Adriano Machado/Crusoé

Wassef é ouvido na PF como vítima de ‘aparato do Coaf’

30.03.21 21:03

O advogado Frederick Wassef (foto) prestou depoimento nesta terça-feira, 30, à Polícia Federal em Brasília no inquérito aberto por determinação da Justiça para investigar um suposto “aparato” montado dentro do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, que teria promovido a “quebra indevida de sigilo bancário e fiscal” do defensor da família Bolsonaro.

“Fui intimado pela Polícia Federal para depor como vítima do grave crime da quebra de sigilo bancário e fiscal que eu sofri em minhas contas e o posterior vazamento criminoso à imprensa brasileira”, afirmou Wassef a Crusoé, após passar mais de quatro horas dentro do prédio da Superintendência da PF no Distrito Federal.

O inquérito foi aberto por determinação dos desembargadores da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o TRF-1, no julgamento que anulou o relatório de inteligência financeira do Coaf que apontava pagamentos de 9,8 milhões de reais feitos pela JBS a Wassef. O conteúdo do relatório foi revelado em agosto do ano passado por Crusoé.

Em acordão publicado em dezembro, os desembargadores também determinaram trancamento do inquérito que investigava a relação de Wassef com a JBS, acolhendo a tese de que foi a produção do relatório do Coaf se deu de “forma atípica”. Foi nesta decisão que os magistrados mandaram a PF investigar o “aparato do Coaf” que teria produzido o relatório e o “vazamento indevido” das informações reveladas por Crusoé.

Os votos em favor de Wassef foram proferidos pelos desembargadores Ney Bello, Maria do Carmo Cardoso e José Alexandre Franco. Segundo Wassef, há uma “organização criminosa infiltrada dentro do Coaf” que está “espionando e investigando membros do Poder Judiciário de forma clandestina e criminosa”.

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