Contato imediato

03.05.19

Um grampo telefônico feito pela Polícia Federal registrou um telefonema de Dalide Corrêa, ex-braço-direito de Gilmar Mendes, para Ricardo Saud, o notório lobista da JBS que se tornou um dos principais personagens do acordo de delação premiada da empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Foi em outubro de 2014, um ano antes de a JBS começar a patrocinar o IDP, o instituto de Gilmar. Ao se identificar, Dalide menciona o nome do ministro e dá a entender que já havia encontrado Saud em outra ocasião. “Oi, Ricardo. É Dalide, aqui do instituto do ministro Gilmar Mendes, o IDP”, diz ela, que prossegue: “Não sei se você está lembrado de mim, a gente se encontrou lá no aeroporto…”. O diretor da JBS logo responde: “Tô (lembrado)… Com o Gilmar Mendes lá, com ‘coisa’ lá…”. “Exatamente. Você tá podendo falar um pouquinho?”, pergunta ela. A ligação não dura muito tempo porque Saud estava no meio de uma reunião com o deputado Paulinho da Força. Os dois combinam de se falar depois. Àquela altura, Saud era alvo de uma investigação da PF e, por isso, estava com o telefone grampeado.

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