Sérgio Lima/Folhapressxxx

Valdemar fala em irregularidades e pede demissão da cúpula do Banco do Nordeste, indicada por ele

27.09.21 19:06

Expoente do Centrão e presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto (foto) admitiu ver indícios de irregularidades em um contrato de aproximadamente 600 milhões de reais firmado entre o Banco do Nordeste e uma ONG. A instituição é presidida por Romildo Carneiro Rolim, indicado ao cargo pela legenda. O PL também foi o responsável por indicar parte da diretoria do banco estatal.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Valdemar declarou que foi alertado sobre o possível esquema ilícito por Jair Bolsonaro na sexta-feira à noite, por WhatsApp. O presidente do PL não identificou a ONG, tampouco quais serviços a entidade presta para o Banco do Nordeste.

Ele assegurou que, em reação, pediu aos ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, nesta segunda-feira, 27, a demissão de Rolim e de toda a diretoria do banco. “Por uma simples razão: o Partido Liberal não pode manter diretores em um banco que encontraram uma situação dessa e não tomam providências“, justificou.

Na gravação de 2 minutos e 23 segundos, o presidente do PL disse que, logo após a mensagem de Bolsonaro, entrou em contato diretamente com Rolim. O presidente do Banco do Nordeste teria argumentado que tentou contratar uma empresa e que desistiu do acerto devido ao valor exigido pela companhia, decidindo, então, pelo negócio com a ONG.

Eu achei uma barbaridade um banco contratar uma ONG por 600 milhões de reais por ano e isso há muitos anos. Quando eles entraram no banco, já tinha esse contrato. E nós não tínhamos conhecimento. Nós não podemos ter uma ONG contratada num banco da importância do Banco do Nordeste“, disse Valdemar, no vídeo.

Crusoé pediu esclarecimentos ao Banco do Nordeste, mas não recebeu uma resposta até a última atualização desta matéria.

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