Adriano Machado/Crusoé

“A sociedade quer sangue”

Para o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, apesar de os brasileiros estarem cobrando "as vísceras" dos políticos, a Justiça não pode avançar o sinal nas punições. Ele afirma que Dias Toffoli, como novo presidente da corte, deve trabalhar para colocar "a bola no chão"
14.09.18

Todos os dias, Marco Aurélio Mello acorda bem cedo e, depois de “atrair pássaros” espalhando pedaços de fruta, alpiste e sementes de girassol em volta de sua confortável casa no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul de Brasília, senta para o que considera um dos momentos mais prazerosos de sua rotina: tomar um copo de leite tirado na hora. Sim, o ministro tem uma vaca no quintal de casa. Entre seus funcionários, há um que se encarrega da tarefa de ordenhar a velha vaca mestiça, que recentemente pariu um bezerro. Por inseminação artificial, observa o ministro. “Aqui o único touro sou eu”, brinca. Vencido o primeiro compromisso diário, Marco Aurélio se recolhe ao escritório, onde estuda os processos antes de proferir verbalmente as decisões – as gravações são entregues a assessores, que cuidam de transcrever tudo. À tarde, ele vai para o Supremo.

Falante, Marco Aurélio saiu há pouco de um “período de silêncio”. Nesta semana, ele atendeu Crusoé. Aos 72 anos, o vice-decano da mais alta corte do país falou sobre a nova fase do Supremo, sob o comando de seu colega Dias Toffoli, 22 anos mais novo. Ele espera que, após uma longa fase de turbulência interna, Toffoli consiga colocar “a bola no chão” e apaziguar os ânimos. Para os entusiastas da Lava Jato, não chega a ser propriamente uma expectativa alvissareira. Tanto Marco Aurélio quanto Dias Toffoli veem abusos na operação. E condenam as prisões em segunda instância, como a do ex-presidente Lula. Estaria, então, a operação a caminho do cadafalso? A seguir, a entrevista.

O que o senhor espera da gestão Dias Toffoli?
Em primeiro lugar, que coloque, para utilizar o jargão popular, a bola no chão. Não devemos enfrentar, principalmente agora no final de ano, com eleição, temas de repercussão maior, palpitantes. Em segundo lugar, que ele otimize as sessões do plenário, no sentido de alterar o regimento interno para começarmos as sessões com pelo menos três integrantes presentes e os colegas saberem que realmente a sessão começará. Há um ciclo vicioso hoje em que se sabe que a sessão não começa às 14 horas (horário regimental de seu início), o que é muito ruim. E é um exemplo que fica para os cidadãos em geral. Há também um serviço que entendo que precisa ser implementado, que é a triagem dos recursos. Mesmo se tendo a seleção de 50% dos processos, cada gabinete recebe 130 novos por semana. É uma enormidade. Ou seja, há de se haver a conciliação da prestação jurisdicional com o que é possível fazer em termos de conteúdo e celeridade.

É possível esperar uma gestão positiva?
É muito difícil fazer prognóstico. Precisamos aguardar. Cada presidente tem um estilo. Penso que terá um ótimo desempenho pela qualidade sua aqui no dia a dia e pela gestão que fez quando presidiu o Tribunal Superior Eleitoral.

O que o senhor acha dele como ministro?
É um juiz sensível e aplicado.

Qual deve ser a pauta prioritária?

A ênfase maior deve ser a preservação da Constituição. No plenário, há muitos processos que aguardam julgamento. Só eu tenho 180 liberados que estão na fila. Não sei se até 2021 (quando se aposenta) conseguirei julgá-los, porque serão acrescidos de outros. Há uma sobrecarga, e o presidente acaba definindo a pauta. Talvez possa haver também uma maior participação dos integrantes da corte na confecção de pauta. Mas, por enquanto, ela é do presidente (refere-se ao poder do presidente de decidir o que será julgado).

Como o senhor avalia o período em que a ministra Cármen Lúcia comandou a corte?
Ela foi de uma dedicação incrível, inclusive abrindo, em termos de administração, um leque enorme para cuidar de matérias diversas. Mas não se contenta a todos. Nós, julgadores, não somos vocacionados para a administração. Ela até disse, agradecendo, que agora será promovida a juíza e voltará à planície como integrante do Supremo, para proferir votos e julgar.

Qual é o principal problema hoje do Supremo?
Em primeiro lugar, a atuação individual. O Supremo praticamente não atua como colegiado. O segundo problema, continuo convencido, é a automação, com o julgamento virtual. É um prejuízo ao jurisdicionado. Quando você imagina um colegiado, pressupõe a troca de ideias. E na internet não há essa troca (ele se refere aos processos que são julgados eletronicamente pelos ministros). A tendência, diante dessa avalanche de processos, é colocar os casos na vala comum e generalizar as soluções. Isso é ruim. O que precisamos é enxugar ao máximo os processos. Isso passaria pela modificação da competência do Supremo. Hoje, o presidente da corte de origem tranca o recurso, mas contra a decisão dele é cabível outro recurso, que não pode ser obstado. Então, quando o processo não sobe como recurso extraordinário, sobe como agravo. Por isso é que se tem esse número descomunal de processos.

Qual é a solução?
Há uma litigiosidade muito grande. A primeira solução é a independência do advogado. Porque o que parece é que o advogado acaba não assumindo o papel técnico que lhe cabe, de chegar para o cliente e dizer que não vai interpor o recurso porque não há a menor chance. Ele interpõe quase que automaticamente. A advocacia pública já tem implementado a racionalização dos trabalhos. Ou seja, há certas ações em que se declara que não haverá recurso. Mas o problema, em si, é cultural.

O Supremo é pautado pela opinião pública, como dizem alguns críticos?
Eu não me vejo patrulhado nem pela opinião pública nem jornalística. Nós ocupamos uma cadeira vitalícia e disso decorre a necessidade absoluta de independência. Processo, para mim, não tem capa. Tem conteúdo.

Por que os processos da Lava Jato não andam rápido no STF?
Em épocas de crise, é importante guardar princípios e garantias constitucionais. Se nós queremos alcançar o Brasil sonhado, não podemos tocar o processo de cambulhada. Então, certas posturas, e não estou examinando casos individualizados, não são compreendidas pela população. A sociedade chegou a um ponto de indignação que ela quer vísceras, quer sangue. Mas não podemos dar sangue à sociedade. Não se avança culturalmente assim. Do contrário, seria o caso de construir um paredão na Praça dos Três Poderes e, sem processo, fuzilar. Mas não se pode partir para isso. Em um estado democrático de direito, o meio justifica o fim, mas jamais o fim justifica o meio. A indignidade da sociedade de certa forma é contida pelo Judiciário, no que ele decide. Não procede dizer que essa forma de ver o direito implica uma tentativa de frear a Lava Jato. As instituições funcionam: a Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário.

Mas quando se compara com a primeira instância…
Não somos vocacionados a instruir processos. O Supremo foi durante um período, e ainda é, muito exigente no recebimento de denúncia. Isso conduz o Ministério Público a requerer sucessivas diligências e o processos ficam num pingue-pongue. Vêm do Ministério Público, passam pelo Supremo e vão para a Polícia Federal, quando, em última análise, para receber a denúncia só precisa da materialidade criminosa e de indícios de autoria. Mas o Ministério Público, ante essa visão do Supremo de exigir algo concreto para receber a denúncia, sente-se compelido quase a demonstrar a culpa do acusado. Isso é ruim. Nós enxugamos um pouco, dando uma interpretação restritiva à prerrogativa de foro. Isso aliviou bastante. Eu, por exemplo, trabalho de sol a sol, sem juízes auxiliares. Tenho nove assessores e sou o juiz que tenho o maior número de processos para julgar. Se eu considerar o binômio celeridade e conteúdo, se eu tiver que sacrificar, vai ser a celeridade. Eu não julgo papéis, eu julgo destinos. A responsabilidade é maior.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéO ministro manifesta sua predileção pelo Supremo de outros tempos: “Havia uma cerimônia muito maior na atuação”
O senador Romero Jucá disse em uma gravação que era necessário haver um acordão “com o Supremo com tudo”. Isso ocorreu ou pode ocorrer?
É um arroubo de retórica. Cada um tem o direito de pensar o que quiser e verbalizar o que quiser. Não vejo como se poderia chegar, mediante o acionamento do Congresso, à criação de obstáculos para a persecução criminal.

E seria possível chegar a um acordo com o Supremo?
Aqui muito menos. Não ocupamos cadeiras voltadas a relações públicas. Eu, por exemplo, quando era estudante de direito, queria ser como meu pai, advogado do Banco do Brasil. Acabei, depois de passar pelo Ministério Público do Trabalho, ocupando a cadeira de juiz. É uma opção de vida.

E as pressões externas? Como o senhor viu, por exemplo, o tuíte do comandante do Exército na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula?
No estado democrático de direito isso não soa bem, principalmente quando no dia seguinte teria o voto decisivo da ministra Rosa Weber. E ela acabou ficando em uma situação até um pouco delicada em termos de leitura dos leigos. Acho que vivemos ares democráticos e os órgãos têm que atuar nos setores que lhes são reservados constitucionalmente. É impensável imaginar-se uma pressão para o Supremo julgar dessa ou daquela forma.

Mas foi o que aconteceu no caso do general Villas Bôas?
Eu não sei. Chegou ao meu conhecimento que ele teria lançado aquilo, não sei se é verdade ou não, porque, se não o fizesse, perderia a liderança junto à tropa. Se a liderança junto à tropa do comandante do Exército está na dependência de uma atitude assim mais ostensiva, nós estamos muito mal.

Foi errada a tentativa de Lula de esticar a corda para ser candidato, mesmo estando preso e condenado?
Foi o papel político dele como integrante do PT. Evidentemente, ele quis figurar no cenário, muito embora preso em Curitiba. E de certa forma, fortalecer a caminhada daquele que viria a ser o candidato (Fernando Haddad). Entendo como algo natural.

O senhor considera a prisão do ex-presidente injusta?
Eu tenho voto proferido no plenário, inclusive nas liminares das ações declaratórias (refere-se às ações que pedem a revisão da prisão após condenação em segunda instância). Vem da Constituição Federal um princípio que não permite uma interpretação restritiva do princípio da não culpabilidade. E o tribunal já tinha essa matéria pacificada há mais de seis anos, sete anos, quando houve uma virada. Continuo convencido de que ele está preso indevidamente. Ele e tantos outros.

Ainda que estivesse solto, pela Lei da Ficha Limpa ele não poderia ser candidato.
Não poderia. O princípio da não culpabilidade só repercute no campo penal, no campo da liberdade de ir e vir. Não repercute para se apresentar como candidato. A lei é categórica e foi declarada constitucional pelo Supremo.

Como enxerga o recente atentado contra Jair Bolsonaro?
Impensável no Brasil. Não importa o radicalismo que o candidato adote, é injustificável o ato de se atentar contra a vida dele. Isso é preocupante porque revela descontrole. Foi realmente muito grave em termos de democracia, de liberdade, de divergência de ideias.

Agência BrasilFabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilDias Toffoli ao assumir nesta quinta a cadeira que era de Cármen Lúcia: para Marco Aurélio, o ministro é um colega aplicado
O senhor está há 28 anos no Supremo. Fez amigos no tribunal?
(Silêncio) Amigos, amigos… É difícil concluir pela existência de amizade. Nós não temos tempo para uma convivência mais direta. Eu acompanho a vida de colegas há muito tempo. Do ministro Alexandre (de Moraes), Celso de Mello, (Luiz) Fux, do próprio (Luís Roberto) Barroso. Mas não posso definir assim a minha relação. Principalmente tendo em conta a postura que eu quase sempre adoto (nos julgamentos). Eu não potencializo a ideia de colegiado em detrimento do meu convencimento. Amigo propriamente dito eu não posso dizer que tenho e, por enquanto, ainda não surgiu situação a desafiar ninguém a se revelar meu amigo ou meu inimigo. Eu tenho colegas.

Como o senhor analisa a atual composição do Supremo em relação às passadas?
O Supremo sofreu modificações muito grandes em curto espaço de tempo. O que ocorria, considerada a velha guarda: tinha-se um tribunal mais estável em termos de decisões. Isso mudou muito com a integração de novos valores à corte. E a composição atual tem também uma característica que me assusta um pouco que é a falta de autorrestrição ante a existência na República de três poderes com áreas delimitadas. No plenário, agora mesmo, acabei de frisar que não nos cabe atuar como legisladores positivos. E, às vezes, penso que alguns colegas exageram na dose.

Poderia nominar quem faz isso?
Não, não, não, não. Mas basta observar.

Isso hoje é mais forte do que foi no passado?
Sem dúvida alguma. Na velha guarda, havia uma autocontenção por parte dos integrantes do Supremo. Havia uma cerimônia muito maior na atuação deles.

E hoje?
Hoje tem uma composição que avança. Vamos falar em avançar. Avança muito e acaba colocando em segundo plano a nossa atuação principal, que é vinculada à Constituição e ao direito aprovado pelo Congresso Nacional.

O senhor foi nomeado pelo ex-presidente Fernando Collor. Como é a sua relação com ele?
O contato é praticamente nenhum. Meu pai saiu muito cedo de Alagoas e as famílias se mantiveram distanciadas. Em 1983, fui a Alagoas pela Escola Superior de Guerra e a pessoa que ficava comigo nessas viagens no apartamento disse que me apresentaria o primo da família mais ajuizado. Sabe quem era? (risos) O Pedro Collor (irmão de Fernando Collor que denunciou o então presidente).

E Fernando Collor, costuma encontrá-lo?
Nem lembro a última vez em que o vi. Eu vim a conhecê-lo aqui em Brasília. Eu era ministro do Tribunal Superior do Trabalho. Um outro primo que já faleceu me levou para conhecê-lo. A nomeação foi algo sui generis. Meu nome já havia surgido, apoiado pela Justiça do Trabalho e pela advocacia trabalhista no governo do presidente José Sarney. Mas eu tinha como primo o maior desafeto do presidente naquela época. Claro que não fui nomeado. Collor assumiu com a bandeira contra o nepotismo e deve ter tido dúvidas sérias se me nomearia ou não. Mas apareceu uma segunda vaga com a saída do (Francisco) Rezek para ser ministro (das Relações Exteriores) dele. Aí alguém teve a brilhante ideia lá (no Palácio do Planalto) de fazer um ofício ao TST, meu tribunal, e outro ao Superior Tribunal de Justiça, indagando quem seria candidato nessas cortes. O TST disse que eu continuava sendo o nome do tribunal. O STJ disse que todos eram candidatos. E, ali, ele ficou muito à vontade para me nomear.

Há conflito de interesse na atuação de Gilmar Mendes como ministro e dono de um instituto?
Não me pronuncio sobre isso. Não sei se você sabe, mas somos rompidos.

Por quê?
Penso que ele, em termos de agressividade, ultrapassou todos os limites. É o único colega com quem não falo. Nem cumprimento.

Faz muito tempo?
Sim. Isso é definitivo. Por isso não me pronuncio sobre nada que o envolva. Mas seria incapaz de mover uma palha para prejudicá-lo. Só não sei se a reciproca é verdadeira.

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  1. A sociedade quer sangue? Esse capa-preta vive em um país com 60.000 mortos por assassinato ao ano. E vem dizer que a sociedade quer sangue? A sociedade está sim é ensanguentada, e vocês da "Justiça" tem uma boa parcela de culpa nisso.

  2. Quem, em sã consciência, pode confiar nesse STF? Em qual democracia verdadeira e consolidada no mundo alguém, com um currículo pífio como o de Toffoli, poderia chegar a ocupar o cargo de Ministro da mais alta corte de Justiça? Ainda mais absurdo, ser presidente dessa mesma corte? O resto é conversa mole.

  3. Excelente entrevista! À parte minha discordância em relação ao seu posicionamento sobre a prisão de condenados após a segunda instância, o que o Ministro disse sobre a sociedade estar sedenta de "sangue" é verdade. Demonstra-o inclusive a maior parte dos comentários de outros assinantes aqui presentes. Bem como o fato de o PT e o Bolsonaro estarem à frente nas pesquisas. Ambos são radicais à sua maneira e incapazes de governar o país caso ganhem a eleição.

    1. A sociedade não tem sede de sangue. Tem sede de justiça.

  4. Caro Ministro, eu como brasileira, tenho vergonha do STF. A corte maior desse País, quer ver um presidiário que roubou a Petrobrás, que quer acabar com a democracia, calar a mídia, falando que o cara não podia estar preso. Que mundo vcs vivem? Vcs deviam se preocupar em julgar processos e pararem de passar a mão na cabeça desses indivíduos que só pensam em roubar o País. Como foi o caso do Maluf, depois de quase morto é condenado. E fora os outros casos que foram absolvidos, caso do Renan.

  5. Quem fez o País chegar aonde está, são vocês do Judiciário, deixando sair seus pares, para não os denunciarem, como partícipes das tramoias. E outros como Marco Aurélio, pinelzinho do judiciário. Destrambelhado em suas decisões e derrubando toda a sociedade na esperança de punições. Mentecapto.

  6. Uma parte da sociedade deve querer sangue, mesmo. Mas a parte em que eu me situo, quer paz, sossego, condições mínimas de sobrevivência. Trabalhamos duro para criar nossa família dentro de padrões cívicos e religiosos. Pagamos todos os nossos impostos e emolumentos. Estamos cansados de notícias e entrevistas com esses velhotes que se acham, que têm nos pagamentos o bom e o melhor às custas de nosso sacrifício. E filhos de família sem um esteio firme, desabam, sim, algum dia...

  7. O referido ministro, não só mama nas tetas do Estado como bebe, ele sim, do sangue dos brasileiros. Agora sabemos todos, via Antagonista, que o marmanjo mama ,despudorada e literalmente, das tetas de uma vaca à sua disposição enquanto milhares de crianças vivem sem alimentação básica. Sub-criatura nojenta !

  8. Espero que se aposente o quanto antes. Nosso país precisa de Juizes, pessoas preparadas e não de retórica e dedicação às capas processuais. Digo isso por acompanha seu empenho, e o de outros, diferenciado ao caso Nine.

  9. Ele terá um ótimo desempenho pela qualidade sua de ajudar os governantes amigos e corruptos. Na verdade queremos sangue, o sangue de ministros corrompidos.

  10. É interessante como nossa opinião muda depois de ler ou ouvir um depoimento como esse Tinha em minha conta que o Min. Marco Aurélio era um trombadinha do STF, minando decisões que o público desejaria concretizadas, como a possível prisão após condenação em segunda instância. Fiquei com outra visão. Ainda mais quando ele afirma não se relacionar com o Gilmar Mendes, e ainda o chama de muito agressivo. Concordo com ele.

  11. Eu não confio no primo de Collor. Tófoli é uma fraude petista (foi feito juiz por indicação de um corrupto-lavador de dinheiro, e não por mérito). O currículo de Lewandowski "frango com polenta" foi a indicação da "dama" que mandou a sociedade enfiar as panelas no "c...". Fachin disfarça mas não nega sua "alma petista". Deus me livre de Gilmar Mendes!!! Se pudéssemos depurar esses elementos do STF e substituí-los por MAGISTRADOS do pedigree de um Moro, só para começar.

  12. O Ministro pode falar o quê bem entender. Nada apaga a imagem de J.Nêumane Pinto ao responder-lhe, sem firulas, "EU NÃO CONFIO NO STF!!!"

  13. Infelizmente quando a sociedade brasileira comemora um gol, ele é anulado e a bola volta ao meio do campo, causando uma decepção e frustração quanto ao futuro do Brasil que nunca chega... de ordem e progresso!!!

    1. Marcelo e Fábio, concordo plenamente com suas avaliações.

    2. Perfeito. Mas ele fala em sangue para justificar suas decisões e se autoproclamar republicano, defensor de um pretenso Estado Democrático de Direito (que no fim das contas serve mais para defender os abastados e poderosos) . Os desavisados e os agraciados da vez (por suas decisões) o aplaudem... pobre de nós

  14. M.A. de Melo, depois que teve a filha nomeada pela Dilma a desembargadora do TRF-RJ, bandeou-se para a turma nomeada indicada pelo LuloPTismo. Vai daí que sentiu na pele a enorme distância dos antigos Ministros de sua época. Simples assim.

  15. Espero que, em 2019, o presidente eleito proponha emenda constitucional para que o trânsito em julgado ocorra após a condenação em 2º grau que, aprovada, acabará definitivamente com a inocência de muitos criminosos e diminuirá a impunidade.

  16. o Ministro Primo do Collor está errado , o País está induzido a querer um Presidente ladrão , condenado e preso , querem um País Mafioso .

  17. a um juiz que acha natural um presidiário fazer o que Lula está fazendo NÃO merece um reportagem de vocês...Ele diz que a sociedade quer sangue(hipérbole), e protege os asseclas para justificar o injustificável. A sociedade quer sangue e ele está com medo disso...Logo...

  18. Difícil acreditar em Justiça no meu país, haja vista penitenciárias lotadas de pobres e esses endinheirados através de chicanas livres!

  19. Senhor Ministro, a sociedade não quer sangue, quer apenas que a justiça de seu País tenha uma Suprema Corte como a de outros países sérios, como por exemplo a Alemanha e Estados Unidos. Lá os juízes não vivem dando entrevistas e antecipando opiniões sobre seus votos em questões ainda pendentes de julgamento e de interesse da sociedade.

  20. O Ministro não é petista, ele é declaradamente lulista. Sobre a atitude do General disse que não "soa bem", mas a do Lula de esticar a corda "é papel político". Por que mantém essa hipocrisia?

  21. O sangue que a sociedade quer é justica para quem comete crime, mais democratico do que isso nao existe. Ruim é vocês acobertarem crimes em nome da paz.

    1. Depois ler a esta cínica entrevista desse MAM, dentre tantas outras já proferidas, e de ler a indignação dos assinantes da CRUSOé que comentaram até aqui, sugiro que os editores e jornalistas da revista façam chegar aos onze ministros tais comentários. Afinal, é unânime a indignação de pessoas mais esclarecidas do quanto estamos num fosso de improbidade políticas, jurídicas e da falta de vergonha na cara desses poderosos.

  22. M.A. afirmou que de jeito algum LULA seria candidato;JÁ que existe a "LEI DA FICHA LIMPA";PERGTO!PQUE ACEITARAM TANTOS HC? Até mesmo depois de já terem julgado o que decidiu que ele não poderia?APESAR DA LEI ACIMA CITADA!ELE DESRESPEITA O POVO,mas o STF abre todo o tempo,espaços para que corruptos sejam libertos por caminhos facilitadores.Gilmar,TOFOLLI,Lewandocisk e ele mesmo sempre achão caminhos para facilitar essas distorções de conduta!E O POVO QUE QUER SANGUE! FRAZIADO VAZIO.MIN.TOSCO

  23. Me tornei assinante na CRUSOÉ,por ver a imprensa tendenciosa e arbitrária com a realidade. Ntícia vnculda a política e políticos,empurrando para o povo tendcias,ações do STF na fgra de G.M.soltando corruptos,sm qstiontos!Me sinto inojada.Qdo li uma reportgem com a ex-prsdt. do STJ;Percebi a podridão dos labrntos de nossas leis e politcas.Me coloco virtualmte sobre a culpabilidade da imprensa neste nosso mmto.#IMPRENSA OMISSA E MANPULDA, STF CMPMTDO#PRATO CHEIO PARA CORPTOS E CORPTRES.

  24. O povo não quer "visceras e sangue", mas tenho plena certeza que a idéia de "fuzliar" uma parte irrecuperável de bandidos que são soltos praticamente diariamente pelo STF seria uma solução para freiar essa "orgia" como o dinheiro do pais. O STF é o cabaré da politicagem e dos ladrões. Eu sei atirar e o faria com prazer...

    1. São comentários como esse que tira a dignidade de membros do STF. É como se o povo devesse voltar ao tempo de trevas,e não enxergar as tantas e tantas sugeiradas esfregadas em nossas caras.MARCO AURÉLIO É DESAFETO DE GILMAR MENDES, (SIC)mas menospreza profundamente o levante do povo que só quer JÚSTIÇA CONTRA HOMENS QUE ROUBARAM OIPAÍS,e o fim destas jogadas e manipulações destes ministros que mudam a jurisprudência,conforme o reú.IGNORANDO E DESRESPEIRANDO A EVOLUÇÃO DE NOSSAS LUTAS.

  25. A "Sociedade Cidadã" não tem é "sangue de barata".Não aceitamos "verdades relativas".Não aceitamos assertivas infames travestidas de juridiquês. A Justiça, não pode decorrer de interpretações ambíguas individuais ou de grupos comprometidos politicamente.O "Justo",chega a ser "intuitivo", para o "razoavelmente" culto.Outros tempos,Sr Juiz!...

  26. A sociedade não quer sangue coisa nenhuma, a sociedade está anêmica por que homens como você ministro se acostumaram a tomar o sangue da população aos pouquinhos , de canudinho. A sociedade quer justiça, honestidade, funcionamento das instituições...fim de privilégios como a nomeação de sua filha para desembargadora federal, logicamente com seu patrocínio poderoso como se dono do estado fosse. Vocês(STF) é que querem sangue da população, são os maiores desestabilizadores da nação.

  27. Parte da sociedade abastada, favorecida por uma constituição ELITISTA, sempre estará contra mudanças, mesmo que vivam escravizando o resto da NAÇÂO. Os escravizados apoiam uma nova constituição, eliminando juízes Elitistas como essa amostra narcisista metida.

  28. Marco Aurélio e suas falácias. Só pra esclarecer , são seus assessores que examinam os processos para só depois enviar a minuta ao ministro que , na maioria das vezes, endossa o conteúdo elaborado previamente. Para isto o falacioso min. conta com 12 assessores de alto saber jurídico!!

  29. Eu já me contentaria com o sangue de Gilmar e o de Lula, mas também o de ... vai faltar espaço para escrever o nome de todos. Desisto.

  30. Marco Aurélio faz parte de uma elite de juízes parciais e ativistas. Chegou a fazer declarações fora do processo contra a prisão de Lula após uma decisão colegiada. Precisamos mudar a forma que indicamos nossos ministros da mais alta corte.

  31. Me recuso a argumentar. É uma bandidagem generalizada incluindo congresso e executivo. Vários esquemas, mas todos esquemas e mecanismos. Uns protegendo os outros e no fundo objetivando auto proteção. Nojo. NOJO. NOJO!!! Duvido que meus bisnetos vejam algo diferente. E o que mais dói: Nós sustentamos essa .... se eu digito provavelmente serei censurado.

  32. O direito é vivo, dinâmico, interagindo com sociedade, de forma a sempre atender a seus anseios. Nunca o contrário. Um juiz jamais deve usar sua caneta sem ouvir o clamor da sociedade, sob pena de vivermos uma ditadura do judiciário. Seres como Marco Aurélio Mello prestam abominável deserviço à sociedade brasileira.

  33. A sociedade não quer sangue!... A sociedade quer JUSTIÇA! Quer que a verdade floresça, advindo de homens e mulheres de fibra e valor, que ASSUMAM suas responsabilidades sem receios ou compromissos que os desviem dessa virtuosa obrigação!

  34. Não, ministro, a sociedade quer é que se cumpra a Lei. Quer que os senhores nos respeitem. Achar natural que um prisioneiro condenado por crime contra o povo, use de milhões de recursos pra enganar os mais humildes, é, além de imoral, cruel. Essa suprema corte, que vocês se empertigam, cheios de orgulho, em pertencer, está em sua maioria, apodrecida aos nossos olhos. Só não vê quem não quer. O povo não quer sangue dos políticos, o povo quer respeito de vossas ditas excelências. Poupe-nos!

  35. Em duas coisas concordo com o MAM: 1) Gilmar Mendes é uma criatura deplorável e 2) A sociedade quer o sangue e as vísceras dos políticos. Só acrescentaria ao comentário de V. Excelência que a sociedade está querendo também o sangue e as vísceras dos ministros do STF, sobretudo daqueles que protegem bandidos e corruptos através de um discurso para lá de hipócrita de estarem defendendo a Constituição.

  36. É de estarrecer que um juiz da mais alta corte do Brasil ache natural embargos protelatórias com fins puramente de enganação da população humilde do País (tentativa do Lula se candidatar), emprestando legitimidade e decência onde não há, com a desculpa descabida de se estar seguindo o direito, mas servindo a um partido e não ao Estado.

  37. Mediocre,lastimavel.Tem juiz que compra livros em metro para a estante.O nivel cultural eh muito pobre.Quando nao se tem um adjetivo melhor ou merecido diz-se que ele eh aplicado.Exemplo de merito eh ser repetente em provas para juiz.Citar Cazuza e R.Russo em discurso de posse eh lindo.Nivel intelectual amendrotador.Em terra de cego quem tem um olho,emigra!M.Fernandes.!!

  38. A sociedade quer, sobretudo, o afastamento dos magistrados venais e corruptos que empestam sobretudo as altas cortes... isso deve soar bem sanguinário a certos meliantes togados.

  39. Fonte O Antagonista: Está 7 a 1 no STF contra a soltura do Lula. Até agora, votaram contra ele Edson Fachin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Rosa Weber. Só Marco Aurélio Mello, aquele que soltou o goleiro Bruno, votou a favor.

  40. Sem mêdo de errar, colocar a "bola no chão" no jargão dos petistas da "suprema côrte" é colocar nas ruas o resto do bando e acabar com a lava-jato. E se possível acabar com as instâncias inferiores, todas de preferência.

    1. Em tempo: Evitem nas matérias do SPTF colocar foto de membros da "suprema côrte" sem nenhum tipo de aviso, tem gente de estômago fraco e gente com tendência à síndrome do pânico!!

  41. Teria muitas coisas a retrucar ao ministro, + ñ haveria espaço aqui tantas são. Apenas uma ñ deixarei passar: Toffoli pode até ser sensível e aplicado, ñ o conheço, + nunca foi juiz. Julgador pela função, talvez, + não juiz. O senhor, como adulto, ñ deveria tomar leite todos os dias, não é saudável. Animais adultos ñ tomam leite livremente. Leite direto da vaca, só se ela for testada p/ veterinário diariamente, o risco de doenças é grande como listeria, salmonela, E. coli e campylobacter.

    1. É possível que essa prática lactífera esteja prejudicando a capacidade de discernimento do meritíssimo...

  42. Quaaase acreditei que os 13 processos do Renan e de tantos outros nunca vão a lugar nenhum só porque "o Supremo não é vocacionado à instrução criminal" e porque julgam tudo no tempo da justiça...

  43. Se Lula está preso injustamente é exatamente porque a dois anos atrás a sua suprema corte por maioria assim decidiu. Portanto ministro para o Sr e muitos de seus pares, o processo tem : capa sim.

  44. NÃO É HORA de botar a bola no chão ou roubar a bola!!! É HORA da Lava Jato ganhar o jogo CONTRA TODOS OS corruptos de GOLEADA!!! VÁ para a cadeia e se prenda traidor do Brasil !

  45. MAM não me engana! Lamentável continuar até 2021. Afirmar que lula e outros estão presos indevidamente,? É, precisamos mudar nossa constituição rapidinho e mudar também os nove ministros que comandam o STF.

  46. Todos tem lado, inclusive, ele. A Constituição favorece seus amigos e pune seus inimigos. Vamos colocar robôs no Supremo.

  47. Numa corte tão decadente um mentecapto não destoa do resto. Melhor seria o ilustre juiz estar em tratamento psiquiátrico intensivo - perdeu completamente a vergonha (se é que um dia a teve).

  48. Jurista medíocre, além de petista confesso esse MAM. A própria Maria Antonieta do judiciário corporativista desse país-cloaca. É exatamente esse tipo de cabeça que adoraríamos ver rolando (ao invés de gozando de privilégios vitalícios sutentados por nós.)

  49. Ele ser contra a prisão em 2ª instância é um absurdo em um país que tem tantos corruptos e corruptores. Pode ser bom de conversa, mas acha que mora na Suíça. Será que a vaca dele tem um sininho no pescoço?

  50. Quer conhecer um Juiz? Vá na casa dele e verifique quantos livros tem na sua biblioteca que ele lê. Quanto mais livros, mais isento e justo será o Juiz.

  51. Marco Aurélio Mello, já é hora de se aposentar! Trata-se do rei do voto vencido. Ademais, importunou ostensivamente as colegas Carmén Lúcia e Rosa Weber, e por quê? Para forçar a revisão da jurisprudência e libertar um sem-número de condenados em segunda instância. A única virtude desse "magistrado" é justamente seu suposto "rompimento" com Gilmar Mendes, o mais políticos dentre os juízes, ou o político metido a juíz. 2021 apenas? Não! Não precisa esperar... Aposente-se vice-decano!

  52. Esse "nobre" ministro que já o conhecemos em suas falas e decisões diz que a sociedade quer sangue (sic). Não sei de onde tira essas idéias. Lembram que ele disse sobre a prisao do Lula, que haveria "convulsão social"?

  53. A população pode até querer ver o circo pegar fogo, mas quem joga lenha na fogueira é o Supremo. Quando um dos ministros da nossa mais alta corte acredita ser normal que um dos maiores líderes políticos do país utilize o aparato institucional para confundir e provocar a população, estamos em terra de ninguém.

  54. A reportagem deveria ter perguntado ao Min. o que ele pensa a respeito do instituto da "suspeição" ou "impedimento", entende ser natural que o Tofoli, com toda sua militância política, tem isenção em seus julgamentos. Sim, se for a respeito da cumprir a lei, queremos sangue sim. Quanto às sessões, estas deveriam ser mais célere, ficam embrenhados em debates intelectuais totalmente desnecessários. O Relator profere o voto, e, sucintamente, seus pares acompanham ou não.

    1. Isenção e independência do presidente Toffolli são atributos impossíveis: ele recebe mesada de 100 mil de sua esposa advogada em grande escritório das mais importantes causas no STF. Vergonha o Estadão não publicar uma vírgula sobre isso. Vergonha MAM não ser inquirido sobre o nível abjeto desses togados traidores do país.

  55. Admirável pela sinceridade o Ministro. Acompanho seus julgamentos, é o mais sensato em matéria de liberdade de expressão, um dos poucos que sabem distinguir artifício retórico de discurso de ódio e de ofensas.

    1. Lugar de ladrão não é assentado no STF como atualmente ocorre!

  56. Queremos sim as vísceras, suas, do novo presidente de cortiço, daquele que não pode andar só nem em Portugal e daquele outro que CAGOU encima da constituição dentro da casa que à escreveu.

    1. 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽

  57. Quanto mais tomo conhecimento sobre esse ministro maior se torna a falta de credibilidade. Devia ter mais atenção com a sociedade que reclama avanço moral principalmente dos políticos.

  58. E tem mais uma coisa que gostaria muito de falar pro Ministro se tivesse oportunidade. O brasileiro não quer sangue (pelo menos os de direita não). Quer justiça. Que os ministros do STF cumpram a lei e sejam honestos. O que não acontece hoje. E é ofensiva essa acusação genérica contra a sociedade brasileira como um todo. Isso que gera tanta revolta. Um Ministro fazendo acusações generalizadas e injustas, como se todos fossem iguais.

  59. Os ministros do STF deveriam pensar em não mais decepcionar o Brasil mais mostrar um sinal em direção ao povo, e não contra o povo. Quem se colocou como inimigo não foi o povo, foi o STF. Seria excelente se STF mudasse rápido de postura. E ainda que de um jeito indireto pedisse desculpas pelas faltas para com o país, generoso, que nunca reduziu salários públicos nem cortou custos exagerados.

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