RuyGoiaba

Daciolo está certo: vamos
fugir para o monte

14.09.18

A menos de um mês da eleição, os candidatos em que o brasileiro mais gostaria de votar estão um na cadeia e o outro no hospital.

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No pelotão que disputa vaga no segundo turno com o candidato internado está aquele que sugeriu prender o chefe do Exército (e chamou de “jumento de carga” um vice rival), aquela que responde “não” quando indagam ao Google se ela é corrupta — uau, corajosa — e aquele que escande sílabas cui-da-do-sa-men-te.

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O vice xingado soltou uma nota em que deplora o baixo nível da discussão, em vez de responder “jumento de carga é a mãe”, como conviria a um general brasileiro. O mesmo vice tentou passar a perna no partido do cabeça da chapa — o do hospital — para ir aos debates da TV em seu lugar. Climão maneiríssimo.

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Há ainda o fantoche do candidato da cadeia, que está testando quantas vezes consegue pronunciar o santo nome do chefe no mesmo discurso — ontem, O Globo contou uma vez a cada 22 segundos. E isso é só o começo da campanha.

É uma candidatura cheia de (culto à) personalidade.

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Como revelou Crusoé, o esfaqueador do candidato hospitalizado tinha um cartão de crédito internacional. E você, que não esfaqueia nem bolo Pullman, continua aí sofrendo para pagar as prestações do Magazine Luiza.

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Enquanto isso, Cabo Daciolo continua jejuando e orando no monte e se recusando a ir aos debates. No fundo, você sabe que o país está perdido quando Daciolo parece o mais sensato de uma lista como esta.

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Adriano Vizoni/FolhapressAdriano Vizoni/FolhapressDilma fica assim quando Valdeci não traz o papel (Adriano Vizoni/Folhapress)

A GOIABICE DA SEMANA

Não há concorrência possível: tem que ser Dilma Rousseff, estadista e profunda conhecedora de Minas, dando entrevista a uma rádio de Janaúba e pedindo ajuda aos assessores para responder o que o norte mineiro poderia esperar dela no Senado. “Olha, cês podem esperar aquilo… só um pouquinho. Ô, Eleonora, me dá o papel! Dá o papel. (…) Tá com o Valdeci. Valdeci, o papel, Valdeci!”

Segui a sugestão do amigo Renzo Mora, do site “República dos Bananas”, e fiquei imaginando como seriam discursos históricos em dilmês. Churchill na 2ª Guerra: “Só posso oferecer sangue, suor e, sei lá, o resto tá no papel da Eleonora”. JFK dizendo que os americanos não devem perguntar o que o país pode fazer por eles, mas o que está escrito no diabo do papel. Martin Luther King contando que tem um sonho e só não lembra qual é porque o papel está com o Valdeci.

Chega de intermediários. Para senador, vote Valdeci do Papel.

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