Edu Andrade/Fatopress/FolhapressA

‘Tratamento precoce’ dá lugar a ‘atendimento imediato’ em nova campanha do governo

13.04.21 10:13

Após 13 meses de pandemia da Covid-19, o governo começou a veicular esta semana uma peça publicitária com alertas à população. Na propaganda elaborada pelo Ministério da Saúde, o foco é o “atendimento imediato” – a peça veiculada na TV, em rádio, na internet e em mídias exteriores orienta os pacientes com Covid a procurarem ajuda médica após o surgimento dos primeiros sintomas.

“O atendimento imediato” é uma derivação do “atendimento precoce” e representa o início de uma guinada de narrativa do governo para tentar mudar o foco do chamado “tratamento precoce” com medicamentos sem embasamento científico.

A ideia é que a pasta comece a deixar de lado a defesa inflamada da cloroquina e da ivermectina, sem transparecer ao eleitorado do presidente Jair Bolsonaro a imagem de que ele mudou de posição. Desde março, integrantes do governo tentam emplacar essa tese, a despeito das centenas de vídeos e postagens de Bolsonaro em defesa de medicamentos contraindicados para o tratamento da Covid.

“O que o governo defende é o atendimento precoce, para que no primeiro sintoma de falta de ar, o cidadão procure o posto de saúde ou um médico. É ele que pode dar qualquer remédio que ache adequado”, afirmou o ministro das Comunicações, Fábio Faria, no fim de março, sinalizando o início da guinada de posição. “O próprio presidente disse que ainda não temos um remédio comprovado”, acrescentou Faria.

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