Lula vai ser solto pela Segunda Turma do STF?

Duvido.

E duvido por dois motivos:

1 – Minha melhor fonte me contou.

2 – Soltá-lo é um perigo grande demais.

Nas últimas semanas, Gilmar Mendes insinuou que, se Lula desistisse de sua candidatura presidencial, seria mais simples libertá-lo.

O STF, portanto, poderia dar um jeito de tirá-lo da cadeia e, ao mesmo tempo, decretar sua inelegibilidade.

O cálculo só tem um problema: o Brasil implodiria se Lula fosse solto.

Gilmar Mendes é o principal conselheiro de Michel Temer, que seria responsabilizado pelo golpe. Seu governo, que já é reprovado por 90% dos eleitores, atingiria 100%, com greves de caminhoneiros e denúncias criminais pipocando todos os dias.

Além disso, a chance de eleger um candidato disposto a reformar a economia evaporaria de uma vez por todas. A campanha presidencial, se chegássemos até lá, teria um efeito ainda mais devastador sobre as contas públicas, levando-nos rapidamente à bancarrota.

A Segunda Turma do STF quer destruir a Lava Jato. A soltura de Lula, claro, poderia acelerar esse movimento. Mas aceleraria também um movimento no sentido contrário, capaz de unir todos os jacobinos que, como eu, defendem a guilhotina para os representantes do poder, inclusive aqueles instalados no STF. Os ministros sabem disso. Por isso mesmo, trabalham para destruir a Lava Jato sem tumulto, de passinho em passinho, de habeas corpus em habeas corpus.

O encarceramento de Lula foi a maior vitória jamais obtida pela democracia brasileira. Sua soltura jogaria o país nas mãos dos oportunistas autoritários que pregam um golpe chavista ou um golpe militar. Minha melhor fonte garante que os ministros do STF compreendem o risco de provocar uma catástrofe tirando o presidiário da cadeia. Eu confio na minha fonte. Se ela estiver errada, fuja: o Brasil não vai resistir.