Reinaldo Reginato /Fotoarena/Folhapress

Procuradoria pede que Corregedoria do TRF investigue conduta de Bretas

18.02.20 17:46

A Procuradoria Regional Eleitoral pediu à Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, nesta terça-feira, 18, que investigue a conduta do juiz Marcelo Bretas (foto). Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o magistrado participou, no último sábado, 15, da inauguração de uma obra viária e de um evento gospel no Rio de Janeiro.

Segundo as procuradoras regionais eleitorais Silvana Batini e Neide Cardoso de Oliveira, a presença de Bretas nos locais, próximo a autoridades políticas, pode “fazer transparecer, erroneamente, que ele estaria representando todo o Poder Judiciário fluminense.”

“No ofício ressaltamos o fato de que, embora de caráter religioso, o evento trouxe potencial impacto sobre as eleições que se aproximam, haja vista, dentre outros fatores, a presença de autoridades do mundo político, especialmente do Presidente da República”, argumentaram.

Ao entregar o documento ao TRF 2, a Procuradoria destacou, ainda, o pedido feito ao Ministério Público do Rio, na última segunda-feira, 17, para apuração de eventual ilícito eleitoral cometido por Bretas e pelo prefeito do Rio Marcelo Crivella, pré-candidato à reeleição.

Pela participação nos eventos, Bretas ainda tornou-se alvo de uma reclamação disciplinar protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil no Conselho Nacional de Justiça. O procedimento deve averiguar se magistrado adotou “atos de caráter político partidário, superexposição e autopromoção”. 

Nas redes sociais, o juiz se defendeu das críticas e disse que “em nenhum dos momentos cogitou-se tratar de eventos político-partidários, mas apenas de solenidades de caráter técnico-institucional (obra) e religioso (culto)”.

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  1. Bretas, infelizmente, errou feio. Como juiz da maior operação de combate à corrupção no RJ, jamais poderia ter aceitado participar de atos com presença de políticos. Como todo ser humano sem princípios, a fama e poder já devem ter lhe subido à cabeça.

  2. Essas "toridades" em vez de combater a BANDIDAGEM que corre solta no Rio de Janeiro vem SACANEAR com um brilhante JUIZ que está fazendo a sua (dele) parte por um Brasil melhor. Tá brincando! Tenham coragem e corram atrás de milicianos. Quanto a OAB, temos visto que em quase todos os Processos Crimes da Lava Jato tem ao menos um "adevogado" na quadrilha. O negócio dessa "ordem" é grana. JUSTIÇA JAMAIS!

  3. Só ele e Moro andaram com a Lava Jato. Não à toa são perseguidos pela bandidagem, muitos deles travestidos de advogados, jornalistas, políticos...

  4. A isentolândia, por burrice ou desonestidade, confunde Estado laico com Estado ateu. A esquerda, ateísta, funciona como uma religião política, mas ninguém fala nada sobre manifestações políticas em eventos de cunho ideológico marxista, encontros estudantis, manifestações sindicais, etc. Quando o evento é religioso, já se fala até em "abuso de poder religioso", o que não existe na lei, mas é usado para censura de líderes religiosos. Agora já estão transbordando para a mera aparição no evento.

  5. E quando vão investigar a conduta de alguns ministros do STF que o povo vem pedido há muito tempo? Salve Bretas! Querem investigar apenas os bons. Sinta-se aplaudido pelo povo.

  6. Porque não vão apurar os crimes contra o cidadão desferidos pelo supremo quando desconsideram a cobrança do FGTS dos últimos trinta anos para somente 5 anos. Isso aqui é atirar na cara das pessoas que tem esse direito. Uma vergonha.

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