Os felizardos amigos do presidente

24.07.20

Indicado pelo amigo Jair Bolsonaro logo no início do governo para ocupar o cargo de gerente de segurança e inteligência da Petrobras, o ex-militar Carlos Victor Guerra Nagem acabou vetado pelo sistema interno de promoção por não preencher os requisitos necessários para a função, mas ganhou logo depois uma sinecura: virou assessor da presidência da estatal, com salário de 55 mil reais. Desde que a sua ascensão na hierarquia da petrolífera ganhou os holofotes em razão da proximidade com o presidente da República, “Capitão Victor”, como é conhecido, tem procurado ser o mais discreto possível para não reavivar a história. Não faz muito tempo, funcionários graduados da Petrobras chegaram a checar a assiduidade do amigo do presidente. Concluíram que, sim, ele comparece ao serviço, embora não seja lá um profissional de grande destaque. Carlos Victor Nagem engorda a lista de pessoas próximas do clã presidencial que, desde a posse de Bolsonaro, ganharam postos na máquina federal com holerites polpudos. O também militar da reserva Hernando Barbosa, que no ano passado chegou a ser escolhido como assessor do gabinete regional da Presidência da República no Rio e teve a nomeação cancelada quando Crusoé mostrou seu envolvimento em uma rumorosa ocorrência policial, é outro exemplo. Um ano e dois meses depois de a história vir à tona, ele virou assessor do presidente do BNDES, Gustavo Montezano. O salário é de pouco mais de 25 mil reais.

Reprodução/redes sociaisReprodução/redes sociaisBolsonaro com o “Capitão Victor”: na Petrobras, o amigo do presidente se esforça para não chamar a atenção

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