Queiroz tinha cartão de visita de PM que declarou R$ 380 mil em espécie ao TSE

18.06.20 15:23

“O Queiroz é meu amigo, eu não prestei serviços pra ele”, afirmou à Crusoé Luiz Carlos Chagas De Souza Junior, o Chagas Bola, PM que já se candidatou pelo PSL, e é dono de uma empresa de segurança cujo cartão de visita foi encontrado com Fabrício Queiroz no momento da prisão do homem de confiança do clã Bolsonaro.

Chagas Bola foi candidato em 2016 a vereador pelo Rio e, em 2018, a deputado federal. Na primeira eleição, declarou ter 100 mil reais em dinheiro vivo. Dois anos depois, o saldo em espécie saltou para 380 mil reais.

Nas informações prestadas ao Tribunal Superior Eleitoral, o PM classifica os valores em espécie como “dinheiro adquirido ao longo dos anos” e “dinheiro em mãos”. Seu patrimônio declarado é de 1,5 milhão de reais. Somente para sua última eleição, fez doações de 67 mil reais. Ele preferiu não comentar o dinheiro vivo.

O PM é sócio da empresa de vigilância CW Lewis, sediada no Rio de Janeiro. A empresa detém contratos com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) no valor de 1,2 milhão de reais para a segurança de unidades do Sesi e do Senai.

Candidato duas vezes, Chagas Bola não saiu eleito. Em 2018, chegou a angariar 28 mil votos. Em 2016, recebeu 2,2 mil reais da campanha de Flávio Bolsonaro em doações eleitorais.

Além do cartão de visitas, a Polícia Civil apreendeu dois celulares, 18 notas de 50 reais e um cartão de crédito com Queiroz, que é investigado pela suposta operação de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro à época em que o filho do presidente ocupou gabinete na Assembleia Legislativa do Rio.

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