Adiamento providencial

04.10.19

A propósito do atentado contra Jair Bolsonaro, foi providencial a prorrogação, por mais 90 dias, do prazo para o encerramento das investigações a cargo da Polícia Federal. Já estava tudo organizado para fazer a apresentação à imprensa das conclusões da apuração, que certamente não agradariam ao presidente porque não foram encontradas evidências da ligação de Adélio Bispo com outros criminosos ou mesmo grupos políticos. O resultado do trabalho seria anunciado justamente no período em que o diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, estava sob fogo cerrado de Bolsonaro. Até que veio a solução: como havia chance de nas semanas seguintes a Justiça julgar o recurso para os investigadores terem acesso ao telefone celular do advogado de Adélio, optou-se por esperar mais um pouco. Como Crusoé informou nesta semana, o tribunal federal de Brasília onde tramita o processo já formou maioria para remeter o recurso ao Supremo, por se tratar de um caso que envolve crime contra a segurança nacional. Ao que tudo indica, ainda levará tempo para que se resolva a questão em torno do aparelho – e das mensagens que ele guarda.

Pedro Ladeira/FolhapressPedro Ladeira/FolhapressMaurício Valeixo: anúncio da conclusão do inquérito poderia enfraquecê-lo

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