Boi na linha

12.06.20

Ao se deslocarem até o Ministério da Saúde, em maio, para uma reunião na qual seriam apresentadas explicações sobre um edital de dispensa de licitação para a compra de 80 milhões de aventais hospitalares por 912 milhões de reais, fiscais do TCU foram surpreendidos com uma presença inusitada na sala. Os representantes de uma empresa interessada no negócio haviam sido convidados pelo ministério para participar do encontro. Desconfortáveis com a surpresa, os auditores avisaram que só participariam da conversa como ouvintes, para não parecer que estavam ali chancelando um processo de compra sob suspeita, e pediram que isso fosse devidamente registrado em ata. Só que algo ainda mais estranho aconteceu na sequência. Ao receberem o documento, por e-mail, perceberam que a objeção à participação da empresa na reunião simplesmente não havia sido anotada. Pior: a equipe do ministério fez constar que a presença dos auditores tinha por objetivo dar “segurança na contratação”, de maneira a “não haver questionamentos futuros por parte do TCU”. Pegou mal.

Pedro Ladeira/FolhapressPedro Ladeira/FolhapressA empresa nem tinha contrato ainda, mas já havia sido chamada para a reunião

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. como está virando rotina nessa revista, cadê o jornalismo investigativo? Nome aos "BOIS" quem era o ministro? seu chefe executivo? quem são os signatários do email? quando assinei essa revista na sua fundação era isso que esperava informação com qualidade, que decepção, mais do mesmo.

  2. Indiscutivelmente todas estas irregularidades de roubos evidentes precisam ser apuradas e os responsáveis, quem forem, ir para a prisão perpétua na China. Dinheiro suado do contribuinte e que foram parar no bolso dos malacos...

  3. Ué, mas o general encheu o MS de militares. Qdo essa turma deixar o governo veremos o rombo em todas as pastas, algo como ocorreu no Rio de Sergio Cabral.

  4. A matéria deixa a desejar precisa dar nome aos bois o ministério pelo que parece já estava sob o exército de Brancaleone e os técnicos do Tcu . porque nada denunciaram?

  5. que reportagem de merd. afinal foi ou não conclcuida a compra. quem era a empresa ? o valor era de mercado? precisa daquele número de produtos ?

  6. Maravilhas da vida na capital federal! Só faltou o repórter clarificar quem era o ministro da saúde (?) na data da reunião... ainda era o político aliado do Botafogo? Já era o “Rubens”, o breve ? E quem era o funcionário que presidia à mesa ? Quem assina a ata ? Vamos fazer jornalismo ágil, sim.... mas vamos dar a informação mais completa possível, por favor!!! Assim vocês deixam os leitores no escuro....

    1. Em maio nunca seria o "político aliado do Botafogo", pois o cara saiu em abril. Dá pra ver o viés do bovino ao fazer esse comentário.

Mais notícias
Assine agora
TOPO