DiogoMainardina ilha do desespero

Bolsonaro vai perder em 2022

18.12.20

Jair Bolsonaro vai perder em 2022. É a minha aposta. É fácil apostar desse jeito. Se eu acertar, vou me cobrir de glória. Se eu errar, ninguém vai se lembrar da minha profecia, porque falta um bocado de tempo até lá. Conto com seu esquecimento. Além disso, tenho uma resposta pronta: a culpa é do eleitor. Cobre dele.

Jair Bolsonaro vai perder em 2022 da mesma maneira que Winston Churchill perdeu em 1945. Sim, comparar um ao outro é ultrajante. Sim, o presidente brasileiro é um mentecapto e um covarde – o exato contrário de Winston Churchill. Mas há um ponto – só um – em comum entre eles: o sentimento do eleitorado. Depois de uma guerra, as pessoas precisam renovar tudo, inclusive o governo. Winston Churchill derrotou os nazistas e tomou uma sova eleitoral. O colaboracionista Jair Bolsonaro aliou-se ao inimigo e levou o Brasil a uma derrota sangrenta – e também vai levar uma sova eleitoral.

Ainda estamos no meio da epidemia de Covid-19. Por isso é complicado avaliar seus efeitos sobre os eleitores. Daqui a um ano, quando a coisa estiver acabada, volto aqui para fazermos um apanhado juntos. O vírus terá sido praticamente erradicado; o bolsonarismo, idem. A vontade dos brasileiros será enterrar o passado e entregar-se a alguém capaz de prometer-lhes um futuro. É batata. O único fato que pode atrapalhar meus prognósticos é que brasileiros não são ingleses. Mas guerra é guerra.

Depois de cravar a derrota de Jair Bolsonaro, eu deveria cravar também o nome de seu sucessor. Eu poderia dizer Sergio Moro, mas ele ainda não sabe se vai se candidatar. Luciano Huck está ciscando mais uma vez, e talvez ele tenha a capacidade de vender para o eleitorado um futuro radiante – e, claro, ilusório. Quem mais? Qualquer espertalhão que saiba encarnar o antibolsonarismo, e que prometa algo menos arcaico e retrógrado. A minha aposta é que, em 2022, o brasileiro queira cancelar este ano medonho – 2020 – e olhar para a frente.

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