Castelo de Rosemary

20.03.20

Causou estranheza a uma ala de ministros do Superior Tribunal de Justiça a decisão do colega Nefi Cordeiro que anulou as provas do inquérito que investigava a notória Rosemary Noronha, ex-secretária de Lula, e outros acusados de receber propina para liberar o projeto de um terminal portuário na Ilha de Bagres, em Santos. O esquema foi descoberto pela Operação Porto Seguro e os envolvidos foram acusados formalmente pelo Ministério Público em 2012. O despacho do ministro Cordeiro, assinado em meio à crise do coronavírus, ganhou pouco destaque no noticiário. Ele tornou nulas as interceptações telefônicas e todas as provas que vieram a seguir, sob o argumento de que a decisão que as autorizou foi “genérica”. Colegas de toga do ministro compararam a canetada à malfadada anulação da Castelo de Areia — nesse caso, toda operação foi para a gaveta por obra de Cesar Astor Rocha, que alegou que a investigação teve início a partir de uma denúncia anônima. O STJ não disponibilizou a decisão de Nefi Cordeiro sob o argumento de que o processo corre em segredo. Procurada por Crusoé, a Procuradoria-Geral da República não respondeu se vai recorrer.

Rosemary Noronha: investigação anulada, e sem alarde

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