Anderson Riedel/PR

Saúde ignora questionamentos sobre fornecedora de vacina investigada pelo MP

10.04.21 16:04

O Ministério da Saúde se recusa a fornecer explicações sobre a escolha da empresa Precisa Comercialização de Medicamentos para intermediar a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, produzida pelo laboratório Bharat Biotech, ainda sem aprovação pela Anvisa.

A contratada é investigada pelo Ministério Público do Distrito Federal na Operação Falso Negativo, que apura possíveis fraudes na venda de testes rápidos de Covid-19 ao governo distrital.

Indagado por Crusoé por meio da Lei de Acesso à Informação se estava ciente das suspeitas envolvendo a empresa quando assinou o contrato para a aquisição da vacina Covaxin, o ministério não respondeu dentro do prazo máximo determinado pela legislação, que é de um mês.

O deputado petista Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde, também questionou oficialmente a pasta sobre um “calote de 19,9 milhões de reais” dado no governo em 2017 pela empresa Global Gestão em Saúde, que compõe o quadro de sócios da Precisa Comercialização de Medicamentos.

Há três anos, a Global venceu uma licitação para fornecer medicamentos para doenças raras, mas os produtos comprados nunca foram entregues. A empresa é ré em uma ação na Justiça Federal na qual o Ministério Público pede o ressarcimento do prejuízo.

Em resposta a Padilha, o ministro Marcelo Queiroga (foto) enviou um ofício à Câmara, na última quarta-feira, 7, com explicações genéricas, sem tratar especificamente do calote dado pela Global.

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