O ensaio dos Batista

20.11.20

Há dois anos, quando vieram a público evidências de que Joesley e Wesley Batista, da JBS, haviam deixado de fora de sua delação premiada informações sobre os relacionamentos que mantinham na cúpula do Judiciário, advogados dos irmãos estiveram na Procuradoria-Geral da República para dizer que eles tinham interesse em aditar o acordo com revelações sobre ministros de tribunais superiores. Na conversa, os defensores até fizeram um pedido: temendo represálias, eles não gostariam de ter seus nomes associados ao que seria uma espécie de extensão da colaboração dos Batista. O temor era desnecessário, na verdade. Como a PGR, à época comandada por Raquel Dodge, não estava muito interessada em mexer nessa cumbuca, a conversa não avançou. Mais recentemente, durante uma reunião com procuradores, o assunto voltou à baila. Mas os advogados dos donos da JBS, dessa vez, se fizeram de desentendidos. Disseram que não lembravam da primeira conversa.

Zanone Fraissat/FolhapressZanone Fraissat/FolhapressWesley e Joesley ensaiaram revelações sobre os tribunais, mas a PGR não se interessou

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