LeandroNarloch

Autoritarismo “do bem” na USP

06.03.20

As universidades já não são referência de bom senso (se é que já foram). Não dá mais para confiar nelas como uma âncora de moderação da sociedade. Uma amostra recente disso é a decisão da Faculdade de Direito da USP – onde estudaram treze presidentes brasileiros – de reservar cotas para mulheres em todos os debates e palestras.

A partir de agora, pelo menos 25% dos expositores, debatedores, mediadores e oradores em geral terão que ser mulheres. Um “Comitê de Diversidade de Gênero” fiscalizará e avaliará os eventos – e poderá negar autorização do uso de anfiteatros ao evento que não cumprir a cota mínima.

Todo mundo concorda que mais diversidade étnica, religiosa e de gênero faz bem ou pelo menos não prejudica. É bom ter mais mulheres e gente de origem diferente na sala de aula. Isso é um problema nas universidades brasileiras, geralmente provincianas, com pouquíssimos estrangeiros se comparadas às da Europa e dos Estados Unidos. Também falta diversidade ideológica (questão que as universidades públicas, imersas no socialismo, ignoram).

Mas para atingir essa diversidade não vale a pena sacrificar um direito tão caro e fundamental quanto a liberdade de associação. Não vale a pena proibir ou censurar eventos que só tenham debatedores homens. Atentar contra a liberdade de associação é censura politicamente correta.

A esquerda costuma dizer que o Brasil vive um autoritarismo de direita. Um exemplo muito citado é a censura que o presidente Bolsonaro impôs, no ano passado, à propaganda do Banco do Brasil que exibia jovens que pareciam gays. Outro foi a recusa de Roberto Alvim, quando era diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte, de dar espaço a uma peça de teatro de esquerda.

Por trás do autoritarismo há o que eu chamo de Síndrome do Obrigatório e Proibido. Quem sofre desse mal quer proibir o que não gosta e tornar obrigatório o que gosta.

A síndrome, como mostra a decisão da Faculdade de Direito da USP, não acomete só parte da direta. As feministas da faculdade não gostam de eventos só com homens – por isso querem proibi-los. Gostam de eventos com mulheres – então querem torná-los obrigatórios. É o autoritarismo “do bem”.

A regra restringe a liberdade sem necessidade. Tenho certeza que as mulheres que estudam e trabalham no Largo São Francisco não precisam de cotas para protagonizar eventos. Uma delas, a professora Janaina Paschoal, não precisou de cotas para se tornar uma das personalidades mais influentes da nossa política recente.

Mas é interessante imaginar se a moda pega e outros grupos começam a reivindicar cotas nos eventos universitários e nos cargos de liderança. Evangélicos são mais de 30% da população brasileira, mas menos de 10% dos estudantes de universidades públicas. Católicos, conservadores, liberais e pessoas vindas do campo também são subrepresentados – deveríamos reservar cotas para eles?

O caso dos asiáticos nas universidades americanas é interessante. São super-representados – há proporcionalmente mais chineses e japoneses na sala de aula que na população. Nos eventos e nas posições de liderança, porém, os asiáticos somem. Seria o caso de criar uma discriminação positiva para incentivá-los a participar dos eventos?

Pensando bem, estou começando a gostar da ideia. Precisamos de cotas para pessoas sensatas na Faculdade de Direito da USP.

Leandro Narloch é jornalista e autor do 'Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil'.

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  1. Quando o governo de esquerda criou várias cotas, como a de negros na faculdade, era democracia e não autoritarismo ??! Adoro a incoerência da esquerda ..... !!!

  2. O que irá acontecer é o aparecimento de mulheres debatedoras laranjas. Se um debate está previsto com 3 homens experts no assunto, adiciona-se mais um personagem e convida-se uma mulher debatedora laranja, sem expertise, que vai balbuciar algumas coisas no debate. Mas, cumpre-se a regra, 25% de mulheres. Uma idéia destas só poderia ser da esquerda da USP. Que tragédia!!!

    1. Exatamente o que pensei ao ler o artigo . Coloca-se uma "muda" e dá 5 minutos de palestra silenciosa e cumpriu-se o obrigação. Sobra só o ridículo da exigência.

  3. Faltam cotas obrigatórias para o bom-senso na sociedade em geral. Essa moda de criar nichos de oprimidos oprime o pensamento livre e criativo, além de facilitar a acomodação daqueles que querem ganhar tudo sem nada fazer.

  4. Então, 25% de mulheres... mas mulher biologica que trans em homem e homem biologico que trans em mulher conta como? Ou são uma cota a parte? Mas este é um termo genérico e ofensivo. Precisa separar em mulheres negras, asiaticas (japonesas, chinesas, outras), médio-orientais, nativas-americanas, etc. E, na entrada, por alguém para fazer a separação, viu USP. Pode pedir ajuda para uns tais 'n@zistas', que vão se dar muito bem com a 'ditadura do bem' uspiana.

  5. Narloch, sempre fui bem receosa com cotas, já entendi que inclusão não acontece voluntariamente sem empurrão, mas não tenho opinião rigorosa do tema. Meu ponto para você é que citar UM caso somente, da Janaína, é tão pouco que por si só já mostra como a inclusão e representatividade tem sido falha e precisa ser mudada.

    1. O Admirável Mundo Novo esta a nossas portas e as cotas fazem parte desse cenário que se aproxima.

  6. Duas colocações: 1- não deveria ter cota para assuntos relevantes e bem desenvolvidos antes de cota baseada em genes?... quanto mais jogamos luz em um assunto, mais ele aparece. 2- democracia é legal... desde que seja a minha.

  7. Perfeito seu texto. As mulheres não precisam de tutela para se fazerem representar. Isso é ridículo! É uma forçação de barra que deveria envergonhar quem se inclui nesse tipo de discriminação às avessas.

  8. As universidades produzem conhecimento e cultura. É o que se imagina. Contudo, vivemos 16 anos de "descontrução", de uma "barra forçada" para o "politicamente correto". Isso foi reflexo social de desmandos anteriores. Vieram os "mais necessitados" na esteira esquerdista e tomaram o poder. Simples assim. Hoje o ambiente universitário é hostil para quem não faz parte "do sistema". Uma lástima. Homens e mulheres são competentes em suas áreas e são iguais em tudo! O problema é a "patrulha".

  9. Ante ao inflexível autoritarismo de esquerda de nossas universidades públicas, que há muito se esmeram na formação de militantes políticos, parece só haver uma triste solução, a privatização.

  10. Fiquei curioso para ver a lista dos treze presidentes que passaram pela USP. Alô, há alguém aí? Quando termina a matéria?

  11. Autoritarismo, seja ele do bem ou não, nunca dá certo. Nas universidades, como o autor citou, na6existe diversidade muito menos opiniões distintas. O autoritarismo é exercido todo o tempo, seja na sala de aula ou nos concursos, principalmente os para professor. Quem não pertence a ditadura do politicamente correto ou do "socialmente construído" não tem vez. muito menos o direito a palavra ou a opinião diversa. Pobre academia, na6forma cidadãos, apenas militantes.....

  12. Enquanto a sociedade não se livrar dessas tais cotas, continuaremos a produção de incompetentes. Isso vai custar caro à sociedade; receberemos uma gama de incompetentes ocupando espaços reservados aos melhores, independente das suas origens.

  13. Na verdade, hoje em dia dia tem uma "mulherada" descabeçada que só quer farra. Sacanagem mesmo! Estudar pra que? As corretas e estudiosas fazem a diferença e tem sucesso na vida. Quanto aos homens não precisa nem falar, pois em sua maioria apta pela baderna, pelas "cheiro", pelas bebidas e faz do Campus da USP uma ZONA TOTAL. Os grandes culpados dessa bagunça toda na USP vem da BANDIDAGEM PETISTA que tomou de assalto os quadros de Direção (os cofres) e o corpo "docente", fraquinho.

  14. Os fascistas sempre falam em: democracia, estado democrático de direito, politicamente correto... é bom porque já dá para perceber, a quilômetros, a súcia da intolerância. Abriram-se os túmulos e o cheiro da podridão está no ar... saíram do armário. É só tampar o nariz e deixá-los falando no deserto. O país tomou um novo caminho, a caterva está se estrebuchando por isso...

    1. Nooooooossa como você fala difícil, sem dizer realmente nada

  15. Sou mulher mas acho um tédio ouvir palestra desenvolvida por mulheres. Raramente ouço mulheres que sabem palestrar com maestria. Dá pra contar nos dedos e se eu tiver de escolher provavelmente vou escolher a palestra feita por homem, para não perder tempo ou dinheiro. Fazer o que? Questão de gosto pessoal. Prefiro homens do que mulheres expondo assuntos, são mais práticos, precisos . Ainda não conheci mulher que soubesse falar bem em público no Brasil. Se tivesse não precisaria de cotas.

    1. Krer, recomendo um curso de viés inconsciente, pois é com este tipo de pensamento que seguimos a não ter representação correta. Consigo te fazer uma lista bem grande de mulheres espetaculares que fazem palestras espetaculares, mas só de existir esta necessidade para uma mulher já me mostra que não seria bom uso de tempo.

    2. Acho que não é bem assim! Mulheres inteligentes existem, e podem ser ótimas palestrantes. Mas estou de pleno acordo que reservar cotas é um erro! Mulheres inteligentes não precisam disto, e, muito pelo contrário, estariam ameaçadas por um protecionismo capaz de abafá-las!

    3. Opinião corajosa e sensata da Kcrer. Penso exatamente assim. Fazer o quê?

  16. Depois de lecionar por mais de 30 anos em uma universidade federal na área de ciência exatas, concordo totalmente com os seus pontos de vista. Agora, procurar bom senso em faculdades da área de ciência humanas, sociais e afins é pura perda de tempo, é missão impossível.

  17. Deveria ter cotas para mudos falarem surdos ouvirem analfabetos escreverem e por aí vai. É isso é em uma universidade aparelhada pela esquerda que seus direitos para se manterem nos cargos atendem interesses sem precedentes.

  18. Parabéns Leandro!! Artigo isento; análise pertinente e conclusão perfeita. Nada melhor do que "cotas" de bom senso em todos os setores, mas principalmente nas Universidades Públicas.

  19. Muitas vivas para vc Narloch. Oxalá Mainardi e Sabino o mantenham na redação do grupo Antagonista ora também transmudada em aparelho esquerdopata. Porca miséria ! E pensar q paguei quase 300 contos pela assinatura combo desses veículos marronsistas. Quero meu rico dindizinho de volta, JÁ !

  20. Os tempos tem demonstrados que O que vem da esquerda, nunca é bom ou estão mal intencionados, ou querem criar vantagem para a “tchurma”. A USP já foi uma faculdade respeitada hoje a maioria que transita por lá, são “canhotos” e com esses não tem discussão. Só e bom o que eles querem, não conseguem dividir. Sabem sim dividir o dinheiro dos outros para a “tchurma”. Fazem isso com uma rapidez assustadora.

  21. Parabéns Leandro! Estamos precisando de sensatez, o que está acontecendo? não é com imposição de cotas que vamos melhorar, é começando da educação de base,esse imediatismo está deformando as mudanças necessárias,acaba baixando o nível e ficando tudo sem qualidade, só com quantidade.

  22. E por falar em Janaína Paschoal, alguém estaria fazendo um follow-up do protesto que a deputada fez na assembleia de SP contra as questões formuladas pela USP para o exame de admissão ao curso de pós graduação para Saúde Pública? Só questões políticas, de esquerda, visando filtrar criminosamente o acesso ao curso a quem não for petista? Está aí uma nobre missão para a imprensa séria!!!

  23. Mais um absurdo do politicamente correto. Desceram mais um degrau, deram mais um tiro no pé. Cada vez mais esses radicais aumentam antipatia da sociedade as suas causas.

  24. Adorei: cotas para pessoas sensatas! Rssss Hoje, não se fala em competência ou mérito. Eu, como mulher, me sinto constrangida só de pensar que há representantes mulheres por cotas. Para mim, não importante quem seja, sesde que seja competente! COMPETÊNCIA é que é importante.

    1. Todos falam do tal “ politicamente correto”, isso é nada mais do que os insensatos, os fracos, os conchavados e covardes em não admitir que sempre poderá ter alguém mais capaz do que eles. A Educação e Cultura no Brasil, virou refém dos políticos que para se perpetuarem no poder, tomaram da família o dever do direito em “criar” seus filhos e os tornaram “ seguidores de opiniões” de instituições corruptas e aparelhadas.

  25. Muito bom! 👏🏼👌🏼💯 Quem sabe o projeto da instituição é formar ditadores do bem? Sendo assim a USP está na região certa: América Latrina.

  26. Texto perfeito. Além de obrigar as cotas agora também querem que aprovemos o estilo de vida das minorias também. Não se pode emitir opinião ou demonstrar reprovação a comportamentos de consumo de droga e sexo explícito ostensivos na rua.

  27. O que deve ser levado em conta é a competência, o mérito e não o gênero, a cor , a origem de nascimento. O "cotismo" é mais uma dessas coisas que mais atrapalham do que ajudam. A Janaína Paschoal é um excelente exemplo de competência e mérito.

  28. Hummmm.....meio cabotino este texto. E também os comentários. Senti cheiro de hipocrisia. Nem tanto lá, nem tanto cá. Eu li nas entrelinhas.

  29. Não sou a favor de cotas, mas sim de bolsas para pessoas carentes que gostam de estudar, e que sejam submetidas às provas para avaliação com concorrência de igual para igual, em termos de inteligência e capacidade. Conheço pessoas que não dispoem dos recursos básicos para a sobrevi- vência, mas donas de capacidades incríveis. Cotas dá-me a entender que quem as recebe, são menos capaz.

  30. Deveria existir cota de 5% para pessoas inteligentes na USP. Necessário também completar com 50% das vagas de docentes e discentes para o pessoal da direita.

    1. Adônis, pelo nome deve ser bem-apessoado. Mas nota-se que não conseguiu estudar na USP, Talvez por carecer de inteligência. Mas quer entrar pela cota da direita. Muito bem!

  31. Muito bom texto! Essa palhaçada de representatividade de grupos é uma bizarrice, que passa por normalidade, porque a burrice impera. Não somos animais racionais, somos animais culturais. Qual seria a representatividade, por exemplo, entre pessoas com orelha grande e pequena? Com trocadilho. Rs.

  32. Olavistas é o rótulo que a Crusoé cola nos bolsonaristas. E infelizmente a estratégia funciona muito bem! Se Bolsonaro não cede à chantagem, não articula, se cede, faz acordão. Assim a Revista e o Antagonista vão minando Bolsonaro entre seus leitores, que, na maioria, votaram em Bolsonaro.

  33. Será que já perguntaram para a Anita e o Pablo se eles tem espaço na agenda? Se 'elas' não tiverem, com certeza a Crazy Hoffmann ou a Tábata, tem.

    1. Não compare Tabata com Crazy. Tabata é exemplo, pobre q estudou em Harvard e pensa fora da casinha- é do PDT e votou a favor da previdência por sua convicção, mesmo sob o risco de perder o mandato. Tem gente de valor na esquerda, assim como escroques na direita, Maria...

  34. A imbecilidade é o que mais prospera nessas instituições. Esperamos que esse comportamento se reverta pelos próprios danos que causam aos integrantes sérios e responsáveis.

  35. Perfeito, cotas são um subterfúgio nefasto que entrou na moda no país. Ser mais eficiente ou mais qualificado se torna irrelevante com cotas, onde impera a mediocridade.

  36. A tal “COTA”, neste caso, mais discrimina, como se as mulheres de altíssimo nível de qualificação precisassem disto; deste tipo de ‘apadrinhamento’ (machista como esta palavra); num país onde há mulheres luminares em todos os segmentos científicos, técnicos, políticos, jurídicos, culturais, etc... E ETC.

  37. As faculdades de Humanas no Brasil viraram um grande esgoto. Centrais de doutrinação de esquerdistas que não preparam ninguém para exercer profissão alguma. Se alguém quiser estudar alguma área de Humanas a sério, a única solução atualmente é ir para o exterior - e mesmo assim, tem que escolher bem o país para onde ir. Até Psicologia, que é uma área de fronteira entre Saúde e Humanas, aqui no Brasil virou 100% ideologia e 0% ciência. Acabou, não dá mais para quem ainda pensa.

  38. Excelente a constatação, das pessoas adeptas do proibido/obrigatório, que ainda esperam aplausos pelo autoritarismo travestido de bondade. Parabéns pelo artigo!

  39. Por isso que os regimes de esquerda acabam se tornando assassinos e matando todo mundo, pois não admitem a contradição, só concordam quando pensam iguais a eles, frequentemente ao contrário da racionalidade e da experiência.

  40. Que tal uma cota de 25 % para mulheres como limpadoras de fossa? Tive casa de praia por mais de 20 anos e anualmente procurava por limpadores de fossa. Conheci mais de 100, todos homens. Injustiça com as mulheres. Fica aí uma sugestão para as briosas feministas, reivindicarem cotas para as mulheres, elas estão sendo discriminadas.

  41. Leandro, você está certo: nossas universidades, principalmente as públicas, estão imersas no socialismo. É uma pena, pois adotam de maneira radical uma única ideologia como correta. Isso prejudica a educação de várias gerações de estudantes e afeta o futuro do Brasil.

    1. O pior é que o modelo de socialismo que elas adotam é o cubano.

  42. A meritocracia foi ao espaço com esquerda no poder tudo em prol da dita minoria, governar fica mais fácil sem oposição ao politicamente correto

  43. A Faculdade de Direito da USP deveria ser estudada como um “case”, pois é uma instituição acadêmica que passou diretamente da barbárie à decadência sem passar pelo estágio de civilização

  44. Isso aí, Narloch. A continuar assim, teremos cotas pra tudo, em detrimento do conhecimento e capacidade. Só faltará cotas pra sensatez nas universidades tupiniquins

  45. Não vi nenhum sistema de cotas que seja positivo. É contra a natureza humana! Ou vc é bom no que faz ou não é... ou vc está disposto a trabalhar muito para conseguir algo ou não está... a Universidade, assim, só deteriora ainda mais a sua própria essência!

  46. Essa faculdade, que foi formadora de grandes líderes da nação, desde o Império, virou um antro irrecuperável, depois de ter sido tomada pelos esquerdistas, ou melhor, comunistas, há quase um século. Essa estratégia vem de décadas, em todas as instituições civis.

  47. A cultura da tutela da pessoa pelo estado é elemento central na organização e funcionamento da sociedade brasileira. Um sem número de regras para tudo. Uma vida buroctatizada-normatizada. Então, não é de estranhar essa obsessão por quotas de toda natureza. O grave aqui, me parece, é o travestir essa ideologia disfuncional como expressão legítima de direitos a serem preservados.

  48. Mas vamos convir, quem começou e institucionalizou a censura, a proibição, o estigma aos que pensam diferente, foram os petistas e puxadinhos. A esquerda não tolera dissidentes. Isso é ditadura e bem dura...

  49. Autoritarismo "do bem" não. É "do mal", indubitavelmente. Essa questão de cotas é essencialmente uma ação arbitrária e pois antidemocrática, já que esse debate está acirrado. Estabeleceram cotas para mulheres na política. Resultado: diminuíram as candidatas e aumentaram as "laranjas" que repassaram verbas p/outrem. O lulopetismo criou as cotas universitárias, que se revelaram inimigas da sadia competição e valorização das potencialidades. Determinar cotas é como controlar preços, um grande erro.

    1. Uma grande inversão de valores. Obrigar a que se respeite um grupo, uma categoria, um gênero.Pensando bem é até surreal. "Ou me valorizas ou te castigo". Coisa dos arrogantes deuses do Olimpo.

    2. Todo o bem que é imposto goela abaixo deixa de ser bem, pois para ser legítimo o benfeitor precisa estar usando seu livre arbítrio. A submissão pura e simples não atrai mérito de boa moral, mas modela o caráter do escravo covarde e do reles oportunista. Eventos proibidos se não houver mulheres, são de uma arrogância e de uma imbecilidade atroz. Política de zumbis.E sou bem mulher para dizer isso.

    3. Cota é o jeitinho brasileiro para não estudar, não competir com seus próprios méritos e beneficiar os indolentes.

  50. Bom-senso é bem escasso, sem dúvida, nas nossas sacrossantas universidades. e em várias outras agremiações também. Aí estão nossos parlamentares, supremos juízes e outros tantos ministros que não me deixam mentir. Mas...chegaremos lá. Se Deus quiser.

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