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Postura antivacina de Bolsonaro repercute na imprensa internacional

20.09.21 19:29

A viagem de Jair Bolsonaro a Nova York sem a imunização prévia do presidente contra a Covid-19 repercutiu na imprensa internacional. O chefe do Executivo brasileiro vai discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira, 21.

O britânico Daily Mail chamou Bolsonaro de “o presidente brasileiro antivacina”. O jornal descreveu o encontro com o primeiro-ministro Boris Johnson, em que Bolsonaro declarou não ter sido imunizado contra a Covid. O americano Washington Post citou declarações equivocadas de Bolsonaro, como a de que ele não precisaria tomar vacina contra a Covid-19 porque já foi infectado pelo coronavírus — a tese é rebatida por 100% da comunidade científica.

Sob a condição de anonimato, um oficial da ONU afirmou ao jornal americano que as Nações Unidas não devem cobrar comprovante de vacinação de chefes de Estado. Desde o mês passado, a ONU desestimulou a presença de muitos assessores nas comitivas presidenciais, para reduzir o total de pessoas que circulam pelo prédio. Bolsonaro, entretanto, decidiu levar uma comitiva de 18 pessoas para o evento.

O governador de Nova York, Bill de Blasio, tentou aplicar as normas válidas no estado para o evento da ONU, mas as Nações Unidas refutaram a tese. O jornal britânico The Guardian lembrou que Jair Bolsonaro é o único dos chefes de Estado dos países do G20 não vacinado. Citou ainda que a doença já matou quase 600 mil pessoas no país.

O Guardian mencionou a decisão do Gabinete de Segurança Institucional de colocar sob sigilo o cartão de vacinação de Jair Bolsonaro. O documento ficará em segredo durante um prazo de 100 anos. O jornal francês Le Point abordou o fato de o presidente brasileiro não estar imunizado e citou a decisão do secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, de não cobrar comprovante de vacinação dos chefes de Estado.

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