Isolado e sem força

12.03.21

Um dos precursores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o delegado Igor Romário de Paula deixou tão de fininho o cargo de diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, em fevereiro, que mal houve tempo para explicações sobre as razões de sua saída. Crusoé apurou que o motivo foi o mesmo pelo qual outros integrantes da operação deixaram postos de comando na corporação após a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça. Igor Romário estava se sentindo isolado no posto, especialmente depois que vários delegados de sua estrita confiança foram removidos, e manifestou o interesse de sair. Ele tinha virado uma espécie de bibelô na atual direção da PF, em Brasília. Sua permanência, na prática, servia a um propósito: não passar ao distinto público a impressão de que toda a equipe que havia trabalhado na Lava Jato fora limada. Ao delegado foram oferecidas duas opções: voltar para Curitiba, onde provavelmente ficará no corredor, sem nenhum cargo de destaque, ou assumir uma posição em um organismo internacional, provavelmente no Canadá.

Geraldo Bubniak/AGB/FolhapressGeraldo Bubniak/AGB/FolhapressIgor foi o último da Lava Jato a deixar um posto de chefia em Brasília

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