do que caiu nas suas mãos. Para mim, trata-se de um crime que está na mesma categoria do sequestro. Ou é para executar a pessoa grampeada ou é para cobrar resgate. Em 2005, jornalistas que trabalhavam diretamente subordinados a mim descobriram que havia uma máfia que direcionava os resultados do Campeonato Brasileiro de Futebol. Eles tiveram acesso a um grampo ilegal entregue pelo sujeito que alertara os repórteres. Na gravação, um árbitro conversava sobre o esquema. Vetei a publicação do diálogo e disse, com a concordância da editora da seção, que era preciso informar o Ministério Público e a PF sobre a existência da máfia. Eles que determinassem a abertura de um inquérito, tomassem as providências necessárias — e nos garantissem a exclusividade das investigações. Paralelamente ao trabalho das autoridades, os jornalistas realizaram as suas próprias apurações, cruzando relatos de estranhezas em partidas e placares, em colaboração com a Justiça (sim, Greenwald, é assim que jornalismo investigativo funciona). Sem cumpliciar-se com a ilegalidade, a Veja conseguiu interromper o Campeonato Brasileiro e ajudou a desbaratar a máfia que comprometia a principal competição de futebol do país.

Noticiamos que Lorde Jones estava morto sem participar do assassinato dele. Não me lembro se os jornalistas que assinaram a reportagem ganharam um prêmio (acho que foi antes de eu baixar a proibição). Nunca foi um ponto importante para mim.

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  1. Sou jornalista e professor e um dos momentos mais decepcionantes de ambas carreiras foi dar aulas de jornalismo numa faculdade. Foi um dos momentos mais alegres quando sai dela. Se acham os jornalistas que estão aí ruins, esperem para ver a próxima geração. Assino em baixo do artigo do Sabino!

  2. São “J”ornalistas desse naipe que me fizeram assinar a Crusoé deste o seu lançamento. São “avis rara”, uma raça em extinção, como William Waack, Alexandre Garcia, Mario Sabino e Diogo Mainard, que ainda conseguem informar com a necessária credibilidade e isenção. Parabéns.

  3. São matérias como essa que me fazem ter certeza de que fiz a coisa certa ao me tornar assinante da Crusoé desde o início; show de bola!

  4. Sabino e Mainardi, dupla de ÁREA ADVERSÁRIA, como Pelé e Coutinho. Não precisam combinar com os Russos nem com Telegram. Entendem-se só pelo olhar.

  5. Sempre genial. O seu artigo demonstra o que é jornalismo e como devem agir jornalistas. Maravilhoso. O que é pior é o que foi até agora apresentado: nada. Inexiste crime, abuso de poder, falsidades, inexiste algo que possa incriminar o Ministro Moro, e à época Juiz. Nunca gostei muito do MP do Paraná: são afoitos, querem aparecer, mas tinha um Juiz que corrigia os erros, e colocou a operação Lava Jato nos jornais do mundo. Estas interceptações são fraudes e o casal deve ser punido e investigado.

  6. análise muito bem detalhada com argumentos claros e específicos como deve ser um artigo de um Jornalista com J maiúsculo... Parabéns

  7. O artigo do Mário é bastante esclarecedor. Eu ficava me perguntando: Como pode um jornalista "experiente e ganhador do Pulitzer" não perceber que arrumou prova ilícita, oriunda de um crime contra autoridade brasileira? Lamentável!

  8. Muito boa a analise jornalistica do Mario, pois tem alguém para contribuir para desmascarar essa verdadeira máfia que esta se instalando para defender a corrupçao com colaboraçao de ' jornalista' ? estrangeiro ( Greenweald) .

  9. Expressão de seu carácter, Sabino e que nos encoraja nesta luta. Creio que todos devamos ser assim na busca da verdade que liberta. " Que tudo nos vá bem"

  10. Perfeita análise. Admitir como meio de prova mensagens eletrônicas ou qualquer outro documento ou objeto furtados/roubados é por em risco a intimidade individual e incentivar a barbárie e entrarmos no mundo do "salve-se quem puder".

  11. Texto muito bom! Será que se a gente enviasse esse texto para o STF os ministros iriam entender que o crime está no hackeamento e não nas conversas? E que soltar um criminoso e condenar um inocente com base nesse site nojento é o maior absurdo que poderiam fazer?

  12. Pelas informações do texto, tudo indica que esse hackeador não tem diploma de jornalismo, daí o jornalismo compactuar com os vazamentos criminosos e também com essa mentira é de doer. Cadê a associação da classe ? A OAB, dirigida por esquerdopata, já pediu a cabeça do Moro com base em provas ilegais e possivelmente adulteradas e ainda vazadas com sensacionalismo ... Basta!!! ninguém aguenta mais tanta sandice. Sabino me representa nesse brilhante texto.

  13. Falou bobagem: "Grampo ilegal é encrenca porque você nunca pode atestar integralmente a autenticidade do que caiu nas suas mãos". Sua afirmação se trata de opinião ou fato científico? Também não é "um ponto importante" para ti, dar importância ao conteúdo, não negado por Moro e Dallagnol, das trocas de mensagens hackeadas, não é mesmo, Sabino? Assim como, pelo visto, desprezas o devido processo legal, garantia da ordem e do estado democrático de direito e da única verdadeira liberdade.

    1. Hun! Temos um comentarista ativista, militante ou um comentarista de contra-pontos, veremos!

    2. Ixi Sabino, vc acertou um ou alguns tendões do pessoal que comenta aqui... Continue assim, muitos vão gritar contra mas milhões aplaudirão.

    3. Então tá. Dar valor ao devido processo legal é atribuir crédito a provas obtidas ilegalmente, sem checar a veracidade das mesmas.

  14. Esse texto deveria ser uma cartilha a ser seguida, principalmente pela esquerda festiva. Mas, a pergunta, ou serão duas, que não querem calar: eles sabem ler; sabem raciocinar?

  15. Parabéns, Sabino! Bela matéria e ótimo recado àqueles seus colegas adeptos dos "rascunhos tendenciosos". Ao ler uma matéria de um "jornal" - que já foi ...ão e hoje é ...inho - fico descrente da imprensa, deformadora de opinião; nele há uns 3 parágrafos prevendo um impeachment do atual presidente e avaliando como seria sua sucessão. Será que eles já sabem qual crime será cometido em mandato pelo JB? A isso chamo de eformadores de opinião.

  16. Sempre entendi (parece que erradamente) que se alguém "capturasse" um diálogo meu ao telefone com alguém e o publicasse sem autorização das duas partes, seria crime. Essas publicações da Intercept mostra que estou errado: ninguém tem direito à privacidade! Reitero o que já afirmei semana passada: se o celular grampeado fosse do Marcola o gringo já estaria comendo capim pela raiz.

  17. Sabino, que notícia triste! Lord Jones morreu? Mas ele parecia tão bem, assistiu à partida de cricket da Copa do Mundo de 2019 ao final de abril último, jogou squash com seu sobrinho no começo do mês e comentou que iria à França assistir às partidas da Inglaterra no Mundial Feminino de futebol. Que pena. Transmita minhas condolências à Lady Jones.

  18. Grande Mário Sabino! Ler os seus escritos traz-me um prazer semelhante ao de tomar uma taça de um bom vinho, ou melhor duas. Será que você poderia nos explicar o porquê da grande mídia em todo o planeta e também as universidades, serem tão de esquerda? É sentimento de culpa?

  19. Para mim, esse gringo do "The Intercept Brasil", de jornalista e advogado ele nada tem. Não passa de um analfabeto funcional.

  20. O verdadeiro prêmio é o respeito dos leitores. Lembro com saudade dos anos que a Veja era lida nos Metrôs e ônibus por homens e mulheres indo e vindo do trabalho, éramos mais cultos, mais bem informados, não havia fake News.

  21. Muito bom Mario. Você está sempre me deixando informada sobre os "bastidores" do jornalismo investigativo, da historia mundial, do prêmio Pulitzer. É um prazer ler sua coluna.

  22. O Sr. Mario Sabino estar certo. Esse prêmio que o Sr. Helen ganhou não vale nada, talvez ele tenha ganhado esse prêmio dos seus pareo

  23. Argumentos irrefutáveis, esclarecedores e dignos de um jornalista comprometido com a informação, enquanto Grenwald só tem um compromisso: com a esquerda que assassinou Lorde Jones, parafraseando e tomando de empréstimo a metáfora usada pelo autor.

  24. Parabéns pela reportagem reflexiva! Espero que essa galera de jornalistas investigativos aprenda um pouco sobre jornalismo profissional!

  25. Sabino,sempre maravilhoso,repete o personagem de Chico Anísio,"se sei,digo que sei,se não sei,digo que não sei,diviso mestre.

  26. Vejo no país, a cabeça da jararaca no xilindró; corpo e “amigos” se contorcendo e exalando veneno!!! E apesar de velho o meu estilingue, não tenho a mínima preocupação. Um velhinho humilde que só tem 3 Armas, o Villas Boas, observa os esperneios da ORCRIM, sua dupla no mando do Congresso; o trio do Supremo Sapo e as duas meninas Wyllys e Glenn, as anônimas do atual auê. Todos dando show!!! Sobem na mesa, chutando o balde e gritando ESCÂNDALO!!! (MAS... só mostram o rabo preso e a bunda de fora).

  27. Pois é, a VEJA... Quanto a Velha Veja, parabéns, a acompanhei como assinante a vida toda, assim como vc a ajudou na direção por alguns anos. MAS, quanto a esta Nova Veja, assim que a recebi na penúltima edição, com aquela foto montagem canalha e babaca sugerindo que o herói da nação, o MORO fosse de pedras trêmulas, ‘desmoronando’ (sendo que é um rochedo gigante, indestrutível e intransponível, frente a corrupção e a impunidade), simplesmente CANCELEI minha “velha” assinatura de décadas, pô!!!

    1. Já faz um bom tempo que passo longe da Veja, na qual confiei durante muitos anos. Que pena! Quem passa na frente da banca e vê Moro sendo achincalhado, se for honesto, chora.

    2. Eu também, há quase um ano, embora continuem mandando...

  28. Pessoas decentes e honestas não poderiam pensar de forma diferente... Pegar um juiz e um procurador e transformá-los em bandido, é só no Brasil mesmo... Viva a Lavajato, que ela consiga passar por mais essa etapa..

  29. Parabéns Mario! Perfeito! O problema maior é a grande mídia esquerdopata caviar vendida! O Glenn levantou a bola e todos chutam...para quem eles servem está claro, os montantes pagos e como entram para eles é que deve ser rastreado...não seriam grandes empresas e conglomerados nacionais e multinacionais que estão bancando? É sempre seguindo o rastro do dinheiro

    1. Certíssimo!! Espero que nossos jornalistas tbém pense assim!

  30. parabéns...Vcs viraram um revista ativista pró Moro....Q decepção...Deixem de tanta inveja do gringo....quando o Toffoli mandou lacrar...o intercept deu apoio à vcs...covardes

  31. Chega a emocionar. Tempos tenebrosos esses em que comemoramos quando o profissional faz simplesmente o que deveria fazer. Profissionais sem ética pululam pela cidade...Em todas as áreas. Nao haveria de ser diferente no jornalismo. E a cerebre pergunta do médico velho, já em quase desespero: e quem irá cuidar de mim?

  32. Nem Pulitizer o qualquer outro premio forma o carater de um jornalista, aproveitando, quantas saudades de Paulo Francis em nosso jornalismo.

    1. A marida do David vai amar. Na mosca.!!!Bela reportagem.

  33. Sou jornalista profissional há 30 anos e percebo que o grande defeito da maioria dos meus colegas, além do baixíssimo nível intelectual, é a vocação para desempenhar o papel de comissário do povo, ao nível dos mais tenebrosos anos do stalinismo...

  34. Infelizmente a profissão Jornalista está extinguindo-se.Má formação acadêmica aliada a ideologia,tanto de esquerda quanto de direita.Não se investigam as fontes...Realmente uma vergonha. Parabéns pelo trabalho árduo de vcs. Tentar resgatar um pouco da credibilidade do meio jornalístico.

    1. Pois é. Viu a lamentável atuação da REVISTA "óia" no caso da dona Mariangela? Chamaram a senhora de robô, sem checar!!!!! Vergonha!!!!!! VERGONHA!!!!

  35. É isso, simples assim. Tem sido indigesto suportar essa canahada que se diz jornalista- um bando de frustrados ressentidos que vociferam imbelicidades a seu bel prazer, ao invéz de informar.

  36. Sabinão. No Brasil profundo, meio caipira, gaudério e agora nas redes sociais, existe uma tradição na escolha das rainhas de clubes ou ctgs: ganha que vende mais rifa... Outro ponto: pelo teu texto dá para interpretar de que tanto o jornalista como membros do judiciário têm a mesma obrigação: seguir a ética, o bom senso e a legalidade de seus atos. Como o chefe de redação escolhe a matéria verificando autenticidade, os membros do judiciário também têm a mesma obrigação, de repassar adiante.

  37. Mario Sabino,minha admiração por você não tem limites. Seu texto,li,reli e voltarei a ler para meu cérebro de 77 anos assimilar bem! Ignorava a podridão dos Prêmios. Me entristece ver tudo ao redor sempre maculado pela mentira e ambição de poder. Paulo Francis e Sonia Nolasco frequentavam casa de meu irmão médico em NY semanalmente + Henfil ( hemofílico).Era o refúgio dos alérgicos a ditadura. PARABÉNS PELO TEXTO EDUCATIVO!!! maria elisa alves de Lima

  38. Glenn Greenwald foi produtor de pornografia gay. Seu site se chamava hairystuds, ou garanhões peludos. É fato notório. Esse é o background do "jornalista". Ele é um marionete dos globalistas. Mário, quem investigar o bilionário ocultista maluco Pierre Omidyar que o sustenta, vai ganhar o Pulitzer.

    1. ele nem citou o Pierre Omidyar. O artigo é superficial.

  39. Como é gratificante ler verdades e a análise correta dos fatos, precisamos trazer estes textos para acesso da maioria dos brasileiros. Parabéns Sabino !!!

  40. O que me preocupa (muito) é saber que vamos perder. Saber que o Brasil será submetido a vontade de 2 juízes corruptos e 1 senil. Deus nos ajude.

  41. Talvez goste de ouvir a Aula 3 sobre legitimidade na teoria do Campo Social de Pierre Bourdieu, proferida pelo professor Clóvis Barros Filho e disponível no YouTube.

  42. Agradeço ao presidente do STF por ter censurado a Crusoé. Caso não o tivesse feito, não teria despertado minha curiosidade pela revista e consequentemente não teria a assinatura. Obrigado Dias Tofoli

  43. O final desse artigo me fez lembrar do documentário "Bandidos na TV", produzido pela Netflix, em que um apresentador de um programa de TV noticiava homicídios de traficantes cujas mortes ele defendia abertamente no programa, até um traficante ser preso e delatar esse apresentador como o mandante dos homicídios que ele noticiava em primeira mão, por vezes com a vítima ainda agonizando. "Intercept" parece ter aprimorado o jornalismo "investigativo" de quem mata pra dar a notícia em primeira mão.

  44. Grande artigo! O que diria o espirituoso Chesterton sobre o estranho Greenwald? E, principalmente, quem é a fonte, Pe. Brown? Quem é a fonte, Sabino?

  45. O termo sequestro chama atenção para que pensemos em reféns. Nós somos eles, todos os que estão aprisionados pelas mentiras e falácias construídas por um projeto hostil de poder e de dominação. A narrativa que precisa ser ardilosamente construída pelos que querem que o ex-metalúrgico preso seja libertado para liderar os pobres em benefício seu e dos seus. Pergunto de onde veio o dinheiro para o grampo. Certamente ainda deve ser menor que o montante desviado pela ORCRIM.

  46. Lula, Jean Wyllys, Chávez, Maduro, Fidel Castro, Che Guevara, e tantos outros, são todos os símbolos que a esquerda marxista usa para vender a ideologia e justificar pq estão acima da lei, das instituições e dos indivíduos. O que o caso Intercept tenta fazer sem sucesso é perpetuar um símbolo que dava à esquerda o direito de abusar e subjugar os indivíduos e a sociedade, é o exemplo concreto do abuso da liberdade de imprensa e da democracia sendo utilizada contra a própria democracia.

  47. O caso Intercept demonstra a dificuldade que o marxismo, setores da esquerda e da própria direita tem quanto à democracia e ao respeito à opinião alheia. Como é possível que aqueles que consideram que as leis e normas não se aplicam a eles serem capazes de tolerarem e conviver sob um regime democrático, os marxistas não acreditam em democracia, eles acreditam em absolutismo travestido de democracia, a "vontade" popular lhes confere o direito de abusar do poder e desrespeitar as leis.

  48. A verdade absoluta cabe somente a deuses ou a Deus, pobres mortais podem no máximo ter opiniões e convicções, mas não certezas, pois se não somos os criadores do Universo, então não podemos ter certeza de nada. A imprensa deve existir para estimular o debate e o contraditório, não para impor visões particulares e hegemônicas. Ao indivíduo pode ser permitida a convicção e à crença, mas ao coletivo devem valer o debate e a dialética.

  49. Quando a imprensa não faz seu trabalho direito e privilegia um lado do debate, quando elimina o senso crítico e o contraditório, ela irá dar vazão a elementos anti-democráticos que se vendem como defensores da democracia, mas são na verdade Cavalos de Tróia se valendo da hegemonia dialética e ideológica para se instalarem no consciente coletivo e se usarem dos mecanismos democráticos para chegarem ao poder e obterem o controle do Estado.

  50. A própria natureza da democracia comprova que ela está sob constante ameaça da manipulação, pois ela depende da sensatez e da racionalidade coletiva. Portanto, a imprensa pode e é utilizada pro aqueles que querem desestabilizar e subverter um regime democrático, conforme o caso Intercept demonstra. Na verdade, juntando o papel de Jean Wyllys, é possível se verificar que a imprensa foi utilizada mundo afora para tentar influenciar e implantar um regime bolivariano no país.

  51. Esplendoroso. Não sei se gostei, porque fala do quero ouvir, ou se de fato pela brilhante explanação sobre o comportamento isento e imparcial que deve preceder toda matéria jornalística. Parabéns

  52. "Nada substitui o talento". Nem a qualidade do jornalismo feito com honestidade intelectual e leitura, muita leitura...

  53. Excelente Mário! Eis as diferenças entre o jornalismo profissional e ético de vocês e o imoral e canalha deste fulaninho que se diz jornalista.

  54. Li 3 textos seus até agora . A sensação é de alívio por perceber que existe como fazer jornalismo de verdade. Eu sempre comprava a veja somente para ler os artigos do Diogo Mainardi, e agora com seus artigos retomo a boa sensação de ler algo que informa com maestria . Minha gratidão .

  55. Como sempre, parabéns! Quando acho que você não pode fazer melhor, vem esse texto maravilhoso é tão esclarecedor. Acho que deveria ser publicado em todos os jornais, revistas e vídeos. Ajudaria muito a esclarecer a falcatrua de Greenwald.

  56. Excepcional como sempre. Uma exceção à regra do jornalismo nacional. Os diálogos poder estar adulterados, pois se as gravações inúteis, verdadeiras bobagens, e ilegais, juridicamente inúteis, e defendidas por quem está na cadeia ou com prisão domiciliar decretada. Fica fácil supor quem está financiando estas aberrações. Você sabino é um grande jornalista e escritor e por isto pode se considerar 'fora da casinha', você enxerga aquilo que poucos vêem.

  57. Cirúrgico o artigo, como sempre. Agora, Verdewaldo se utiliza dos serviços do decadente Reinaldo Azevedo para divulgar textos irrelevantes sob a ótica jurídica.

  58. Eu sabia q tinha algo errado sobre este "premiado" mas, como sou analfabeta confirmei com teu texto, agradecida, q bom q n estou louca.

  59. Excelente matéria. Destaque-se a Band mais uma vez servindo de "canal" para o lixo de informação adulterada que esse Greenwald está soltando a conta-gotas por aí....infestando os sites petistas que os repercutem...."que querem ver o Moro sangrar". Parece que não existem mais canais de comunicação sérios, 99% dessa mídia que temos por aí serve a algum patrão, ou a si própria, veiculando narrativas como se fossem verdades absolutas. Repugnante.

  60. Recém assinante de CRUSOÉ, em breve deixarei de assinar jornais e revistas antes tidas como isentas, pois o nível baixa a cada dia. Ainda bem que vocês existem.

  61. Que paulada genial. Sempre atuei na acade mia onde pululam esses prêmios entre amigos e asseclas. Tive a mesma impressão desse premiado de q de jornalista não é. A vida é semelhante em vários setores. Somos humanos.

  62. "Salvei" a matéria. Sugiro que alguém a traduza para o inglês encaminhando-a para o estrangeiro farsante e oportunista que se auto-intitula "jornalista". É uma lástima que o Brasil - assim como a classe de verdadeiros jornalistas e a entidade que representa os profissionais de imprensa - não denunciem esse indivíduo criminoso que debocha de todos nós. Enquanto mantivermos esse funesto complexo de vira-lata, tudo que esses canalhas e comparsas de facínoras disserem, tendemos a acreditar.

  63. Bom, não concordo com forçada de mão da lava jato, porem a intercept forçou tambem, só faltou estampar Lula livre no site, e o resto?

  64. Obrigada. Na era do vale tudo é bom ler alguém que saiba mostrar com elegância afiada a distinção dos atos de quem é sério daqueles de oportunistas sem escrúpulos ou sem noção.

  65. Como boa ignorante em rótulos, acreditei que físicos não possuem autoestima porque quem entende física nem sequer conhece a palavra. Depois acreditei que médicos se sentavam ao lado esquerdo do Pai , o direito já estava ocupado. Agora que estou mais inteligentinha acredito na máxima :jornalistas não querem fazer parte da história ou contá-la , querem fazer a nossa história e escrevê-la como bem entenderem com registros para a eternidade. Há soberba maior.?

  66. lendo seu texto , muito bacana, agora vejo o porque da revista Veja está tão derrubada nos dias de hoje, só passou fera lá, tá impregnado de canhota na revista.

  67. Meus neurônios agradecem a leitura do artigo. Se ousasse resumir ficaria com a tua afirmação: "Grampo ilegal é encrenca porque você nunca pode atestar integralmente a autenticidade do que caiu nas suas mãos. Para mim, trata-se de um crime que está na mesma categoria do sequestro. Ou é para executar a pessoa grampeada ou é para cobrar resgate". Parabéns Mário, mais uma vez.

  68. É por esse tipo de condutas que estou com vocês desde o início e também por essa mesma razão foi que deixei de ler e ver os outros meios de comunicação. BRAVO!!!

    1. Crusoé anteriormente em doses homeopáticas, me levou a refletir sobre o papel da imprensa na formação de opinião, confesso que me decepcionei com as conclusões a que cheguei e, por conta disso, tornei-me assinante da revista adotando vocês como um Norte a ser seguido. Parabéns.

  69. Brilhante, Sabino! Você se superou, o que já é meio difícil. Quanto ao americano criminoso, agrava a sua situação o fato de que o indigitado é advogado, o que deveria dar a ele uma responsabilidade ainda maior ao lidar com grampos ilegais.

  70. Rabino, como sempre fantástico. Um deleite para se ler sexta-feira pela manhã. Libera geral essa edição para a nação Crusoé!!!

  71. É sempre um grande prazer ler sua coluna, Sabino. Imagino que sua cadeira fique cada segundo mais leve, enquanto você escreve.

  72. Pensei que esse tal de Verdevaldo fosse mais esperto. Ele ignorou a advertência de Tom Jobim: "O Brasil não é para principiantes". Se lascou.

  73. Admirável lucidez, extrema honestidade, inquestionável integridade, especial perspicácia e brilhante inteligência!!! Suas esplêndidas, invejáveis qualidades redimem o que você próprio denuncia, caríssimo Mário Sabino!!! Efusivos cumprimentos!!! Parabéns!!! 👏👏👏👏👏👏👏👏👏🍎🌹

  74. Graças a isso, Rubens Approbato Machado, notório corintiano, então presidente do STJD, anulou as partidas apitadas por Edilson Pereira de Carvalho, fe-las serem novamente disputadas , e o seu Corinthians campeão de 2005, num dos títulos mais escandalosos da nossa história.

    1. Então foi você o responsável pelo campeonato Brasileiro vencido pelo Corinthians. Não te perdoarei jamais!😂😂😂

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