Câmara dos Deputados

Weintraub terá que silenciar sobre polêmicas nas redes sociais

31.07.20 13:40

Eleito diretor-executivo do Banco Mundial na quinta-feira, 30, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub deve ser empossado no cargo na semana que vem. A partir de sua oficialização na cúpula da instituição, ele terá que controlar minuciosamente suas postagens nas redes sociais. Acostumado a usar o Twitter para criar e alimentar polêmicas, como seu post com zombarias à China que lhe rendeu um inquérito por crime de racismo, Weintraub ficará sujeito a punições administrativas, caso descumpra o rígido código de conduta do Banco Mundial para membros do conselho.

As regras impostas à diretoria estão em vigor desde novembro de 2018. O código de comportamento para a cúpula da instituição tem 28 páginas e trata de temas como impacto, integridade, respeito, trabalho em equipe e inovação.

O documento estabelece que os membros do conselho devem divulgar qualquer conflito de interesses e que cabe ao Comitê de Ética dos Diretores Executivos orientar sobre as ações necessárias para resolvê-lo.

O Banco Mundial tem políticas bem definidas sobre respeito à diversidade, a identidades e culturas. Após ser empossado diretor da instituição, Weintraub não poderá, em nenhuma hipótese, dar declarações como as registradas na reunião ministerial de 22 de abril. Na ocasião, ele fez referências negativas a povos indígenas e ciganos. “Odeio o termo ‘povos indígenas’, odeio esse termo. O ‘povo cigano’. Só tem um povo nesse país. Quer, quer. Não quer, sai de ré”, disse durante o encontro, cujas imagens foram divulgadas ao público por determinação do Supremo.

Após a eleição do ex-ministro brasileiro, o Banco Mundial não informou se a escolha de Abraham Weintraub por um grupo de nove países ocorreu por unanimidade, para “preservar a integridade dos votos”. O ex-ministro ficará no posto até 31 de outubro deste ano, quando haverá uma nova eleição. Como o Brasil é o país mais forte de seu grupo, a expectativa é que Weintraub seja reconduzido daqui a três meses.

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  1. Precisamos nos acostumar com ministros que "toquem na ferida", como ele fez. É uma pena a perda de Weintraub para o país. Uma educação de qualidade é tudo que a esquerda não deseja. É mais fácil conduzir deseducados.

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