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Vacinação obrigatória faz aprovação de Biden cair mais entre os negros

16.10.21 18:33

O presidente americano Joe Biden (foto) teve uma diminuição em sua aprovação de 55%, em julho, para 43%, em setembro. Diversas explicações foram levantadas para justificar essa queda: a retirada atrapalhada de militares do Afeganistão, o caos na fronteira com o México e as disputas no Congresso para aprovar um pacote de 3,5 trilhões de dólares com gastos sociais.

Entre os grupos de eleitores negros, porém, um outro fator foi determinante: a vacinação obrigatória. Em julho, Biden disse que todos os funcionários do governo federal deveriam se vacinar para ir ao trabalho ou teriam de fazer testes regularmente. Em setembro, os que resistiam foram ameaçados de perder o emprego.

A obrigação de se vacinar não caiu bem entre os adultos negros, que historicamente nutrem uma desconfiança maior em relação às instituições de saúde. “É mais comum os adultos afro-americanos relatarem, por exemplo, que foram tratados injustamente pelos médicos, daí eles terem uma confiança menor no sistema“, diz Lunna Lopes, pesquisadora da Fundação Kaiser, na Califórnia.

O resultado disso é que, entre todos os grupos de eleitores, a maior queda da aprovação de Biden se deu justamente entre os adultos negros. Entre os que não tomaram a vacina, o declínio na aprovação foi de 17 pontos percentuais desde o início da obrigação da imunização, segundo a consultoria Morning Consult.

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