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Sem dar aulas na pandemia, Boulos deixa de pagar impostos à União

29.10.20 17:21

A pandemia também afetou a fonte de renda de Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo. Com cerca de 580 reais em conta corrente e um Chevrolet Celta declarados ao Tribunal Superior Eleitoral, o candidato diz que sobrevive ministrando cursos e escrevendo artigos e livros.

Boulos alega que é remunerado pelas aulas como Microempreendedor Individual, MEI. No entanto, o político está em atraso com o Ministério da Economia desde outubro do ano passado, quando deixou de pagar seus impostos do Simples Nacional. 

Segundo informações da Receita Federal, Boulos consta como devedor de 10 parcelas do imposto federal — que é cobrado em valores reduzidos pelo governo como forma de incentivar o pequeno empreendedor. Contando juros e multa, o psolista deve 664 reais ao Simples, mais do que tem em conta.

Por mês, os beneficiários do programa pagam 57 reais, englobando a contribuição para o INSS e também o pagamento do ISS para o município em que a empresa tem sede, ou o ICMS, para o estado. 

Em um vídeo publicado no início do mês, Boulos diz que ministra aulas na Escola de Sociologia e Política. À Folha, a instituição atestou que o candidato foi professor em dois cursos de extensão no ano passado, mas não dá mais aulas na faculdade desde novembro de 2019. O candidato sustenta que não o fez neste ano em virtude da pandemia. 

Em 18 de maio deste ano, alguém com dados pessoais de Boulos abriu requerimento para o recebimento do auxílio emergencial junto à Caixa Econômica Federal. O candidato do PSOL diz que foi vítima de um golpe e não solicitou o benefício. A Caixa negou o pagamento porque Boulos teve renda superior a 28,5 mil reais durante o ano de 2018.

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