Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Presidente do Conselho de Medicina segue blindado na CPI da Covid

27.09.21 07:01

O discurso do presidente Jair Bolsonaro nas Nações Unidas, em Nova York, e a polêmica em torno do caso Prevent Senior na CPI da Covid elevaram a pressão sobre o Conselho Federal de Medicina, o CFM, em razão do aval à prescrição de tratamentos ineficazes contra o coronavírus. As polêmicas, entretanto, não devem ser suficientes para convencer os senadores da comissão de inquérito a convocar o presidente do CFM, Mauro Luiz de Britto Ribeiro (foto).

Na ONU, Bolsonaro voltou a defender o uso de cloroquina, e, para isso, citou o respaldo da autarquia que fiscaliza a atividade médica. “Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina”, disse o presidente.

O mesmo argumento foi usado dezenas de vezes pelo diretor da operadora Prevent Senior, acusada de fazer estudos com o uso de cloroquina sem o consentimento de pacientes. Pedro Benedito Júnior disse que os profissionais médicos “indicavam o tratamento conforme sua convicção e mediante concordância expressa dos beneficiários, em estrita observância aos preceitos do Conselho Federal de Medicina”.

Em agosto, a CPI aprovou um requerimento de convocação do presidente do CFM, Mauro Luiz de Britto, mas o colegiado não marcou a data da oitiva. O requerimento foi apresentado pelo senador Humberto Costa. “Eu não consegui convencer a CPI a trazer o presidente do Conselho Federal de Medicina. É um criminoso, que permite que isso aconteça, que se faça isso com pacientes”, afirma Costa.

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