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Protestos no Irã pedem o fim da Revolução Islâmica

18.11.19 14:55

Manifestantes incendiaram postos de gasolina e prédios públicos em mais de vinte cidades do Irã nos últimos três dias. Eles também bloquearam ruas e estradas para protestar contra a teocracia que governa o país.

Os protestos tiveram início na madrugada de sábado, 16, logo após o governo anunciar um aumento no preço da gasolina. Com o passar dos dias, as demandas foram ampliadas. Cartazes com o líder supremo, Ali Khamenei, foram queimados (foto). “Morte ao ditador”, gritavam alguns.

Os manifestantes também cantavam slogans contra o apoio do regime iraniano aos grupos terroristas Hezbollah, no Líbano, e Hamas e Jihad Islâmica, na Faixa de Gaza. “Chega de Gaza. Chega de Líbano. Darei minha vida pelo Irã”, diziam os iranianos nas ruas.

Pichações nos muros de Teerã pediam o fim do regime dos aiatolás xiitas: “Revolução Islâmica, diga oi para o seu fim”.

Comerciantes fecharam suas lojas em protesto contra o governo. Mulheres derrubaram cartazes contra os Estados Unidos. Motoristas pararam seus carros nas vias de maior movimento e desceram dos veículos, em silêncio.

O governo suspendeu a internet para evitar que as manifestações ganhem ainda mais adeptos.

Neste domingo, 17, a Casa Branca divulgou uma nota sobre os conflitos no Irã: “Os Estados Unidos apoiam o povo iraniano em seu protesto pacífico contra um regime que supostamente deveria liderá-lo. Nós condenamos o uso de força letal e da censura contra os manifestantes. Teerã tem fanaticamente buscado armas nucleares, programas de mísseis e apoiado o terrorismo, transformando uma nação orgulhosa em outra história alarmante sobre o que acontece quando uma elite dominante abandona o povo e embarca em uma cruzada para acumular poder e riqueza”.

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