Reprodução/TV BahiaA sede do TJ baiano:

Suspeito em caso de venda de decisões judiciais movimentou 22 bilhões de reais

24.11.19 12:30

Em busca de mais elementos sobre o esquema de venda de decisões no Tribunal de Justiça da Bahia, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão em endereços ligados ao empresário Walter Yukio Horita. Dono do Grupo Horita, gigante do agronegócio, ele aparece na investigação da Operação Faroeste como responsável pela movimentação de 22 bilhões de reais desde 2013. 

Para os investigadores, Horita seria um dos beneficiados pela organização criminosa formada por grileiros de terra, advogados e desembargadores e juízes baianos. Do total movimentado pelo empresário, 7,2 bilhões de reais sequer possuem origem e destino identificados. Ele teria interesse nas decisões relacionadas a uma área de cerca de 366 mil hectares em cidades do oeste da Bahia alvo do esquema de grilagem.

Segundo o MPF, conversas interceptadas durante a investigação mostram que Horita tinha “livre trânsito entre diversas autoridades baianas” e atuava “na defesa dos interesses” do grupo criminoso.

Em um dos diálogos, o empresário — que usa o telefone em nome de um familiar — combina uma viagem de avião até Salvador para ter uma audiência com um desembargador. Na conversa, com um interlocutor de nome Dr. João, Horita diz: “tá me enrolando aqui esse negócio de Judiciário, nunca é nosso tempo e, sim, no tempo deles”.

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