Tiro no pé

18.01.19

Membros da cúpula do governo de Jair Bolsonaro viram como um tiro no pé o pedido de Flávio Bolsonaro para suspender a investigação sobre seu ex-motorista Fabrício Queiroz – aquele que movimentou 1,2 milhão de reais e, apesar de estar com uma grave doença, foi filmado dançando dentro do hospital. Além de colocar em xeque o discurso do presidente Bolsonaro e do próprio Flávio, que diziam ter interesse em ver tudo esclarecido, o movimento pode trazer sérias complicações criminais. Na prática, Flávio Bolsonaro recorreu ao Supremo Tribunal Federal porque a investigação foi iniciada quando ele já tinha sido eleito senador, o que poderia significar um desrespeito ao foro privilegiado. Como consequência do recurso, o filho de Jair Bolsonaro pode acabar levando o caso para a esfera federal, a cargo da Procuradoria-Geral da República e do grupo especial de inquéritos da Polícia Federal, baseado em Brasília. Até aqui, a apuração estava com o Ministério Público do estado do Rio. A decisão final caberá ao ministro Marco Aurélio Mello, de cuja pena costumam sair decisões surpreendentes.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéMarco Aurélio pode, em última instância, entender que o caso é federal

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