Edilson Rodrigues/Agência Senado

Reforma eleitoral: relatora no Senado vota contra coligações, mas pedido de vista adia votação

15.09.21 11:48

A senadora Simone Tebet, do MDB, relatora da PEC da reforma eleitoral na casa, votou nesta quarta-feira, 15, contra a volta das coligações partidárias para eleições proporcionais. O texto começou a ser discutido na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, mas a votação foi adiada em razão de um pedido de vista. Diversos senadores do colegiado também se manifestaram pela rejeição do dispositivo aprovado na Câmara, que prevê a volta das coligações. O fim do modelo só vigorou por uma eleição, em 2020, e já ajudou a reduzir a fragmentação partidária nas câmaras municipais.

“A livre coligação resulta sempre em algum grau de falsificação do voto do eleitor”, justificou Tebet, ao ler seu voto na sessão desta quarta-feira. A parlamentar lembrou que, graças ao modelo de coligações, proliferou-se um sistema de “puxadores de votos”. “Deputado que angaria muitos votos sabe o que tem a fazer, mas ele não tem a menor ideia de como se comportará quem ajudou a eleger. Nem ele, nem o seu eleitor”, justificou Tebet.

“Não há como falar em representatividade partidária a partir de um critério desses. Também não em qualquer definição de coalizão. Na política, vem daí muito do que passou a se chamar presidencialismo de corrupção. Partidos de conveniência, toma lá dá cá, entre outras mazelas que deturpam o melhor conceito de representação política e partidária”, acrescentou a parlamentar.

A votação da PEC deve ser retomada na semana que vem. Para valer para as eleições do ano que vem, o texto deve ser aprovado e promulgado até 2 de outubro.

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    1. Também acho que "deveriam" ser imbatíveis , mas a esquerda e os bolsonaristas renegariam Sérgio Moro à ponto de inviabiliza lo

  1. Ela, Tasso Vieira Moro Ciro Doria Mandetta Amoedo devem formar unidos a 3a via. Os kibes, ACM, Temer são a 2a via Bozo/Pacheco.

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