Edilson Rodrigues/Agência Senado

Senadores pretendem substituir coligações por federações partidárias

19.09.21 12:22

Os senadores acreditam que haverá maioria folgada para derrubar o dispositivo aprovado na Câmara dos Deputados que prevê a volta das coligações partidárias nas eleições proporcionais. O fim do modelo só vigorou por uma eleição, a de 2020, mas já ajudou a reduzir a fragmentação partidária nas câmaras municipais.

A ideia, no Senado, é manter o fim das coligações e, paralelamente, derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que instituiu as federações partidárias. A proposta permitiria a sobrevivência de siglas pequenas que correm risco de extinção por causa da chamada “cláusula de barreira”.

A federação partidária prevê, em linhas gerais, que duas ou mais legendas se unam durante o período eleitoral, desde que mantenham a parceria por no mínimo quatro anos. Elas precisam estar juntas na disputa presidencial e em todas as candidaturas estaduais. Com isso, as siglas parceiras passam a ser tratadas como uma só.

“É uma forma de garantirmos aos pequenos partidos ideológicos a possibilidade de se unirem nos pleitos eleitorais e, depois, fazerem um grupo ou uma federação com um mandato de quatro anos, não podendo ser dissolvidos. Com isso, terão uma sobrevivência mais do que legítima”, argumenta a senadora Simone Tebet, do MDB, relatora da reforma eleitoral no Senado.

“Esse é um gesto importante que nos cabe fazer para que forças políticas que estão na vida pública há anos, que têm sintonias claras e efetivas com a sociedade brasileira, possam se organizar e se federalizar para as disputas eleitorais”, faz coro o senador José Aníbal, do PSDB, que também pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que paute o veto de Bolsonaro para os próximos dias.

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  1. É só uma cambada de nanicos oportunistas e inoperantes lutando para por as garras no fundo partidário e usufruir de muitos outros esquemas espúrios. Não se vê apresentação e realização alguma de um só projeto honesto, racional, consistente e de utilidade para as pessoas que eles representam e, muito menos a noção, preocupação, respeito e responsabilidade por essa representatividade. Apenas repetem e reproduzem o comportamento imoral dos partidos maiores em adeptos e menores moralmente.

    1. Não é propriamente a coleção inteira das nuances do pensamento da sociedade que precisa ser representada com "um partido para cada nuance" mas ao contrário, é necessário um número limitado de grandes partidos para a representação de pensamentos conexos e, para o caso, obviamente, interessa muito mais a qualidade dos agentes do que a quantidade de partidos. Isso sim, poderia representar e atuar melhor pela sociedade!

    2. São defeitos graves de um sistema que precisa ser revisto, reestruturado e objetive elementarmente de modo formal, a qualificação específica de seus agentes, para que os eleitores tenham boas opções, tenham a real possibilidade de fazer boas escolhas e para que, os representantes assim eleitos, possam sempre por sua vez aperfeiçoar o exercício democrático.

  2. A questão que deveria se buscar, é diminuir o custo da nossa democracia, bem como simplificá-la para o entendimento de quem interessa, o eleitor. QUEM COMO EU, NÃO ACOMPANHA PARIPASSU A POLÍTICA, ou faz o follow-up em momentos críticos, fica perdido. Do ponto de vista pragmático, para que serve um PCO, PSTU, que ainda estão na década de 1980? Não me importo com uma maior quantidade de partidos, desde que sobrevivam com as próprias pernas, como o Partido Novo. Moro 🇧🇷

  3. O Senado vem fazendo tudo para alguém lá do barraco, mude para o Planalto em 2022. Pacheco, Simone, Álvaro, etc etc. Precisa combinar com os russos, né?

  4. Incrível Simone Tebet apoiar "federação partidária". Muito mais fácil partidos nanicos se fundirem. Se não quiserem. fazer isso por diferenças ideológicas, por que constituíram uma "federação partidária"?

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