O bom negócio de Corona

05.06.20

Investigado no inquérito do fim do mundo sob suspeita de ser um dos financiadores das milícias bolsonaristas na internet, o empresário Edgard Corona foi personagem de uma apuração preliminar aberta no início deste ano pelo Ministério Público Federal em São Paulo. O caso envolvia um negócio fechado entre ele e a seccional paulista do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, uma autarquia que, por também receber recursos dos cofres públicos, está submetida às mesmas regras de fiscalização e controle que valem para órgãos da administração federal. Dono de duas redes de academias, o bilionário Corona vendeu um prédio ao conselho por 40 milhões de reais. Uma denúncia anônima enviada à Procuradoria sustentava que o órgão não fez nenhuma questão de regatear o preço. Uma avaliação independente juntada ao processo sugeria que, considerada a crise que já atingia o setor imobiliário à época, havia uma boa margem para chorar: o negócio poderia chegar a 32 milhões. A procuradora encarregada de avaliar a transação não viu irregularidades e mandou o procedimento para o arquivo.

Rodrigo Capote/FolhapressRodrigo Capote/FolhapressCorona: ele vendeu o prédio por R$ 40 milhões

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