Alexssandro Loyola/PSDB na Câmara Federal

Procuradores tentam reverter acesso de Lula a mensagens hackeadas

27.01.21 14:48

Deltan Dallagnol (foto) e outros seis procuradores da República pediram que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, reconsidere a decisão em que deu à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acesso ao material apreendido pela Polícia Federal na Operação Spoofing.

A investigação mirou ataques hacker a contas de Telegram de Sergio Moro e de integrantes da Lava Jato. Os advogados de Lula requereram a íntegra das mensagens roubadas pelos criminosos em uma investida para buscar provas que fortaleçam a tese sobre a suposta suspeição do ex-juiz e de procuradores, facilitando anulações processuais favoráveis ao político.

Na petição protocolada na corte, os membros do Ministério Público Federal pedem a revogação da autorização ao compartilhamento de provas, para que a PF não entregue os arquivos à defesa do petista. Os procuradores argumentam que “não há demonstração de integridade e autenticidade dos materiais” e alegam que “a prova é ilícita“. Disseram, ainda, que “o eventual acesso a mensagens amplia a lesão à intimidade das vítimas e seus familiares“.

Caso o material já tenha sido repassado a Lula, os integrantes do MPF requisitam que o ex-presidente seja obrigado a devolvê-lo e impedido de usá-lo, inclusive em defesas judiciais. Se Lewandowski não reconsiderar a decisão, o pedido é para que o caso seja pautado com urgência no plenário do STF. “A utilização das pretensas provas para qualquer que seja a sua finalidade, é completamente desprezível do ponto de vista jurídico“, diz o recurso.

Além de Deltan, assinam o recurso Januário Paludo, Laura Gonçalves Tessler, Orlando Martello Júnior, Júlio Carlos Motta, Paulo Roberto Galvão de Carvalho e Athayde Ribeiro Costa.

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