Adriano Machado/CrusoéVicente Cândido: "Devemos reconhecer também o nosso fracasso. A gente perdeu força para mobilizar"

“As eleições mais criminosas da história”

É o que diz o deputado Vicente Cândido, do PT de São Paulo, que está de saída da Câmara. Segundo ele, a campanha deste ano deve ser a campeã de caixa dois -- mas acha que a prática deve ser tipificada apenas como crime tributário. E, claro, defende Lula e ataca a Lava Jato, dizendo que "era preciso colocar limites dentro da legalidade" à operação que desmantelou o maior esquema de corrupção já descoberto no país
17.08.18

O deputado federal Vicente Cândido da Silva, de São Paulo, é considerado um homem sincero — nos limites da sinceridade de um militante petista, claro. Isso faz com que seja visto com ressalvas por parte de seus correligionários, ao mesmo tempo em que é o primeiro a ser lembrado quando o partido precisa de alguém para, pragmaticamente, defender bandeiras impopulares. Foi assim que escancarou as suas relações com a cartolagem nacional e se colocou à disposição para relatar a Lei Geral da Copa em 2012, defendendo em público os interesses da Fifa. Ou quando liderou na Câmara o lobby em favor dos cassinos no Brasil. E ainda quando, na reforma política de 2017, tentou introduzir uma emenda para impedir a prisão de candidatos a oito meses da eleição, em um claro movimento para beneficiar Lula (ele, aliás, é um dos que verbalizam ser pelo indulto ao petista em 2019).

E foi assim nesta entrevista a Crusoé. Ele afirma que as eleições de 2018 devem ser “as mais criminosas da história”, porque as campanhas continuam caras e os financiadores saíram de cena. Cândido também diz que o PT se incomoda com a ausência de manifestações nas ruas a favor de Lula e que a postura de Dilma Rousseff na presidência ajudou na sua queda. Coordenador da campanha de Luiz Marinho ao governo de São Paulo, ele não vai concorrer a nenhum cargo este ano, porque considera “humilhante” o processo de captação de recursos. Vai se dedicar à advocacia tributária e ao Corinthians, onde é diretor de Relações Institucionais e Internacionais. A entrevista:

Por que o senhor está saindo da política?
Já ameaço fazer isso desde 2010, mas, como eu tinha esperança de que o sistema político mudasse, fui ficando. Quando, no segundo mandato da Dilma, como relator da reforma política, não consegui fazer nada minimamente decente, desisti.

Então é indecente?
A campanha é muito cara. O sistema de financiamento é muito duro, cruel. Buscar recurso é o que mais desanima. Você vende a alma ao diabo. Fica o tempo inteiro correndo atrás de doadores e parceiros para poder pagar dívida de campanha antes, durante e depois. É deprimente. Uma coisa é ser trabalhoso, você vai lá, sua a camisa e consegue fazer. Outra coisa é ser inviável e indecente. A coisa mais constrangedora na política é pedir dinheiro.

Como é na prática?
Tem que ligar, pedir, insistir. Daí a pessoa não quer doar. Ou quer por meio de caixa dois, porque a pessoa não quer aparecer. E pior é que tudo isso vai continuar sendo assim e cada vez pior se permanecermos nesse sistema. Espero que na próxima legislatura o Congresso ponha a mão na consciência e faça uma reforma política decente.

De quem parte a oferta de caixa dois?
A pressão, necessidade e angústia fazem você se aventurar.

O que acontece mais: o político oferecer o caixa dois ao potencial doador ou o contrário?
Hoje está muito mais restrito… As empresas decidiram proibir seus diretores, gerentes e acionistas de se meterem nisso, mas todo mundo que tem o mínimo de relação com a política vai continuar sendo abordado.

O que dá para prever nessa seara?
As eleições deste ano tendem a ser as mais criminosas da história.

Criminosa em relação a quê?
Ao caixa dois.

Por quê?
Porque a eleição continua a ser cara e os financiadores diminuíram. O crime organizado vai entrar mais pesado na campanha.

Propina também?
Não chamaria caixa dois de propina. Para mim, é um crime tributário. A Receita chega na empresa e se ela praticar caixa dois é autuada por irregularidade tributária. Quem inventou que (caixa dois) é falsidade ideológica foi o Supremo.

Não tem como coibir caixa dois nessas eleições?
É difícil. As eleições vão continuar custando ao todo 10, 12 bilhões de reais no mundo real. Mas oficialmente o custo será de uns 4 bilhões de reais. A proporção é sempre de um terço entre o legal e o real. As de 2014 custaram 5,5 bilhões de reais na época, pelos dados do TSE contabilizados. Mas certamente saíram por uns 15 bilhões de reais.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéPrestes a sair do Congresso, o deputado coordena a campanha do petista Luiz Marinho ao governo de São Paulo e critica o atual modelo de arrecadação
Por que o PT insiste na candidatura Lula mesmo com a proibição estabelecida pela Lei da Ficha Limpa? Isso não é enganar o eleitor?
O próprio eleitor acabou sustentando a tese do PT. Na primeira pesquisa após a prisão dele, se o Lula tivesse caído, teríamos acendido a luz amarela e discutido um plano B. Mas ele continuou tão forte quanto antes da prisão e até subiu nas pesquisas. Concluímos que o eleitor comprou a narrativa da indignação com a prisão, da perseguição política. E isso se mantém até agora e ajuda a fortalecer a pressão jurídica. Estamos em uma dicotomia entre a pressão jurídica e política. E as próprias pesquisas mostram que Lula continua com grande influência sobre os eleitores. A estratégia foi acertada.

Mas e a questão de enganar o eleitor, tendo em vista que Lula, por ser condenado em segunda instância, será impedido de disputar a eleição?
Não tem milhares de candidatos que concorrem com liminares? Por que o Lula não poderia também? É factível. A questão é que tem uma carga pesada em cima do Lula. Ele só está querendo exercer um direito que muitos já exerceram. E que, depois de concorrerem, tiveram a candidatura validada ou cassada.

A insistência não mostra uma tentativa de manter a qualquer custo a hegemonia do PT na esquerda?
Vamos pela questão lógica. Qual o partido na esquerda que tem 20% de preferência nacional, que tem um líder que, mesmo preso, tem 30, 35% nas pesquisas, que tem cinco governadores, 60 deputados? Pelo tamanho desse “PIB”, já seria natural o PT liderar (a esquerda).

Ciro não poderia ter liderado esse processo?
O Ciro até poderia ter sido o candidato do PT se ele tivesse tido outro comportamento. Mas ele ficou nos provocando, xingando, dizendo que não queria abraçar ninguém envolvido na Lava Jato. Em alguns momentos, sinalizava que o Lula tinha culpa, que o Lula errou. Se ele tivesse feito metade dos gestos que a Manuela D’Ávila e o Guilherme Boulos fizeram nesse período, os petistas teriam abraçado a candidatura do Ciro. Ele poderia ser o líder mesmo pertencendo a um partido pequeno do consórcio da esquerda. Foi muito mais por erro dele, pelo ego dele, do que por uma posição hegemônica do PT. Podia ter sido o Ciro como cabeça de chapa e qualquer um do PT como vice, se ele tivesse feito esses gestos. Gestos de solidariedade ao Lula. Eu já ouvi isso de vários petistas. Mas ele demonstrou ter uma visão errada. A gente até conversava com o entorno do Ciro e diziam que não tem jeito, é a cabeça dele mesmo.

O senhor diz que o povo comprou a tese do Lula, mas o povo não foi às ruas para pedir para que ele concorra.
Isso causa frustração e nos angustia. Mas (colocar povo na rua) custa dinheiro e tempo. Houve um esgotamento depois de todo o movimento contra o impeachment. Estamos já há dois anos mobilizando pessoas nas ruas. Tem custo financeiro. Há ainda muitos eleitores que dizem: “Contem comigo na urna, mas não tenho tempo para mobilizações. Inclusive porque já participei uma ou duas vezes e não vai resolver’. O eleitor tem inteligência. E o país é muito grande. Para trazer gente para cá (Brasília), não é fácil. São três dias de viagem, avião é caro, estadia…

Mas me refiro até mesmo às manifestações espontâneas.
As redes sociais facilitaram a convocação, mas por outro lado dificultaram porque o sujeito, sentado na sala, já está se posicionando pelo computador e celular. Não podemos reclamar. Devemos reconhecer também o nosso fracasso. A gente perdeu força para mobilizar. Falta estrutura. É muita mobilização de uma vez só. Os sem-terra com suas causas, os sindicatos contra a reforma trabalhista, a gente contra o impeachment, a favor do Lula. Não estamos com pauta única já há muito tempo.

Onde o PT errou politicamente enquanto esteve no poder?
Não ter insistido nas reformas durante o governo Lula e Dilma talvez seja o principal. Estou falando da reforma de mídia e do modelo econômico. Erramos também ao permitir que o BNDES incentivasse a concentração de mercado como a que ocorreu com a JBS.

O PT não roubou e permitiu roubar?
O ladrão não chega e diz “estou roubando”. Uma boa parte do pseudo-desvio que o Ministério Público diz ter havido é muito mais fruto de um mecanismo para financiamento eleitoral do que para enriquecimento próprio. Que teve, mas não foi o grosso. Tanto que a investigação em cima do PT foca nos tesoureiros. A investigação em cima dos outros partidos é muito mais focada nos dirigentes.

O que isso revela?
Isso mostra que o PT fez uma ação de financiamento (irregular) de campanha. Quem quiser interpretar que é propina pode interpretar, mas não vejo assim. Contra nossos tesoureiros não teve nenhuma acusação de enriquecimento pessoal, de conta na Suíça, mansão. Você está pagando por um sistema que já era assim na Petrobras desde o governo Fernando Henrique. Já nos outros partidos a linha de investigação é em cima de dirigentes.  Ou seja, tem muito mais característica de envolvimento pessoal e institucional.

Mas seja para caixa dois ou enriquecimento pessoal, não é ruim do mesmo jeito?
São pesos diferentes. Mas claro que acho que o PT podia ter feito uma denúncia sobre o funcionamento do sistema do que ter aderido ao sistema. Ter colocado para a população que precisava mudar. Ter mostrado: nossa proposta é essa. Aí está o nosso erro.

O senhor diz que não atingiu dirigentes. Mas e o Lula?
Pelos processos em andamento até agora, não tenho dúvida de que ele é inocente. O que tem é muita ilação e o chamado domínio do fato (segundo a qual o superior hierárquico é culpado por atos dos subordinados).

Não é no mínimo estranho receber favores de empreiteiras? Ou ter o instituto sustentado por essas empresas?
A criação do instituto baseado em doações seguiu o modelo de Fernando Henrique. Juridicamente é defensável, mas politicamente até reconhecemos que, por vezes, não foi seguida a melhor prática. Se fosse refazer, acho que consertaria esse procedimento.

Mas o Instituto Lula é acusado de lavagem de dinheiro.
Não conheço os meandros do processo, mas setores do Judiciário e MP quando não conseguem tipificar crimes, inventam. O dinheiro que veio de grandes corporações seria sujo? Essa é a questão.

E o sítio cujas reformas foram bancadas pelas empreiteiras?
O sítio não era dele. Tinha até intenção de compra depois. Mas não era dele. Só que ele precisava de um espaço para guardar os bens de presidente. Precisava de um espaço para descansar. Estava incomodado que fim de semana não conseguia descansar. Quando ia para casa de um amigo, vazava. Pode ter sido um procedimento errado do ponto de vista jurídico, mas não consigo ver nada de imoral nisso.

E José Dirceu?
É diferente o caso dele do de Lula. Ele não era presidente. Depois que o Dirceu saiu do governo, virou consultor. Ajudava as empresas até a fazer doação ao partido. Não conseguiram provar nenhum enriquecimento ilícito dele. Pelo contrário, está aí vivendo de aposentadoria.

Mas uma das sentenças fala em enriquecimento.
Não conheço os autos do processo. É complexo. Tinha advocacia envolvida. Só sei que não tem nada dele que chame a atenção. Mansão, conta no exterior… Pelo contrário, ele está quase dependendo de amigos e vivendo de aposentadoria, repito. Ainda acho que tem carga de preconceito e perseguição grande contra o Dirceu.

E Palocci?
Tenho que tomar cuidado como advogado em emitir opinião sobre processo que não conheço. O processo do Palocci, eu não conheço. Mas sei que o Palocci não foi qualquer ministro. Foi muito forte no Brasil e no mundo porque mudou a economia do país. Um indivíduo desse fora do governo ganha muito dinheiro como consultor. As coisas vêm para ele. Então não sei quanto tem de desvio nisso. Um ex-ministro da Fazenda pode ganhar milhões de modo fácil.

Mas, em sua delação premiada, Palocci denunciou um esquema de corrupção no governo e culpou diretamente Lula.
Não conseguiu provar nada até agora. Aí é muito mais desespero dele. Faz parte da tortura psicológica e da estratégia do (juiz Sergio) Moro, em que o investigado fica preso até delatar. Palocci disse que esteve com Lula no instituto para negociar dinheiro. Lula nessas reuniões de campanha designava que esses assuntos fossem tratados com os tesoureiros. Palocci é  individualista, tanto que não consegue envolver ninguém na delação. Sempre foi muito fechado e centralizador. Acho que é por isso que as falas dele estão muito soltas e sem provas. Dificilmente vai ter prova.

Por que Dilma caiu?
Porque tratou mal o Congresso. Incompetência só derruba o governo quando se trata mal seus parceiros. Guardadas as devidas proporções e as conjunturas peculiares, foi muito parecido com o (Fernando) Collor (em 1992). Se ela tivesse feito uma viagem pelo país por semana e levado os principais líderes para acompanhá-la, não teria caído. Para ser presidente, precisa gostar da política.

Haddad não é um pouco assim?
É muito mais educado e tem conteúdo.

Qual será o papel do Lula se o PT vencer a eleição presidencial?
Se ele estiver livre, será vir ao governo e ajudar a governar. Vai escolher o ministério que quiser para trabalhar. Se estiver preso, vai continuar sendo ouvido e dando as diretrizes como tem feito hoje. Mas espero que esteja solto, venha para o governo e ajude a governar. Ele pode escolher o ministério que quiser.

O senhor é a favor da decretação de indulto para Lula pelo novo presidente?
Sim. Se estou convicto de que o Lula está sendo vítima de uma perseguição política, não tem por que eu não defender a graça.

Qual é o legado da Lava Jato?
Existe a necessidade de mudança. Mas tem um legado muito negativo. Não precisavam ter deixado fazer esse estrago que fizeram em nome do combate à corrupção.

Que estrago?
Acabar com empresas nacionais, por exemplo. Nossas construtoras eram nossas grandes multinacionais que traziam divisas para o Brasil, exportavam tecnologia. Isso está custando caro para o país e ainda vai custar mais para reconstruir. Não precisava disso. Os Três Poderes deixaram o Moro virar uma instância do Judiciário sozinho.

Mas o erro, o crime, não foi dos políticos que desviaram recursos públicos?
Não só, não só, não só. Por que o Supremo não derrubou um monte de aberrações do Moro? Eu ouvi ministros do Supremo dizerem que não iam deixar o Moro virar uma instância do Judiciário e deixaram. Aliás, seria muito mais legítimo ter derrubado isso. O Judiciário pegar, tirar o Moro e falar “você vai fazer outra função porque você está acabando com o Brasil, mas nós vamos ser implacáveis no combate a corrupção também”.

Mas o STF retirou muitos processos dele.
Foi muito pontual.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéContra a Lava Jato: o deputado defende indulto a Lula, anistia ao caixa dois e mudanças na lei de delação
Explique, por favor
Era preciso colocar limites dentro da legalidade. Chamar a sociedade civil, chamar o parlamento. Tem erro? Vamos combater, mas preservar as empresas. O princípio do razoável se aplica em qualquer lugar. É razoável em nome da Constituição você prender alguém, ficar torturando psicologicamente alguém para depois fazer uma delação e não provar que era verdade o que o sujeito disse nessa delação? Isso não é razoável e devia ter sido evitado. No governo Lula, combatemos a corrupção. Só no primeiro mandato, houve 290 ações da Polícia Federal. Com independência. O governo foi implacável no combate à corrupção. O recado estava claro: você pode até fazer, mas você vai pagar. E também querer mudar da noite para o dia uma estrutura pesada como a do Brasil, viciada, é uma irresponsabilidade muito grande. Tem muita injustiça nesse processo. Inclusive de classificação de doação de campanha ilegal como propina. Faltou coragem.

De quem?
O Congresso foi o grande negligente nesse processo todo. Faltou também uma posição da cúpula do Judiciário de corrigir os erros. Faltaram ações do Executivo. Os Três Poderes ficaram acuados e foram coniventes com os excessos.

O senhor defende anistia ao caixa dois?
Sim.

Por quê?
Porque é crime tributário. Não acho que possamos deixar ganhar essa tese de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.  Defendo que haja anistia ou no mínimo que o caixa dois tenha apenas a classificação de crime tributário. Daí paga multa e está resolvido.

Lei de delação também precisa ser revista?
Muito.

Em que termos?
Delação só com réu solto. Crime para vazamento — sendo agente público, você tem pena maior. Preservação das empresas.

O que espera do Supremo Tribunal Federal com Dias Toffoli?
Será bem melhor do que com a Cármen Lúcia na presidência. Ele não manda sozinho, mas será outra linha.

Que linha?
Mais garantista.

Acha que ele pauta a revisão da prisão em segunda instância?
Depois da eleição, sim.

Este ano ou em 2019?
Acredito que este ano, assim que passar o processo eleitoral. Tem uma certa recomendação tácita do Judiciário de não colocar na pauta nenhum processo que desequilibre o jogo.

Toffoli é a melhor aposta para soltar o Lula?
Não só para o Lula, mas para retomar o papel do STF. Ele vai pautar aquilo que deve pautar com todo cuidado e diligência, mas não é medroso como a Cármen tem sido.

A Lava Jato aponta que o seu clube, o Corinthians, que também é o clube do ex-presidente Lula, foi favorecido na construção da arena de Itaquera por causa da relação do ex-presidente com a Odebrecht. Isso não é o ápice do compadrio?

Não foi assim. O Lula foi ao Morumbi dizer ao Juvenal (Juvêncio, então presidente do São Paulo Futebol Clube) que o estádio do Morumbi tinha que sediar a Copa. Mas o Juvenal, pela braveza dele e falta de jogo de cintura, brigou com o Ricardo Teixeira. Ou seja, o Morumbi saiu do páreo. Daí o Ricardo chama o Andrés (Sanchez, presidente do Corinthians) e viabiliza o estádio.

Três delatores da Odebrecht afirmaram à Lava Jato que pagaram 50 mil reais de propinas para o senhor no caso do Itaquerão. O que tem a dizer?
Isso foi uma sacanagem do (Rodrigo) Janot. Recebi 30 mil reais de doação da Odebrecht. Na delação, Alexandrino fala “eu acho que demos 50 mil reais para o Vicente”. O Janot vai e tipifica o crime como corrupção passiva dizendo que eu tinha compromisso de viabilizar linha de crédito para o estádio. Os próprios delatores negam. Nunca discuti estádio do Corinthians com a Odebrecht.

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