CNJ anti-Lava Jato

23.10.20

Em tempos de realinhamento de astros em Brasília em favor do establishment político, mais um órgão fundamental para as engrenagens do Poder Judiciário entrará em breve no processo de acomodação. Na dança de cadeiras do Conselho Nacional de Justiça, o CNJ, responsável por julgar a conduta de juízes de diferentes instâncias, tem imperado entre os critérios de escolha a opinião dos candidatos sobre a Lava Jato. Além de Sidney Madruga, procurador admirado pelos Bolsonaro e crítico da operação que Augusto Aras indicou para a vaga do Ministério Público Federal, e de Mario Maia, o filho do ministro Napoleão Maia, do STJ, que deve ser confirmado nos próximos dias como representante da Câmara dos Deputados, um aliado de Renan Calheiros pode estar a caminho do conselho. Trata-se de Luiz Fernando Bandeira de Mello, secretário-geral da Mesa do Senado. Há uma articulação em curso para que Bandeira de Mello troque o Conselho Nacional do Ministério Público, onde está aboletado hoje, pelo CNJ.

Sede do CNJ. Gil Ferreira/Agência CNJSede do CNJ. Gil Ferreira/Agência CNJO CNJ está em vias de ser aparelhado como nunca antes

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