‘Ele vai para o Coaf’

28.05.21

Na terça-feira, 25, enquanto a “Capitã Cloroquina” Mayra Pinheiro já falava por algumas horas à CPI da Covid, Jair Bolsonaro sentou-se para almoçar com assessores. A despeito da tragédia da pandemia e dos evidentes apuros do governo com o desenrolar das investigações, o clima ao redor da mesa era festivo. Entre uma piada e outra, o presidente dava sonoras gargalhadas. A certa altura, os presentes passaram a tratar de possíveis mudanças no Coaf, o conselho que fiscaliza transações suspeitas de lavagem de dinheiro. Em uma (mais uma, na verdade) evidência da falta de liturgia no entorno da figura presidencial, um dos assessores atendeu o celular à mesa. A falta de cerimônia e o descuido permitiram que o interlocutor ouvisse, ao fundo, o próprio Bolsonaro e os demais comensais – incluindo a parte do animado bate-papo relativa ao Coaf. “Ele vai sair de lá e vai para o Coaf”, disse um dos participantes, sem deixar claro sobre quem exatamente estava falando. A ligação estava sendo gravada.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéBolsonaro: a liturgia presidencial não é o forte dele nem da turma que o cerca

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