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MP: Coutinho utilizava ‘milícia’ contra adversários e investigadores

24.01.20 11:57

Ao pedir uma nova prisão preventiva do ex-governador Ricardo Coutinho (foto), o Ministério Público da Paraíba afirma que o grupo liderado pelo socialista se vale do uso de uma “verdadeira milícia” para confeccionar dossiês e outros documentos contra seus adversários e investigadores. O pedido de uma nova prisão é de 13 de janeiro. Coutinho foi preso em dezembro na Operação Calvário e solto, dias depois, por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça.

Para os investigadores paraibanos, a organização criminosa que seria liderada pelo ex-governador “adota medidas de contrainteligência há bastante tempo”. Informações coletadas na apuração mostram que “há razoáveis indícios do uso de policiais civis e militares pela organização criminosa, não só para medidas de contrainteligência, mas também para atividades de arapongagem com a confecção de dossiês e outros documentos”.

Como indício da atuação do grupo contra adversários e investigadores, os promotores citam um manuscrito apreendido com o irmão do ex-governador, Coriolano Coutinho. O documento, diz o MP-PB, mostra que o grupo “mantém constante vigilância” de integrantes de pessoas ligadas ao Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco. No papel, estava escrito o nome de um policial que atuava no Gaeco.

No documento, os promotores afirmam ainda que o uso de estruturas militares do Estado foi constatado ao longo de toda Operação Calvário. Um dos casos mapeados, diz o documento, foi a utilização da Casa Militar para escoltar valores e, também, para “infundir receio em quem se contrapor aos interesses destas estruturas criminosas”. A investigação sobre a utilização da estrutura militar estadual continua a ser feita pelo MP-PB.

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