Ligações impróprias

29.11.19

Nos autos da operação que desbaratou o esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia, há um episódio processual curioso. Em 2013, quando a investigação começou, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo se declarou suspeita e, sem explicar as razões, pediu para sair do caso, que àquela altura já corria no Superior Tribunal de Justiça em razão da existência de desembargadores entre os alvos. Na semana passada, quando a ação foi finalmente deflagrada, ela voltou atrás e disse já não haver motivos para ficar longe do caso. Desta feita, a subprocuradora explicou o problema. Em uma petição anexada ao processo, afirmou que há seis anos, quando se declarou suspeita, vinha recebendo sucessivas ligações de uma desembargadora investigada, o que a deixava desconfortável para atuar na apuração. Agora, diz ela, não há mais motivos para a suspeição porque a magistrada parou de telefonar.

Reprodução/TV BahiaReprodução/TV BahiaA sede do TJ baiano: telefonemas levaram procuradora a se afastar do caso

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    1. Não, não é. Transparência é a regra de todo ato do poder público, ou deveria ser.

  1. Essa bandidagem togada tem que ser eliminada. Aqui no Brasil sempre agiram sorrateiramente, desde o império. Poucos se salvam!

    1. Isso! Passa da hora de corrigirem mas essa distorção do serviço público. Um salário além da realidade para quem tem por mérito a aprovação em um concurso. A justificativa, duvidosa, de que é para desestimular a corrupção pelo concursado, há muito não se aplica.

    1. Brasil o país do faz de conta eles acredita o que todos nós somos bobos aí acreditar na hipocrisia destes canalha.

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