Adriano Machado/CrusoéRoberto Leonel: ordem do STF pode ser vista como "grave falha" do país na implementação das recomendações internacionais

Na contramão do mundo

Um dos alvos da ofensiva contra a Lava Jato, o presidente do Coaf diz que a decisão de Toffoli de limitar investigações põe o Brasil no sentido oposto das melhores práticas contra a lavagem de dinheiro
02.08.19

Roberto Leonel de Oliveira Lima, escolhido pelo ministro Sergio Moro para comandar o Coaf quando o órgão ainda estava sob a jurisdição do Ministério da Justiça, é uma figura intrinsecamente ligada à Lava Jato. No auge das investigações realizadas em Curitiba, ele era o representante da Receita Federal na força-tarefa. Foi responsável por ajudar a desvelar muitas das operações financeiras bilionárias que resultaram na prisão de poderosos. Roberto Leonel ficou no cargo mesmo após a decisão do Congresso Nacional de tirar o Coaf da alçada de Moro e transferi-lo de volta para o Ministério da Economia, ao qual estava vinculado até pouco antes de o ex-juiz da Lava Jato tornar-se ministro do governo.

Nesta entrevista a Crusoé, o xerife da unidade de inteligência encarregada de monitorar transações suspeitas de lavagem de dinheiro falou sobre a recente decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de suspender investigações baseadas em informações do Coaf (e também da Receita) que não tenham passado pelo crivo de um juiz. Para ele, a imposição coloca o Brasil na contramão das melhores práticas existentes no mundo no combate à lavagem de dinheiro. Além disso, pode criar sérios embaraços para o país nos órgãos multilaterais que lidam com o tema, como o Gafi, o Grupo de Ação Financeira contra Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo.

A ordem de Toffoli é mais um capítulo de uma cruenta ofensiva contra o Coaf. Na leitura de ministros como o próprio presidente do Supremo e seu colega Gilmar Mendes, o órgão, assim como a Receita, vinha extrapolando suas funções. A artilharia foi ampliada após vir à luz a notícia de que auditores fiscais estavam esquadrinhando transações financeiras de familiares dos dois ministros e de outros integrantes da cúpula do Judiciário – nesta semana, por sinal, uma nova decisão do Supremo, expedida pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito do mesmo inquérito secreto que censurou Crusoé, determinou a suspensão dessas investigações. É mais um sinal de que a guerra continua. E Roberto Leonel é um alvo em potencial. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Qual o impacto da decisão do presidente do STF sobre o dia a dia do Coaf e para a relação com os demais órgãos, como o Ministério Público e as polícias?
No âmbito interno, o Coaf continua recebendo normalmente as comunicações de operações suspeitas e em espécie dos setores obrigados. Da mesma forma, continua analisando todas as informações recebidas, sem alteração em seus procedimentos. No tocante à disseminação dos relatórios de inteligência financeira às autoridades competentes, cabe destacar que apenas uma parcela, ainda que muito significativa, das informações recebidas pelo Coaf provêm do sistema financeiro. O Coaf entende que as informações de setores não-financeiros, também essenciais ao sistema de prevenção à lavagem de dinheiro, não se encontram no escopo da decisão e continuam fornecendo subsídios relevantes às autoridades. Quanto à disseminação de informações provenientes do sistema financeiro, por precaução solicitamos a análise de nosso assessoramento jurídico, uma vez que a decisão do STF não traz determinações específicas para o Coaf.

Na decisão, o ministro Toffoli assinala que só devem ser compartilhados com o Ministério Público dados “genéricos”, como o montante movimentado pelo contribuinte. Qual a diferença em relação ao que já vinha sendo feito pelo Coaf desde então?
O Coaf, unidade de inteligência financeira do Brasil, tem como papel conhecer atributos específicos das operações que tenham sido comunicadas, características essas que as tornam suspeitas. Em outras palavras, ao Coaf interessa conhecer aspectos qualitativos de operações consideradas suspeitas, como as partes envolvidas, o valor negociado, a forma de sua realização, os instrumentos utilizados e seu fundamento econômico. É esse tipo de informação que o Coaf, por dever legal, e quando identificar fundados indícios do cometimento de ilícitos, incluirá em relatórios de inteligência financeira a serem disseminados às autoridades competentes. Para tentar ilustrar como apenas a movimentação global não é útil na maioria dos casos, vamos a um exemplo de comunicação de operações suspeitas em que o banco relata que o cliente em questão tem características de interposta pessoa, popularmente conhecido como “laranja”. Consta como diretor de uma empresa, movimenta valores expressivos, mas não demonstra conhecer detalhes do negócio nem de suas operações. No momento de abertura da conta compareceu à agência acompanhado por outra pessoa, que aparentava ter efetivamente o poder de mando sobre o titular da conta. Atuando dentro da política de “conheça seu cliente”, premissa do sistema de prevenção à lavagem de dinheiro, o banco fez uma visita ao local onde seria a sede da empresa e verificou a inexistência de instalações condizentes com o ramo de negócio e com a movimentação financeira apresentada (a comunicação precisa contextualizar a situação e, portanto, conter detalhes).

É possível dar seguimento a apurações e identificar crimes apenas com as “informações genéricas” determinadas pelo STF?
Entendemos que o compartilhamento apenas da movimentação global não é útil na maioria dos casos em apuração ou a serem investigados, especialmente pelos órgãos de persecução penal, tanto do ponto de vista da restrição à eventual descrição das atipicidades observadas pelos agentes obrigados como do ponto de vista da celeridade do processo apuratório.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/Crusoé“Não há como negar a preocupação com o impacto imediato da decisão liminar e, principalmente, caso seja mantida no julgamento de mérito”
Como essa decisão impacta os compromissos internacionais firmados pelo Brasil para combater a lavagem de dinheiro e crimes financeiros?
Não cabe ao Coaf questionar decisões judiciais. No entanto, não há como negar a preocupação com o impacto imediato da decisão liminar e, principalmente, caso seja mantida no julgamento de mérito. Nesse cenário, a efetividade do sistema brasileiro de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, que tanto evoluiu nos últimos anos, ficaria sensivelmente prejudicada, pelo fato de ir na direção oposta ao que se observa mundo afora, baseando-se nas recomendações internacionais. O Brasil é signatário de diversas convenções internacionais que dispõem sobre prevenção e combate aos crimes transnacionais, dentre os quais a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, como a Convenção de Viena, Convenção de Palermo e Convenção de Mérida. Além disso, como membro das Nações Unidas, o país se comprometeu a aceitar e executar as decisões do Conselho de Segurança que, entre outras coisas, requer que os Estados membros cumpram os padrões internacionais. Uma eventual avaliação do Gafi (Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo) de que o Brasil teria deixado de cumprir essas recomendações poderia fazer o país ser considerado internacionalmente como uma jurisdição que não tem uma estrutura efetiva de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, o que aumentaria a percepção de risco de outros países ao fazer negócios com o Brasil, encarecendo transações e dificultando a obtenção de crédito internacional.

A discussão sobre o compartilhamento das informações do órgão só foi retomada agora em um caso específico envolvendo o filho do presidente da República e em meio a apurações do Fisco sobre as contratações do escritório de advocacia da mulher do presidente do STF. Não são estranhas essas coincidências?
O Coaf não comenta casos específicos e não nos cabe questionar decisões judiciais.

Diante dessa decisão do STF e todas as circunstâncias que a envolvem, o Coaf está sob ameaça?
Não entendemos que haja uma ameaça direcionada ao Coaf, mas temos preocupação com os impactos do tema em discussão.

Caso o Supremo mantenha esse entendimento de que as comunicações devem ser “genéricas”, isso não seria, na prática, o fim do Coaf como ele foi pensado inicialmente?
Há preocupação com o impacto imediato da decisão liminar e, principalmente, caso seja mantida no julgamento de mérito. Nesse cenário, a efetividade do sistema brasileiro de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, que tanto evoluiu nos últimos anos, ficaria sensivelmente prejudicada.

Quais mudanças na estrutura física e de pessoal do Coaf seriam necessárias para que houvesse sempre um juiz analisando todas as comunicações de operações suspeitas?
Entendemos que a atual decisão do STF não traz determinações específicas para o Coaf. Assim, não há alterações definidas na estrutura ou funcionamento do órgão.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/Crusoé“Não entendemos que haja uma ameaça direcionada ao Coaf, mas temos preocupação com os impactos do tema”
Após a repercussão da decisão, o STF vem sinalizando que deve julgar o mérito desse caso antes de novembro. Qual a expectativa do Coaf em relação ao julgamento?
Seria importante para a segurança jurídica e o bom andamento dos trabalhos que houvesse uma decisão definitiva com a maior celeridade possível.

Após a divulgação da decisão do ministro Toffoli, o sr. recebeu algum apoio de integrantes do Gafi ou de outras entidades internacionais ligadas ao combate à corrupção e lavagem?
Quanto à recente decisão, o Secretariado do Gafi entrou em contato com o Coaf para que esclarecêssemos dúvidas que surgiram após terem tido acesso a um artigo publicado pela Transparência Internacional (esse artigo resumiu o contexto da decisão de Toffoli e a tratou como um “retrocesso inesperado”). É importante destacar que o Gafi vem acompanhando a situação do Brasil com atenção há alguns anos e cobrando, especialmente, a implementação de medidas legislativas no combate ao terrorismo e seu financiamento, desde a avaliação do país, concluída em 2010. Uma nova reunião plenária está marcada para outubro, quando será avaliado o atendimento às exigências do Gafi com a recente edição da lei 13.810, de 2019, que trata do cumprimento de sanções impostas por resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da indisponibilidade de ativos de pessoas ligadas ao terrorismo. Essa avaliação certamente levará em conta, também, uma eventual decisão judicial que enfraqueça o sistema de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, o que poderia ser visto como uma grave falha no comprometimento do país em implementar as recomendações do Gafi. Em termos técnicos, o Gafi avaliará, em outubro, a própria permanência do Brasil como membro do organismo.

Como essa decisão do ministro Toffoli afeta a tentativa do governo brasileiro de incluir o país na OCDE?
Quanto à intenção de acesso do Brasil à OCDE, que passa necessariamente pelo cumprimento de uma extensa e rigorosa lista de exigências internacionais, há riscos específicos que merecem ser destacados, pois um sistema ineficiente de um país quanto à prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo certamente afeta a integridade e transparência de seu sistema financeiro. Contextualizando, a OCDE tem o status de Organização Observadora do Gafi, o que inclui organismos internacionais associados que possuem, dentre outras, funções relacionadas ao combate à lavagem de dinheiro. No Brasil, a Convenção da OCDE Sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais, promulgada em 1997 em Paris, foi ratificada em 15 de junho de 2000 e promulgada por decreto em novembro de 2000. O principal objetivo da convenção é prevenir e combater o delito de corrupção de funcionários públicos estrangeiros na esfera de transações comerciais internacionais. Para isso, exige-se um sistema efetivo de prevenção à lavagem de dinheiro, acompanhado de forma próxima e cooperativa entre especialistas da OCDE e do Gafi.

A volta do Coaf para a estrutura do Ministério da Economia representou algum prejuízo para as atividades do órgão?
Não houve prejuízo às atividades. Ao longo desses quase sete meses de 2019, o Coaf foi fortalecido tanto em termos de estrutura quanto em termos de pessoal. Dentre esses avanços, merece destaque o reforço de sua estrutura operacional, que passou a contar com duas diretorias, a de Inteligência Financeira e a de supervisão, antes concentradas em uma só. Isso permitiu especializar ainda mais as atividades de inteligência financeira, que tem como destinatárias diversas instituições que atuam no combate ao crime organizado, corrupção e lavagem de dinheiro. Com tal configuração, a recém-criada diretoria de supervisão pode concentrar sua atuação na fiscalização do cumprimento das obrigações dos setores regulados. Foram também criadas duas coordenações que reforçarão a atuação em estreita integração com forças-tarefa e órgãos de persecução penal em casos de grande relevância, especialmente aqueles envolvendo crime organizado e esquemas de corrupção, bem como as relações institucionais com entidades nacionais e internacionais. Quanto a pessoal, ao final de 2018 o Coaf contava com apenas 37 servidores. Atualmente já temos 61 integrantes, além de sete servidores em capacitação no órgão por meio de acordos de cooperação técnica e seis terceirizados e estagiários.

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  1. Impressionante como apenas uma pessoa tem o poder de estragar um trabalho bem feito e colocar o país na contramão do mundo. Realmente lamentável.

  2. Tá tudo bonito, tudo bem explicado, porém pergunto: Porque a tal de COAF só agora acordou? Antes do Bolsonaro não havia nada? me enganem que eu gosto.

  3. Quando alguém vai entrar no STF com um pedido de explicações sobre as mulheres-advogadas de Toffoli e Gilmar, que "por acaso" estavam no rol dos 133 que seriam TRIBUTARIAMENTE, investigadas e foram simplesmente " blindadas" pelo marido de uma delas, o ministro Toffoli ?

  4. Deus é grande ! Não há como um dia atrás do outro . Os ministros do STF que estão agindo errado serão punidos de alguma maneira , a justiça de Deus tarda mas não falha . Vamos aguardar .

  5. Esse papo do Presidente do STF de extrapolar suas funções é papo furado sem vergonha. O problema é que as investigações estavam chegando nele e em seu amigão Gilmar Mendes. Ele fez isso para travar essas investigações. O resto é papo furado dele.

  6. O problema é que o Presidente da República que não aceita nada que contrarie os interesses dele e de sua família. E essa liminar atende seu filho Flavio. Sergio Moro que se cuide! Bolsonaro destrói seus aliados sem consideração alguma.

  7. É absurdo um órgão tão importante ter um número tão reduzido de funcionários, enquanto isso o STF só em recepcionistas supera o número de funcionários do COAF.

    1. Concordo penalmente! Seriam os ministros do stf deuses?

  8. Infelizmente, Bolsonaro está no de "esfrega minhas costas, que esfrego as suas", com Toffoli.Toffoli suspende ação contra o filhinho e, Bolsonaro pai, tira o pessoal do Coaf que poderiam causar problemas ao Ministro.

  9. É por isso que respeito o Governo Bolsonaro. Preenchimento de cargo por pessoa tecnicamente bem qualificada. O problema está no preenchimento de vagas do STF por advogados sem qualquer qualificação ética e moral. A técnica fica no escanteio. Hoje no STF tudo é uma questão de DIAS! Nem preciso lembrar do PresidenTe da OAB Nacional plantado pelo PT que de modo algum NÃO ME REPRESENTA! #eleiçõesdiretasoab

    1. Sim, por ele, teremos o embaixador nos USA mais qualificado da história da diplomacia brasileira. Faça-me rir.

  10. O Coaf é um orgão de controle tão importante mas que nas gestões anteriores foram manipuladas e deixaram de fornecer as movimentações financeiras astronomicas que ocorreram no governo PT. Espero que agora siga em frente...

  11. Um detalhe curioso da entrevista: terceirizados e estagiários. Foi no governo do PT que a contratação de terceirizados atingiu o auge. Estagiários levavam documentos reservados de um lugar para outro, analisavam processos que deveriam ser de competência exclusiva de agentes concursados. Sempre me perguntei quem os contratavam, se haveria ligações entre os contratantes e escritórios de advocacia, quem eram os donos dessas empresas. Será que o Coaf pensou nisso?

  12. Além de Gilmar Mendes, Dias Toffoli tambem tem boa interlocução com o sindicado dos auditores da Receita Federal. Primeiro, vazam investigações da Receita. Depois, o sindicato é usado como canal entre o fisco e o STF. A relação entre eles não deveria ser apenas institucional? O sindicato é um ator importante nessa história e deveria merecer mais atenção de voces que querem fazer jornalismo sério. Parece que o sindicato tem um bonito discurso para a platéia e outro para a corporação.

  13. O Brasil entrando ou não na OCDE, tendo 13 ou 50 milhões de desempregados, sendo ou não um celeiro de doleiros e políticos vagabundos, estando ou não na contramão das boas práticas mundiais, aconteça o que acontecer, esses pilantras seguem recebendo seus altíssimos salários, tendo regalias de Reis e, como se não fosse suficiente, continuam roubando muito e se blindando para roubar mais. Vergonha de ser brasileiro.

  14. Os interesses de Toffoli são os interesses de Toffoli. Nunca o STF foi tão mal constituído e os interesses do povo brasileiro tão mal defendidos! O Supremo deveria abrigar indivíduos do mais alto saber e dos mais sérios princípios. Caso contrário, não há nada que justifique a sua existência.

  15. Em matéria publicada no blog Brasil Soberano e Livre, de 21/03/2019, Mariana Oliveira relata que Gilmar Mendes questionou a obrigatoriedade da Receita repassar informações ao Ministério Público, logo após o vazamento do procedimento fiscal sobre ele publicado pela revista Veja. Diz Gilmar: "Na conversa que tive com os auditores do Sindifisco e da Unafisco eles se queixaram que recebem requisições do MP diretamente. Isso é o que me parece...." Hummm!!!

  16. STF: Supremo Tribunal da Falcatrua. Suprema Tramóia Federal. Suprema vergonha ao país, essas raposas velhas com mais poder na caneta do que vergonha em suas caras.

  17. Embora goste do 'benchmarking', o que me desagrada nessa intromissão é que é tão clara a má fé, que fico petista da vida que nada possa ser feito, sem feria a 'autonomia dos poderes'. Rá. Contem outra!

  18. O objetivo sempre foi proteger os bandidos de estimação do STF e do governo. Não tenho dúvida que se a decisão de Tofolli cair no plenário, eles arrumam outro artifício.

  19. O STF já se tornou, por ações de parte de seus membros, uma vergonha nacional. O senado, do filhote de RENAN, jamais tomará providências em relação a essa grande vergonha.

  20. O stf não esta preocupado com a ineficiência que vai causar ao combate à corrupção, esses ministros manifestos estão preocupar em se proteger das mazelas dos mesmos

  21. Realmente não cabe ao COAF questionar uma medida judicial, mas cabe sim à sociedade questionar a representatividade deste STF. A maioria de seus membros foram indicados ou pelo criminoso que agora está devidamente encarcerado, ou pela presidanta que foi considerada inepta para o cargo. Precisam ser aposentados compulsoriamente por falta de credibilidade na isenção de suas indicações.

  22. O absurdo poderia se tornar inocuo apenas pelo seu desconhecimento. Amassa-se e joga no lixo. Que ele, entao, faca pessoalmente.

  23. Quando um Advogado q não consegue ser aprovado em Concurso pra Juíz, por 2 vezes, e fica advogando pra bandido como Zé Dirceu, Paulo Bernardo e outros petistas é indicado ao STF e aprovado pelo Senado em sua maioria corruptos só pode dar nisso que está acontecendo com o atual STF presidido por Tóffoli o "amigo do amigo do meu pai "

    1. Pobre Brasil cujo STF está se tornando uma vergonha Nacional.

  24. A absurda decisão de Tofolli, numa tentativa de reter a ampliação das estruturas anti corrupção, não pode ser apoiada pela maioria do STF, pois, se for, não pode ser tolerada pelo Senado, responsáveis que são pela segurança do Brasil. Não é possível que alguns poucos indivíduos, no momento "togados", tenham o poder de deter a marcha do Brasil rumo à ética pública, caminho que trilhados atualmente, embora com muitos entravadores

  25. Segundo o portal UOL o Planalto pressionou Guedes a tirar Roberto Leonel da chefia do Coaf por ele ter criticado decisão de Tofolli que beneficiou o filho do presidente. Esta narrativa circula dentro da própria Receita Federal, que no momento passa por um processo de reforma administrativa criticado por setores fortemente corporativistas e o sindicato dos auditores. Seria interessante vocês aprofundarem esta matéria.

  26. Muito boa entrevista, mas isto tem que ser reavaliado ( a decisão do Tóffoli) o mais rápidamente possível para não prejudicar o país pra te o Mundo Este ministro Tóffoli se acha um semi Deus, mas alguém terá que cortas suas asas!

  27. Estes pseudo juízes serão punidos em breve pela vontade do povo;nossa e dos verdadeiros juízes honestos deste país’ Lava Jato continua forte e podemos acreditar q vai atuar e será primordial na punição destes sujos, Estou otimista e confio em nosso presidente e seu time.

  28. Alguém esperava alguma coisa diferente do que este Sr Tofolli, que nunca conseguiu ser juiz por absoluto desconhecimento jurídico, que foi apenas um advogado de bandidos que estão presos , Lula e José Dirceu e que foi nomeado pelos mesmos bandidos, para uma corte que pelo menos a metade é de malfeitores. Podemos esperar alguma coisa que preste?

  29. Tem alguém na esquerda brasileira que não seja um canalha, vigarista e ladrão ? Só pra lembrar , nenhum deles passa férias em Cuba ou na Venezuela . Eles transformaram o Brasil num circo de horrores deixando essa nação fudida por pelo menos uns 100 anos . E continuam tentando fuder o que sobrou.

  30. Acredito que a troca do diretor,Sr.Roberto Leonel,seja uma tática de Bolsonaro para acalmar Tóffoli, que em seu afã de proteger-se e ao seu "amigo"também togado, está ultrapassando todos os limites.Enquanto não temos armas eficientes,é melhor deixar o inimigo pensando que já ganhou a guerra.

    1. O tal pacto entre os poderes. Acalma Toffoli e tira Flavio bolsonaro do radar. Bem conveniente! Bosonaro tem sido uma decepção nestas questões. A Lava-Jato é uma unanimidade, Bolsonaro ta longe de ser. Se o presidente minar a lava-jato vai perder mais e mais pessoas que, apesar de tudo ainda torcem por ele.

  31. Se Bolsonaro afastar o Roberto do COAF é sinal q é conivente com a corrupção e faz parte do Mecanismo... vamos aguardar....

    1. Vamos aguardar. Estou bem atento. Meu voto está lá mas posso resgata-lo a qualquer momento.

  32. Há um desequilíbrio de representatividade no congresso: a população honesta está sub-representada enquanto a bandidagem está, proporcionalmente, com mais representantes, os quais procuram, por todos os meios, dificultar a aprovação de leis de combate ao crime. Aí vem membros do STF e se aliam aos criminosos, criando mais embaraços. Contam ainda com a conivência de um presidente que não quer ver seu filho punido pelo crime do "rachid ", cada vez mais evidente. Está difícil. Temos que ir pra rua.

  33. É muito triste constatar que um esforço tão grande para montar uma estrutura eficiente de ajuda ao combate à corrupção, de repente pela vontade ditatorial de alguns poucos, possa estar em risco.

  34. A pergunta que não quer calar: será que o Toffoli tinha conhecimento de todas essas implicações com entidades internacionais, quando deu sua canetada? Seu currículo não nos convence...

  35. O Brasil já disse ao mundo que é, sim, um país sério desde que destituiu dois presidentes, prebdeu o outro, um ladrão, e um presidente do congresso - entre outros. Falta dar o necessário passo seguinte e prender bandidos infiltrados no stf, que o Brasil inteiro já sabe quem são e já não o tolera mais - e nem cabe mais aos Brasileiros conviverem com esse tipo de gente que diz ser justo a injustiça que pratica todos os dias.

  36. Parabéns ao entrevistado e ao entrevistador. É realmente muito triste saber que trabalho tão importante e necessário seja tão violentamente atacado pelo nosso atual vergonhoso STF.

  37. Por que somente três ministros do STF tem essa mentalidade do medo de fiscalização? Por que sempre três ministros do STF criam caso com tudo? Por que sempre três ministros querem que o Brasil continue essa bagunça generalizada? Quer dizer então que os demais ministros são incompetentes? Que os outros ministros tem o "rabo preso"? Que devem "favor" a alguém? Isso tem que acabar! Urgente.

  38. Ainda que o Totó fosse apenas um ladrãozinho de galinhas, a suspeitíssima decisão beneficia o narcotráfico, o terrorismo, o crime organizado, inclusive o dos partidos políticos, em suma: uma tragedia! Pra que serve um Judiciário desses que ataca a sociedade ao invés de protegê-la?

  39. Excelentes esclarecimentos. Se o COAF era bom, com o "efeito Moro" ficou ainda melhor. Prova disso é que fez tremer primeiro as ratazanas do Congresso e depois os "ratos togados" do stf.

  40. Otima entrevista! Uma forma de nos manter atualizados nestes assuntos de tanta importância e complexidade. Parabéns ao entrevistador e ao entrevistado! Como o Brasil tem profissionais bons e competentes nas suas áreas de atuação. Pena que no meio deles cresça o joio.

  41. Esses picaretas, de ilibada reputação (kkk), deixam Collor no chinelo. impeachment no Trio Parada Dura : Gilmar, Toffoli e Lewandowski :

    1. Esqueceu o factótum e capacho do Tófolli-Mesadinha, Alexandre de Moraes.

  42. Alguém tem que parar esses caras do STF. Agora, como que em um revezamento, vem o Alexandre controlar a Receita Federal, como se fosse "seu dono". Que cretinisse e hipocrisia! Certamente tem muita coisa estragada desses caras e de suas respectivas famílias;!! Vamo pra cima deles!!!

    1. Censura pública de informação, anulação de órgãos controladores, limitação na apuração de fraudes, centralização de poder no STF e por aí vai... O Senado não vai fazer nada!

  43. O COAF foi criado no governo FHC, contrariando o MC aí em baixo, para abrigar cupinchas, políticos ou não, para acobertar leniencias junto a grandes empresas devedoras, retornando pouco $ ao ESTADO, e muito nos bolsos de políticos. Aparelhado pelo PT q inchou toda a administração pública, após a queda da dilmanta serviu pra desvendar um "rachid" e, agora as mulheres de ministros são escrutinadas!!! Alex de Moraes está corretíssimo: se até agora ñ pegou nada dos filhos do Lula, fechem.

    1. Eu não tenho nenhum problema que os bancos ou qualquer instituição financeira vejam minhas movimentações bancarias. Os contra, são suspeitos.

    2. E eu me perco lendo comentários tão, Tao... ah, deixa pra lá.

    3. Nunca li tanta bobagem na minha vida... palavras de uma gerente de banco que tem que analisar indícios de lavagem de dinheiro todos os meses...

    4. Ou seja, o COAF é um “fuxiqueiro” que recebe dados de um gerente de banco que resolveu por conta própria passar adiante transações de seus clientes com base em uma portaria do Banco Central. A partir daí, detalhes sigilosos sem a proteção dos dados circulam livremente entre diversos órgãos da administração sujeitos a vazamentos e outras livres interpretações casuísticas irresponsáveis

  44. É como a porta giratória na entrada do banco, a princípio qualquer idoso correntista ou não daquela pequena agência de uma cidadezinha do interior é suspeito de terrorismo ou assaltante de banco e tem que deixar as calças penduradas na portinhola e passar por humilhação tendo de se explicar porque foi sacar 100,00 que o gerente informou ao COAF

  45. O COAF foi criado para fiscalizar operações financeiras e ao longo do caminho devido à corrupção começou a se envolver em questões penais. O que se depara diante da decisão do supremo, é que o COAF extrapolou suas funções e passou a considerar todo tipo de operação atípica como parte importante de esquemas de corrupção, ou seja, não existe dinheiro honesto e suado circulando no sistema e todo mundo vai junto para o mesmo tacho.

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