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TCU envia à CPI processo contra auditor que fez ‘relatório paralelo’ sobre Covid

06.07.21 09:04

O Tribunal de Contas da União enviou à CPI da Covid esta semana os autos do processo que investiga a atuação do auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques. Ele é acusado de preparar um “relatório paralelo” sobre mortes por Covid-19, que questionava os números oficiais. O documento, alinhado à tese do presidente Jair Bolsonaro, foi usado pelo chefe do Planalto para questionar a credibilidade das estatísticas oficiais.

A documentação foi enviada de forma sigilosa à CPI. O processo administrativo aberto pelo TCU para apurar a conduta do auditor começou há um mês. O corregedor da corte, Bruno Dantas, consultou os ministros Benjamin Zymler e Vital do Rêgo, que relatam processos relacionados a compras na pandemia, para escolher os três integrantes da comissão interna.

Após a notificação de Alexandre Costa Silva Marques, o colegiado já começou a arrolar testemunhas. Os responsáveis pelo processo administrativo pediram à área de tecnologia da informação um levantamento que detalha a atuação do servidor investigado em processos relacionados à pandemia, como a lista dos documentos que ele inseriu em tomadas de contas, por exemplo, e todos os e-mails enviados do endereço funcional do auditor.

Ministros do TCU acreditam que, com esse mecanismo, será possível flagrar outras atuações políticas de Alexandre. O servidor da corte é amigo dos filhos de Jair Bolsonaro e chegou a ser indicado para integrar a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. Crusoé revelou em primeira mão, em junho, a atuação do auditor em prol dos interesses do presidente da República.

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  1. Realmente e salvo melhor juízo, se ficar provado a armação ou fabricação de relatório com timbre do TCU ideologicamente falso feito por servidor público para beneficiar terceiro, seja quem for a pessoa ou mesmo o governo, deve ser demitida, mais ainda por que ao Tribunal de Contas cabe fiscalizar a legalidade dos atos da Administração Pública, os quais devem ser lícitos e legais, não havendo espaço, também, para desvios éticos e de moralidade praticados por seus próprios servidores.

  2. E este cara ainda está livre? Deveria ter sido demitido do serviço público e enjaulado na Papuda. A razão? Cúmplice de genocídio.

  3. Mais um. Incrível como ainda não deram um basta. Está mais do que na cara que ele está com todos os órgãos trabalhando para seu clã? A PF como denunciou Moro é flagrante.

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