Pedro Ladeira/Folhapress

‘Sem apoio do general, um soldado não ganha a guerra’

11.09.19 20:44

O ex-secretário da Receita Marcos Cintra (foto) afirmou a Crusoé na noite desta quarta-feira, 11, que pediu para deixar o cargo porque não tinha o apoio do presidente Jair Bolsonaro. “Sem apoio do general, um soldado não ganha a guerra”, reconheceu, horas após sua saída ser anunciada.

Cintra disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, sempre “apoiou e estimulou”, desde a campanha eleitoral, o projeto de recriar um imposto sobre transações financeiras, nos moldes da extinta CPMF. Entretanto, reconheceu que “o presidente nunca negou seu desconforto” com a ideia. “Não consegui convencê-lo, simples assim”, admitiu.

Apesar da falta de apoio, Cintra afirmou que continuará “torcendo” pelo sucesso do governo. E acrescentou que manterá a defesa das mudanças no sistema tributário, como dirigente do Instituto de Inovação e Governança, fundação ligada ao PSL.

Como mostrou Crusoé, o estopim para saída de Cintra teria sido uma apresentação feita nesta terça-feira, 10, pelo secretário adjunto da Receita, Marcelo de Sousa Silva, em Brasília, durante fórum promovido pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil.

Aliado de Cintra, Silva apresentou em um powerpoint os detalhes do imposto sobre transações financeiras que o ex-secretário defendia na reforma tributária. A apresentação gerou uma forte reação negativa de lideranças do Congresso Nacional e de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

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  1. Antes de aumentar a carga tributária da população, que o governo faça a cobrança dos impostos devidos de bancos e empresas, que acabe com as mordomias e tantas gratificações dos representantes dos 3 poderes, enxugue a máquina pública e recupere todo o dinheiro desviado nos últimos anos.

  2. Não convenceu foi o CONTRIBUINTE a assumir mais este CONFISCO, representante de satanás. Corrigir a tabela do IR ninguém quer...

  3. Nosso presidente é coerente e humilde , pena que diante da mídia suja ele muitas vejas é ingênuo ! ( ou muito esperto !)

    1. TOTALMENTE DE ACORDO!! Enquanto não resolverem isso não adianta tentar nenhuma outra mudança!!!!

  4. Cintra foi tarde, depois de 8 meses não apresentou uma proposta decente de reforma tributária. O governo federal perdeu o protagonismo, enquanto isso os estados apresentam uma proposta na qual querem tudo, que invibializaria a união. A CPMF é um péssimo tributo. Cintra só fala dele. Não é usado em nenhum país civilizado. Quis inventar a roda, mas essa roda é quadrada.

    1. Não é só o Cintra, defendemos muito o paulo guedes mas ele tem feito muito pouco se comparado ao que acreditamos nele para fazer. Nao adianta tentar emplacar reforma tributária agora, usando a falácia de diminuir o número de impostos, se no final a arrecadação terá de ser igual ou maior do que já vem sendo feito com esses tributos em cascata. Tem q se repensar as mordomias do funcionalismo público que faz o efeito de inchamento do Estado, mas essa briga ninguém quer né?

  5. Efeito colateral: esse soldado incompetente, com sua estupidez, gerou o Efeito Bolsonaro: conseguiu derrubar aquilo que almejava. Acertou o bumerangue na própria testa.

  6. Este país é uma zona um bando idiota do congresso tira o COAF do ministério da justiça e coloca no ministério da Fazenda aí vem outro bando idiota manda banco central que tem nada ver com o problema ou só tem idiota que bagunca aquilo está funcionando bem virá bagunça. Só tem idiota na gestão do País para não dizer outra coisa que merda!

  7. Soldado de merda, que não quer guerrear. Inventar imposto (confisco) de fácil arrecadação é moleza. Criar formas de reduzir o custo do Estado e enxugar a máquina pública, dando-lhe eficiência e produtividade, não é fácil. Soldado covarde !!!

    1. Caros — há um outro fator também na equação: a falta de crescimento econômico decente. Sem crescimento, não há arrecadação e sem arrecadação o caminho mais fácil para um governo incompetente é aumentar impostos ou aumentar a dívida. O governo do Messias tentou o primeiro. Como não conseguiu, fará o segundo. E, resumo: teremos que pagar pela burrada do governo de uma forma ou de outra.

    2. Tino - É o que eu comentei abaixo, não adianta fazer cambalacho e alimentar ideia mirabolante de diminuição do numero de impostos se a arrecadação tem de ser a mesma ou maior. O cerne do problema está no inchaço da máquina pública, no numero excessivo de cargos de confiança, nos penduricalhos e benefícios imoraes do funcionalismo público e por aí vai. É toda uma discussão baseada em retórica vazia de trocar 6 por meia dúzia.

  8. Um soldado com atitudes e ideias desse tipo denigre a reputação do general e deve mesmo ser dispensado. A CPMF é um imposto bom só para os preguiçosos da receita, porque é insonegável. Para o país é um assalto burro.

    1. Olha que esse "jabuti" ainda vai ser inserido no bolo da reforma, ai eu quero ver como você vai fazer para continuar com seu pensamento sobre essa questão e a defesa do General...rs.

  9. Cintra mostrou-se um profissional competente e estudioso da tributação. Esta adiante de seu tempo. A CPMF ou equivalente é o tributo do futuro, quer queira quer não. É um tributo justo, pois proporcional. Inibe a sonegação. Baixo custo de fiscalização(não precisa de fiscal). Simples e bom em arrecadação. Alcança quase toda a atividade econômica. Seria um grande passo. Mas acredito que será inserida na reforma tributária, pois é estimulante para criação de empregos.

    1. O problema tributário é o tamanho do q é abocanhado pelo governo. Essa reforma, tentativa de diminuir o número de impostos mas sem alterar o montante arrecadado, é o mesmo q trocar 6 por meia duzia. Essa nova CPMF seria uma distribuição mais justa, mas contribuiria para o aumento de transações informais. A reforma não tem sentido se não se combater inchaço dos gastos públicos, mas o funcionalismo público num geral resiste em abrir mão dos benefícios imorais. Q o diga o procurador do miserê...

  10. A Crusoé não conta tudo. O presidente já estava descontente com Cintra porque ele não conseguia controlar a rebeldia da corporação.

    1. Rebeldia mais que justa! É de se admirar ver bolsonaristas balizando atitude nefasta de aparelhamento político e ideológico nos órgãos de controle e investigação. Quando eram os petistas isso era errado mas agora é certo né? Ainda mais agora com essa aproximação sórdida e nefasta do JB com Toffoli e Gilmar, is verdadeiros interessados em indicar apadrinhados para cargos de controle dentro destas instituições.

  11. considerável perda para o time que conduz as mudanças necessárias. Dificilmente haveremos de ver uma reforma tributária efetiva e definitiva. Quando vejo o anúncio de que teremos 10 anos de transição, me convenço de que não existe seriedade e sobriedade nos projetos em apreciação.

  12. Que grande teatro para dar uns dois dedinhos de crédito para o "presidente", que "heroicamente" evitou que acontecesse o que todos já sabiam que não ia acontecer: a ressuscitação da CPMF. Só tolos acreditam nestes heroísmos.

  13. Se gerou "forte reação negativa", é porque era de interesse do Brasil, mas contrário ao interesse da ORCRIM Três Poderes Corruptos!

    1. Na verdade, criação de mais um imposto nunca será de interesse dos brasileiros. Somos um pais roubado, abandonado e que teve um enorme sucateamento e abondono da verdadeira educação, mas ainda não somos massa de loucos que rasgam dinheiro. A criação do imposto se deve a dificuldade do governo e má vontade dos políticos, juízes, procuradores e funcionalismo público num geral em cortar na raiz, acabar com penduricalhos e benefícios imorais. Quem paga a conta desse montro devorador somos nós.

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