Lúcio Bernardo Jr /Agência Brasília

Secretário rebate Moro e não descarta assumir Ministério da Segurança

23.01.20 12:21

O secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres (foto), afirmou nesta quinta-feira, 23, que o governo do DF avalia pedir à Justiça a transferência de líderes de facções criminosas presos na Penitenciária Federal de Brasília. Em entrevista à rádio CBN, Torres também defendeu a recriação do Ministério da Segurança Pública, hoje sob a alçada do ministro Sergio Moro, e não descartou assumir o comando da pasta, caso seja convidado.

Em ofício enviado nesta semana a Moro, o secretário reclamou “do silêncio” do governo federal em relação à situação de líderes de facções criminosas presos em Brasília. Torres voltou a afirmar que o governo local considera “um erro estratégico grave” a transferência e a permanência de líderes criminosos na capital. Moro respondeu que não existem contestações à presença dos presos em Brasília, “salvo do próprio Governo do Distrito Federal”.

À CBN, o secretário reclamou que o governo local não recebe informações do Ministério da Justiça sobre a movimentação desses presos. Para ele, não há como as forças de segurança do Distrito Federal trabalharem sem saber o que está acontecendo. Torres disse considerar um “erro” a prisão desses líderes de facção em Brasília. “Você já imaginou um presídio federal a 13 quilômetros da Casa Branca?”, questionou.

Na entrevista, o secretário defendeu ainda separação do Ministério da Justiça e da Segurança Pública em duas pastas diferentes. Indagado se aceitaria assumir o comando da nova pasta da Segurança, afirmou que analisará todos os convites que receber. Em setembro, Torres, que é delegado da Polícia Federal, chegou a ser cotado por Bolsonaro para assumir a diretoria geral da PF no lugar do atual diretor, Maurício Valeixo, indicado por Moro. Se o ministério da Segurança for criado, a Polícia Federal ficará subordinado ao órgão.

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