Teste para Aras
04.09.20As revelações contidas em um acordo de delação premiada fechado recentemente representarão um teste de fogo para o procurador-geral da República, Augusto Aras. O delator é Marcus Vinícius Azevedo da Silva, preso na Operação Catarata, que investiga desvios em uma fundação ligada a Cláudio Castro, o vice que assumiu o lugar de Wilson Witzel. Quem conhece a delação garante que, a se levar em conta o padrão adotado no caso de Witzel, o material pode fazer com que Castro também seja retirado da cadeira. A dúvida, porém, é se Aras, sabidamente alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, se valerá da mesma régua, uma vez que o Planalto se mostra interessado na permanência do interino no posto. Um dos principais motivos é o processo de escolha do novo chefe do Ministério Público Estadual do Rio, onde correm as investigações sobre Flávio Bolsonaro. Nos bastidores, há tratativas para que Castro, caso fique no posto, escolha um nome que seja do agrado do clã presidencial.
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