Eike e os bancos

03.04.20

No acordo de delação premiada fechado recentemente com o Ministério Público, Eike Batista diz ter contado com a ajuda de grandes bancos para esconder transações financeiras que fez no exterior. As operações eram usadas, diz o empresário, para manipular o mercado: ele atuava na compra e venda de ações das suas próprias empresas sem se identificar. Como tinha informações internas antes dos outros investidores, Eike sabia quais ativos iriam valorizar ou não e, assim, fraudava a lógica do sistema. Ele cita seis instituições brasileiras e estrangeiras com as quais teria contado nessas operações, conhecidas como P-Notes: JP Morgan, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Credit Suisse, ItaúBBA e BTG Pactual. A soma dos valores chega a 1 bilhão de reais. Há, no mercado, um certo temor com a possibilidade de as declarações de Eike acabarem levando as autoridades a fazer uma devassa nesse tipo de transação e, por consequência, à descoberta de outros tubarões que usaram do mesmo expediente.

Alan Marques/FolhapressAlan Marques/FolhapressEike diz que bancos o ajudaram a manipular mercado de ações

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