Adriano Machado/Crusoé

Weintraub é alvo de ação de improbidade por falas ofensivas contra universidades

22.04.21 11:28

O Ministério Público Federal ajuizou uma ação de improbidade administrativa contra o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, atual diretor-executivo do Banco Mundial, por declarações falsas e ofensivas contra universidades federais. O advogado foi demitido do cargo em junho do ano passado, após o desgaste causado por insultos contra ministros do Supremo Tribunal Federal.

O MPF acusa Weintraub de atentar contra princípios da administração pública, como moralidade, honestidade e lealdade às instituições. Na ação, a procuradora Luciana Loureiro Oliveira cita declarações “dolosamente incorretas, distorcidas ou exageradas” do ex-ministro. Em abril do ano passado, o então chefe da pasta da Educação ameaçou cortar verbas de instituições de ensino superior.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, afirmou Weintraub.
Sem apresentar provas, o atual diretor do Banco Mundial, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo, disse que universidades teriam “plantações extensivas de maconha”, com o uso até de agrotóxico para esses cultivos.

Weintraub afirmou ainda que as universidades “são focos de intenso consumo, tráfico e produção de entorpecentes”. Para a procuradora, ele atingiu “indiscriminadamente, a dignidade de toda a comunidade docente e discente dessas instituições”.

“A intenção escancarada das falas do então ministro era de que tais fatos tivessem ampla repercussão, para que a opinião pública julgasse negativamente o ambiente, o serviço das universidades federais e o trabalho de seus dirigentes”, argumentou a procuradora Luciana Loureiro.

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