Biografia à prova

15.05.20

O novo superintendente da Polícia Federal no Rio, Tácio Muzzi, já foi personagem de uma intensa guerra interna na corporação há cerca de dez anos. Do outro lado estava o então chefe da unidade, Angelo Gioia, hoje aposentado. Gioia via na atuação do delegado um movimento para desestabilizá-lo, em parceria com procuradores do Ministério Publico Federal. Em resposta, chegou a denunciar Muzzi por supostamente engavetar, quando era chefe do núcleo de inteligência da superintendência, relatórios sobre policiais suspeitos de ligação com o crime. Tácio Muzzi saiu fortalecido da querela. Hoje, seu trabalho é elogiado pelos diferentes grupos da PF. Sua ligação com o MP segue firme. O delegado é visto na instituição como um profissional competente e técnico. Procuradores que o conhecem estranharam a ida dele para a superintendência do Rio, em meio ao propalado esforço do presidente Jair Bolsonaro para ter alguém da sua confiança no posto. “Ou ele rasga a biografia ou teremos um novo comunista”, disse um procurador, entre risos, ao mencionar as duas possibilidades no horizonte: no primeiro caso, a de Muzzi fazer o que o Bolsonaro quer e, no segundo, a de ele contrariar as expectativas do presidente.

Ellan Lustosa/Código19/FolhapressEllan Lustosa/Código19/FolhapressMuzzi: boa fama entre os diversos grupos da PF e também no MP

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